As chuvas registradas no Mato Grosso do Sul na última sexta-feira, 15 de outubro, causaram a interrupção do fornecimento de energia de diversas unidades consumidoras que, ainda nesta terça (19), aguardam pelo restabelecimento. O governo do estado criou uma força-tarefa para apoiar a recuperação das áreas afetadas dos municípios e religação da energia.
Segundo o diretor-presidente da distribuidora Energisa Mato Grosso do Sul, Marcelo Vinhaes, a empresa trouxe funcionários de oito estados para trabalhar no restabelecimento do fornecimento.
“Estamos com uma força-tarefa muito grande para restabelecer a energia elétrica em todos os lugares. Trabalhamos com o contingente máximo. Hoje, não temos nenhuma cidade em Mato Grosso do Sul desabastecida. O serviço mais complexo já foi feito”, disse Vinhaes. A expectativa é de que até à noite desta terça, o fornecimento em toda a parte urbana seja retomado, enquanto na área rural, a prioridade da companhia é para as produções de frango, porco e leite.
De acordo com o governo do Mato Grosso do Sul, aeronaves da Casa Militar foram cedidas para fazer o mapeamento das áreas rurais em que postes desabaram. O estado foi atingido por ventos de mais de 100 quilômetros por hora, que destelharam casas e derrubaram árvores e postes de energia elétrica.
Energisa
Em nota, a empresa declara que segue seu plano de contingência após a forte tempestade e que nesta segunda-feira, 92% dos clientes já tinham o serviço restabelecido. O atendimento da distribuidora segue com prioridade hospitais, unidades de saúde e situações que coloquem a segurança da comunidade em risco, como presídios. Além disso, é priorizado o atendimento ao cliente sobrevida, ou seja, pessoa que necessita de algum equipamento vital para sobrevivência.
Por hora, a distribuidora conta que restabeleceu 15 vezes mais clientes que em dias normais de serviço.
Procon
O Procon de Dourados informou que notificou a distribuidora na manhã de segunda-feira (18), em razão da demora no restabelecimento de energia em alguns pontos no município. Com isso, a empresa terá até 48 horas para apresentar as medidas adotadas para regularizar o abastecimento, quais pontos ainda estão sem o fornecimento e qual a previsão para que o serviço seja restabelecido nestes locais.
De acordo com o órgão, caso a concessionária não apresente os documentos solicitados ela poderá responder sob pena das sanções administrativas cabíveis.