A AES Brasil está em “negociações avançadas” para assinar um contrato de longo prazo de venda de 300 MW denominado em dólar com uma grande multinacional, disse Andres Gluski, presidente da AES Corporation, controladora da empresa brasileira, durante teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre do ano.
Na teleconferência, Gluski comentou que os resultados da AES Brasil foram pressionados por conta da crise hídrica, mas a companhia está buscando diversificar seu portfólio no país e olhando oportunidades que sejam mais rentáveis. “Vemos demanda para mais de 25 GW em renováveis”, disse.
Na sequência, o executivo comentou que a AES Brasil está em negociações “muito avançadas” para fechar o contrato de 15 anos denominado em dólar com uma multinacional, mas não deu mais detalhes.
A AES Brasil também reportou os resultados na noite de ontem, 3 de novembro, mas sua teleconferência de resultados ficou marcada para amanhã, às 14h.
No terceiro trimestre do ano, a companhia teve lucro líquido de R$ 430,8 milhões, valor 742,4% maior que o apurado em igual período do ano passado. Segundo a geradora, o resultado foi motivado principalmente pelo reconhecimento de um crédito fiscal de R$ 532,6 milhões, além de menor despesa financeira líquida, no valor de R$ 76,1 milhões, em função da liquidação antecipada do GSF.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), porém, caiu 70,5% no período, para R$ 92,1 milhões, por conta do cenário hídrico adverso, que gerou um aumento nas despesas com compra de energia.
