O mercado reagiu de forma negativa no primeiro dia após a aprovação pelo governo da modelagem da privatização da Eletrobras, que prevê a emissão de R$ 23,2 bilhões em novas ações da elétrica para reduzir a participação da União para 45% do capital votante da companhia. Este foi o segundo dia seguido de queda das ações da empresa.
As ações preferenciais classe B da Eletrobras fecharam o pregão dessa quarta-feira, 20 de outubro, com queda de 3,26%, a R$ 37,98. Os papeis ordinários, por sua vez, tiveram baixa de 3,35%, a R$ 37,84. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em alta de 0,1%, para 110.786 pontos.
O Credit Suisse, no entanto, destacou positivamente o fato de o processo de privatização da elétrica estar avançando. “Vemos a aprovação da resolução [do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos] como uma notícia positiva, pois ajuda a Eletrobras a se aproximar da privatização”, afirma o banco, em relatório assinado pelos analistas Carolina Carneiro e Rafael Nagano.
Na avaliação do Credit Suisse, o governo ainda pode atingir sua meta de privatizar a Eletrobras no primeiro semestre do próximo ano. O cronograma, contudo, depende do aval do Tribunal de Contas da União (TCU) para o projeto.
(Atualizado às 18h20, em 20/10/2021)