Leilões

Leilão emergencial economizaria cerca de R$ 18 bilhões em 2021, indica Vieira

Leilão emergencial economizaria cerca de R$ 18 bilhões em 2021, indica Vieira

O valor de R$ 39 bilhões que o governo desembolsará nos próximos quatro anos com a contratação do procedimento competitivo simplificado (PCS), chamado de leilão emergencial, evitaria, segundo o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), Christiano Vieira, um custo de R$ 18 milhões, em números aproximados, em despacho termelétrico acumulado nos últimos 12 meses.

Isso porque, desde outubro de 2020, o custo do despacho termelétrico somou R$ 28 bilhões, indicou o secretário durante painel no Fórum Exame, realizado nesta terça-feira, 9 de novembro. O cálculo considera, em números aproximados, a divisão do valor total do certame emergencial por quatro anos, dado que seu período de suprimento será de 1º de maio de 2022 a 31 de dezembro de 2025.

“A contratação simplificada de reserva, custa mais? Custa, porque contratamos termelétricas, mas também contratamos solar e temos duas usinas solares fotovoltaicas que se consagraram vencedoras”, disse Vieira.

Dos 17 empreendimentos vencedores do leilão, realizado em 25 de outubro, 14 foram termelétricas a gás natural, duas usinas solares fotovoltaicas e mais uma usina a biomassa, somando 1,2 GW de potência instalada. A inflexibilidade média dos projetos contratados ficou em de 60% e o início do suprimento deverá ocorrer a partir de 1º de maio de 2022.

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“O preço médio foi em torno de R$ 1.500/MWh, mas para a gente é muito melhor (esse preço) que importar energia ao longo de 2021. Chegamos a importar R$ 2.400/MWh do Uruguai ou da Argentina, geramos térmicas com R$ 2.500/MWh, porque eram parques existentes”, justificou o secretário do MME.

Christiano Vieira ainda respondeu a um apontamento de Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), que participou do mesmo painel. Pires havia comentado que o governo está atento à confiabilidade e segurança do sistema, citando como exemplo o leilão de reserva marcado para 3 de dezembro, mas que também “deu sorte, com as chuvas de outubro num volume maior do que todos esperavam” aliado a um baixo crescimento econômico.

O secretário do MME ressaltou que não foi sorte, mas sim, o resultado da série de medidas adotadas pelo governo desde o início da crise hídrica, com os programas de oferta adicional de geração e redução voluntária da demanda, somado à inflexibilidade operativa das hidrelétricas e à interlocução com a indústria e associações.

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