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Petrobras indica aumento no plano de investimentos – Edição da Manhã

Diante da recente valorização do petróleo, a Petrobras vê espaço para aumentar o patamar de investimentos no novo planejamento estratégico 2022-2026, previsto para ser anunciado no fim deste mês, informa o valor Econômico. Ao mesmo tempo, depois de alcançar a esperada redução da dívida, a petroleira também espera que o novo plano de negócios se concentre em manter a alavancagem sob controle e em consolidar a companhia como uma grande pagadora de dividendos.

O atual plano de negócios 2021-2025 prevê investimentos de US$ 55 bilhões, com foco nas atividades de exploração e produção. Na sexta-feira (29/10), o diretor-financeiro da estatal, Rodrigo Araújo, antecipou que espera “algum nível de investimento” para os próximos anos, mas que a companhia manterá o foco em ativos mais competitivos num cenário de baixa dos preços internacionais do petróleo.

“O ambiente de preços (do barril) mais favoráveis traz uma perspectiva mais positiva em termos de investimento. A gente tenta olhar para isso com uma lente mais de longo prazo. A gente não abandona, de forma alguma, o foco em resiliência, em ter projetos que sejam resilientes tanto ambientalmente, em termos de emissões, quanto a preços de petróleo mais desafiadores”, afirmou Araújo, em teleconferência com analistas.

Preço de barril de petróleo deve manter ritmo de alta

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Os contratos futuros do barril de petróleo registraram forte alta em outubro, reflexo do crescimento do consumo de combustíveis, em meio ao avanço da vacinação contra a covid-19 e ao relaxamento das restrições à mobilidade no mundo. De acordo com reportagem do Valor Econômico, analistas apontam que o cenário deve se manter nos próximos meses e afirmam que há possibilidade de o barril atingir patamares ainda mais elevados em 2022.

O contrato do petróleo tipo Brent encerrou outubro cotado a US$ 83,72 por barril, alta de 120,66% em relação ao final de outubro de 2020, quando fechou em US$ 37,94 por barril. Na média do mês, os preços ficaram em US$ 83,03 por barril, aumento de 97,98% na comparação com igual mês no ano passado.

A reportagem explica que um dos fatores que tem ajudado a manter os preços em níveis altos é a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de continuar com restrições à produção, ao mesmo tempo em que a demanda por petróleo e derivados cresce, principalmente em países desenvolvidos.

Parceria para estimular energia renovável e descarbonização

Raízen, Shell e Volkswagen do Brasil anunciaram na sexta-feira (29/10) a assinatura de um acordo para descarbonizar o setor automotivo, com iniciativas como uma nova fórmula de etanol, pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis no Brasil, e medidas para ampliar o uso do etanol no mundo.

Além disso, a Raízen pretende instalar uma rede de eletropostos de recarga rápidos – Shell Recharge –, para clientes com veículos elétricos da Volkswagen, segundo comunicado da empresa. A experiência dos eletropostos começará no estado de São Paulo.

Nas fábricas da Volkswagen no Brasil, a intenção é substituir o gás natural por gás natural renovável fornecido pela Raízen, o que reduziria a emissão de carbono em mais de 80%. “Também será fornecida energia para a rede de concessionárias Volkswagen, por meio das usinas de geração distribuída de energia renovável da Raízen”, diz o comunicado. A Shell é uma das controladoras da Raízen, junto com a Cosan. (BrasilAgro)

PANORAMA DA MÍDIA

Pressão da Rússia, China e India trava meta do G-20 de zerar emissões até 2050, destaca o jornal O Estado de S. Paulo em sua edição desta segunda-feira (1º/11). A reportagem informa que, no mesmo dia em que a Conferência do Clima (COP-26) começava na Escócia, as 20 maiores economias do mundo, que inclui o Brasil, tiraram da declaração final do encontro em Roma a previsão de neutralizar suas emissões de gases de efeito estufa até 2050.

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A Folha de S. Paulo também traz informações sobre o último dia de reunião do G-20, em Roma. A reportagem destaca que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não manteve nenhuma reunião bilateral com líderes globais em sua agenda.

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O jornal O Globo traz como destaque de hoje (1º/11) as conclusões de um cruzamento de dados feito pelo economista Daniel Duque, da Fundação Getulio Vargas (FGV), ao medir o efeito da inflação na massa de trabalhadores. Segundo o estudo, a inflação está deixando o mercado de trabalho cada vez mais desigual: 70% dos trabalhadores ganham hoje menos do que recebiam em 2019, antes da pandemia. E o peso da alta de preços na desigualdade, que tem sido recorde nos últimos tempos, triplicou desde o terceiro trimestre do ano passado.

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O Valor Econômico informa que a insegurança quanto à situação fiscal deixou sequelas em praticamente todos os ativos brasileiros e fez a renda fixa balançar como a variável, especialmente nos títulos longos. De acordo com a análise do jornal, essa volatilidade, que é também uma medida de risco dos ativos, levou boa parte dos títulos – e vários fundos de renda fixa que têm os papéis na carteira – a registrar perdas.

Na sexta-feira (29/10), todos os títulos atrelados à inflação e os pré-fixados tinham rentabilidade nominal negativa no mês e no ano, segundo o site do Tesouro Direto. A volatilidade do IMA-B5+, índice que representa uma cesta de títulos atrelados à inflação com prazo acima de cinco anos, atingiu 9,7% entre agosto e setembro, em comparação aos 6,9% dos três meses anteriores.

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