A usina solar de Jacarandá, da Atlas Renewable Energy, na Bahia, recebeu o prêmio de “Solar Deal of The Year” de ESG (sigla em inglês para questões de meio ambiente, sociais e de governança), na categoria Américas, pelo IJGlobal, instituição internacional de produção de análises e informações sobre infraestrutura. O empreendimento, de 187 megawatt-pico (MWp), ganhou o prêmio pela implementação de um programa de capacitação e contratação de mulheres para a construção do projeto.
Por meio da iniciativa “Somos todos parte da mesma energia”, mais de 200 mulheres foram treinadas em habilidades técnicas relacionadas ao projeto. Das mulheres capacitadas, 123 foram contratadas para fazer parte da construção do parque solar. No total, 159 mulheres foram contratadas, o que representou 17% do total de mão de obra contratada em Jacarandá, no pico das obras.
De acordo com a Atlas, o projeto também se dedicou a contratar representantes de grupo sub-representados, como a população afrodescendente da Bahia. Da força de trabalho total do empreendimento, 85% dos homens eram afrodescendentes. No caso das mulheres, esse número foi de 83%.
O “Somos todos parte da mesma energia” também ganhou o prêmio “ESG Social” também concedido pelo IJGlobal. As duas premiações foram anunciadas este mês em Londres.
Para Maria José Cortes, chefe de ESG da Atlas Energia Renovável, o programa tem contribuído para gerar novas oportunidades para as mulheres das áreas rurais da América Latina e mudar paradigmas. “Esperamos que este programa plante a semente para práticas mais inclusivas em nossa indústria e nas comunidades onde operamos”, completou ela.
ESG em Óleo e Gás
Um grupo de empresas da indústria de petróleo e gás natural, junto com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), lançou esta semana uma iniciativa que busca ampliar a igualdade de oportunidades para profissionais mulheres e o bem-estar para o público feminino que trabalha embarcado em plataformas e sondas da indústria petrolífera em alto-mar.
Chamado de “O mar também é delas”, o programa é apoiado pelas empresas Altera&Ocyan, Aker Solutions, Equinor, Ocyan, SBM Offshore, Schlumberger, Subsea7 e TotalEnergies.
A campanha tem uma plataforma única, que pode ser acessada por este link. A iniciativa foi inspirada em recente pesquisa encomendada ao Instituto Ipsos com mulheres que trabalham offshore em diversas empresas do setor.
Conforme publicado pela MegaWhat, a pesquisa mostrou que o tratamento diferenciado por serem mulheres, a distância da família e a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados ao corpo da mulher estão entre os maiores desafios do público feminino que trabalha embarcado em unidades marítimas da indústria petrolífera.