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Votorantim e fundo canadense criam empresa de energia com foco em descarbonização – Edição da Manhã

O jornal O Globo informa que o grupo Votorantim e o braço de investimentos do fundo de pensão canadense Canada Pension Plan (CPP Investments) estão reorganizando seus ativos no setor de energia elétrica para criar uma nova empresa, com foco na transição energética. Essa empresa fará parte da holding VTRM Energia Participações S.A., que será listada no Novo Mercado da B3, a Bolsa de São Paulo.

A reorganização societária da VTRM foi comunicada por meio de fato relevante divulgado pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp) ontem (18/10) à noite. A VTRM possui hoje 40% das ações da Cesp e, ao final da operação, passará a ter 100% dos papéis da companhia. Ao final da operação, as ações da Cesp serão incorporadas pela VTRM.

Além disso, pela estrutura societária atual, Votorantim e CPP Investments possuem, cada um, 50% das ações da VTRM. Com a mudança, o grupo Votorantim passará a ter 54,2% e o CPP 45,8%. A chamada Nova VTRM vai passar a incorporar os ativos hídricos e a Votorantim Comercializadora de Energia (Votener), além de uma nova empresa que será criada, com foco no processo de transição energética no Brasil.

O objetivo, de acordo com o documento, será investir em projetos em estágio inicial de maturação, incluindo novas soluções e tecnologias voltadas para a descarbonização da matriz energética. A operação prevê ainda o aporte de R$ 2,5bilhões pela Votorantim e R$ 1,5 bilhão pelo CPP.

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Equipamentos para geração de energia solar ficam mais caros com crise energética na China

O Valor Econômico informa que os preços de equipamentos para geração de energia solar dispararam com o agravamento da crise energética na China, principal fornecedora mundial da indústria fotovoltaica. Segundo fabricantes e distribuidoras de equipamentos, os preços dos painéis, que já estavam pressionados, tiveram nova escalada com paralisações pontuais em fábricas de silício, componente que chega a representar até 60% do custo do módulo.

Fornecedores não trabalham com a possibilidade de falta de produtos, mas dizem ver um cenário turbulento para os preços até junho de 2022, pelo menos. Apesar disso, é consenso entre os agentes que o crescimento do mercado solar não está ameaçado – a demanda por sistemas de geração, seja para grandes empreendimentos ou para telhados solares, está tão aquecida que as perspectivas seguem muito positivas.

Para a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o setor está enfrentando “as dores do crescimento” em todo o mundo. O presidente da entidade, Rodrigo Sauaia, destaca que as principais fabricantes estão num processo de ampliação de capacidade produtiva, de modo que a situação de fornecimento tende a melhorar no médio prazo. No caso dos grandes empreendimentos solares, a elevação do investimento pode levar à postergação de projetos. Porém, Sauaia entende que, nesse momento, as geradoras estão olhando mais para outros fatores, como o aquecimento da demanda por contratos de longo prazo no mercado livre de energia e a janela até o fim dos subsídios das fontes renováveis.

Leilão da Sulgás retoma privatizações no setor de gás

O governo gaúcho realiza, na próxima sexta-feira (22/10), o leilão da distribuidora estadual de gás natural, a Sulgás. A licitação, que ocorrerá na B3, marca a volta das desestatizações de concessionárias de gás, depois de duas décadas sem privatizações no setor, conforme ressalta reportagem do Valor Econômico.

Segundo o presidente da Gas Energy, Rivaldo Moreira Neto, a alienação da Sulgás é o grande teste para medir o real interesse da iniciativa privada pelo mercado de distribuição de gás no Brasil. O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, avalia que a alienação da Sulgás tem potencial para atrair, ainda, fundos de investimento e até concessionárias de distribuição de energia elétrica dispostas a diversificar portfólio no segmento de “utilities”.

Postos repassam reajuste e gasolina sobe 3,3% em uma semana

Com o reajuste promovido pela Petrobras, o preço da gasolina nos postos brasileiros subiu 3,3% na semana passada, atingindo o valor médio de R$ 6,321 por litro, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O reajuste, de 7,2%, entrou em vigor no último dia 9, segundo a estatal, para compensar parte da elevação das cotações internacionais do produto. A Petrobras também aumentou o preço do gás de cozinha, no mesmo percentual.

A pesquisa da ANP identificou também nova alta no preço do diesel, que foi reajustado nas refinarias no início do mês. Segundo a agência, o produto custa, em média, R$ 4,976, aumento de 0,3% em relação à semana anterior. Assim, a alta acumulada desde o reajuste nas refinarias é de 5,7%. O preço do etanol também manteve a tendência de alta e fechou a semana a R$ 4,819 por litro, valor 0,9% superior ao registrado na semana anterior. (Valor Econômico)

Brasil precisa investir R$ 110 bilhões até 2035 para garantir acesso à água, diz ANA

O Brasil precisa de um investimento total de R$ 110 bilhões até 2035 na infraestrutura de produção e distribuição de água para garantir o acesso. É o que aponta a segunda edição do Atlas Águas, levantamento feito pela Agência Nacional de Águas (ANA), informa o jornal O Globo.

Esse montante contempla a construção de novas estruturas e a reposição das que já existem, incluindo ações para reduzir as perdas de água e melhorar a gestão dos sistemas para garantir a segurança hídrica das cidades do país. Atualmente, com a seca no Centro-Sul, várias cidades já enfrentam racionamento de água.

O levantamento da ANA avaliou, entre outros itens, a capacidade dos sistemas nas cidades, o desempenho da produção de água potável e da rede de distribuição e a vulnerabilidade dos mananciais. Neste último quesito, o Atlas concluiu que 44% das cidades têm fontes de captação de água vulneráveis a eventos climáticos críticos, como secas e mudanças climáticas. Do total de investimentos estimados, 76% são demandas das regiões Sudeste e Nordeste, que concentram o maior contingente populacional do país.

PANORAMA DA MÍDIA

Investidores na área de infraestrutura têm uma avaliação predominantemente negativa das perspectivas de crescimento econômico do país na reta final do governo Jair Bolsonaro. Essa é uma das conclusões da 6ª edição de pesquisa da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), em parceria com a EY Brasil, realizada entre 20 de setembro e 1º de outubro, com 167 gestores de investimentos e especialistas que apoiam a estruturação de projetos. (Valor Econômico)

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Dados divulgados ontem (18/10) mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,9% de julho a setembro, o ritmo mais fraco desde o terceiro trimestre de 2020 e desacelerando 7,9% em relação ao segundo trimestre. Os sinais de desaceleração da economia chinesa no terceiro trimestre são uma péssima notícia para países dependentes de commodities (os produtos básicos), como o Brasil. (Folha de S. Paulo)

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Em alternativa ao relatório proposto pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um parecer mais conciso que prevê o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pelo cometimento potencial de crimes de responsabilidade, contra a saúde pública, paz pública, administração pública e contra a humanidade. Alessandro também sugere o indiciamento de três ministros do governo Bolsonaro, Paulo Guedes (Economia), Walter Braga Netto (Defesa) e Onyx Lorenzoni (Trabalho). (O Globo)

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O economista Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras, decidiu enfim, romper o silêncio sobre o período que passou no comando da empresa, entre janeiro de 2019 e abril de 2021, quando foi demitido por interferência do presidente Jair Bolsonaro. Passada a “quarentena” de seis meses imposta a executivos de estatais e ocupantes do alto escalão do governo que deixam os cargos, durante a qual preferiu não se manifestar, Castello Branco, de 77 anos, falou ao jornal O Estado de S. Paulo sobre as críticas feitas por Bolsonaro à sua atuação na Petrobras e sobre as pressões políticas que sofria para segurar os preços dos combustíveis. “O governo se acha o dono da Petrobras, o presidente da República diz que é o dono da empresa e quer proceder como tal, desobedecendo regras e regulações”, afirma. “O presidente tem os caminhoneiros autônomos como seus apoiadores e defendia os interesses do grupo.”

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