Em painel da COP26 sobre o “Crescimento Verde” realizado nesta sexta-feira, 5 de novembro, os ministros do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e da Economia, Paulo Guedes, discutiram o enfoque brasileiro no desenvolvimento de uma bioeconomia digital voltada, principalmente, à região amazônica, mas que busca beneficiar o país como um todo.
“Sabemos que o futuro é verde, sabemos que o futuro é digital, e o Brasil tem que ser um protagonista nessa história de preservação de recursos naturais”, afirmou Guedes ao falar sobre o recente lançamento do Programa Nacional de Crescimento Verde. O programa, entre outros pontos, trata de questões como incentivos à preservação ambiental, infraestrutura sustentável, redução de poluentes e juros verdes – juros mais baixos para economias de baixo carbono.
De forma complementar à fala de Guedes, Joaquim Leite mencionou o Comitê Interministerial sobre a Mudança do Clima e o Crescimento Verde, ressaltando a importância da iniciativa privada no incentivo ao verde e a necessidade de cooperação técnica entre os países. Segundo o ministro do meio ambiente, outro ponto crucial da bioeconomia passa pela tecnologia do 5G, cujo leilão (04/11) arrecadou quase R$ 50 bilhões.
Para Caio de Andrade, secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, também presente no debate, “não tem como falar do novo mundo, da nova economia, sem falar do verde e do digital. A economia do conhecimento passa, necessariamente, por esses dois temas”. Nesse sentido, a inclusão digital, que, segundo ele, deve ser expandida com a introdução do 5G, evita que as pessoas façam uso excessivo de estruturas públicas e privadas emissoras, como é o caso do transporte e do deslocamento, de forma que o digital e o verde andem juntos.