Hídrica

ANA e UFPR lançam estudo sobre evaporação dos reservatórios artificiais

ANA e UFPR lançam estudo sobre evaporação dos reservatórios artificiais

A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) lançaram nesta segunda-feira, 8 de novembro, um estudo sobre a evaporação líquida de cerca de 175 mil reservatórios artificiais no Brasil entre 2001 e 2019.

O levantamento mostra que a evaporação consumiu somente em 2019 um total de 885 mil litros de água por segundo ou 27,9 trilhões de litros por ano numa superfície média de 39,95 mil quilômetros quadrados de espelhos d’água. Em termos de evaporação média no país entre 2001 e 2019, as taxas variaram entre 20 e 29 litros por segundo por km² de superfície.

Em 2019, 114 reservatórios apresentaram evaporação líquida superior a 500 litros por segundo e somaram vazão média anual de 666 metros cúbicos por segundo, o que equivale a 75% do total nacional, sendo que 32 deles não fazem parte do Sistema Interligado Nacional (SIN). Os 14 reservatórios com vazões acima de 10 m³/s em 2019 são responsáveis por 51% do total de vazão consumida pela evaporação de água e possuem 38% da área de espelho d’água analisada.

As cinco maiores vazões de evaporação líquida concentram 32% do total nacional. São os casos dos reservatórios de Sobradinho (167,1 m³/s) e Luiz Gonzaga (45,3 m³/s), na região hidrográfica São Francisco; Porto Primavera (48,8 m³/s) e Ilha Solteira (26 m³/s), na região hidrográfica Paraná; e Tucuruí (27,1 m³/s), na região hidrográfica Tocantins-Araguaia.

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O estudo também destaca a forte sazonalidade da evaporação líquida, já que os valores são menores e podem até mesmo se aproximar a zero entre janeiro e junho em determinadas regiões. Por outro lado, entre agosto e novembro, há uma forte tendência de aumento da evaporação líquida, superando significativamente a média anual e alcançando médias mensais superiores a 2.000 litros por segundo no país.