A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estuda um segundo bipolo para conectar as novas usinas de fontes renováveis do Nordeste do país. O projeto foi anunciado pelo diretor de Estudos de Energia Elétrica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Erik Rego, durante painel do Brazil Wind Power, nesta quarta-feira, 10 de novembro.
Em evento no início de outubro, o presidente da EPE, Thiago Barral, já havia falado sobre um bipolo que faria esse escoamento da geração da região e em Minas Gerais, para o restante do Sudeste. No entanto, segundo Erik Rego, esse segundo é mais um passo para atender a necessidade de conexão dos projetos ao sistema.
O estudo da EPE deve ser apresentado em duas etapas, sendo a primeira parte ainda esse ano, com uma solução em corrente alternada que vai abranger os estados da Bahia e Sergipe, e a segunda, em março de 2022, com as duas linhas de corrente contínua.
“Estamos trabalhando no segundo bipolo – o primeiro já é mais conhecido – mas ainda não tem os pontos de saída e chegada definidos, mas essa é a expectativa. Estamos preparando um pacote de projetos para poder receber esses 57 GW como um todo”, disse o diretor da EPE.
Os 57 GW mencionados pelo diretor de Estudos de Energia contemplam 30 GW de usinas da fonte eólica e solar até 2024, outros 10 GW que já têm seus contratos vendidos e, portanto, mais 10 GW de outras fontes, além de uma capacidade adicional de eólicas que hoje têm constrained-off e projetos que estão na leitura do planejamento da expansão.
“A gente espera que, do que temos hoje de capacidade de escoamento para o Nordeste – do que já está licitado – isso vai dobrar até 2024, e a gente vai dobrar de novo esse número até 2028. A expectativa é que a capacidade de escoamento do Nordeste seja quatro vezes superior à de hoje”, contou Erik Rego.