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Petrobras propõe aumentar em até quatro vezes o preço do gás natural em 2022 – Edição da Manhã

A promessa do governo de promover um choque de energia barata com a abertura do mercado de gás natural ainda neste mandato do presidente Jair Bolsonaro não será cumprida, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.

Ainda de acordo com a Folha, a Petrobras, que ainda abastece a maior parte do mercado, já avisou as distribuidoras e grandes consumidores com contratos vencendo no final deste ano que não haverá renovação e só poderá fornecer o combustível pelo dobro do preço. Esse movimento da estatal é relevante e terá impacto na economia em ano eleitoral porque, a partir de janeiro, 70% do mercado estará sem contrato, segundo conta das distribuidoras.

De acordo com reportagem do Valor Econômico, o aumento de preço do gás natural em 2022 poderá até mesmo quadruplicar nos novos contratos que a estatal está negociando com as concessionárias estaduais, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

A entidade pretende entrar com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), contra a petroleira, e pede que as bases dos contratos vigentes sejam mantidas. O ano de 2022 deve marcar a entrada de novos fornecedores de gás no Brasil: Shell e Petrorecôncavo já assinaram contratos com a Copergás (PE) e Potigás (RN), respectivamente, enquanto outras quatro empresas (Compass, Equinor, Galp e Origem) estão em negociações finais com outras concessionárias do Nordeste, por exemplo. A abertura do setor, porém, deve ser ofuscada pelos novos termos da Petrobras, na avaliação de analistas.

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Governo vê pouco espaço para mexer em combustíveis

O Valor Econômico informa que integrantes do governo e executivos da Petrobras têm defendido a política de preços de combustíveis, baseada na paridade de preços internacionais, reforçando os limites da atuação do governo como o maior acionista individual da companhia. Ontem (10/11), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou que a petroleira é uma sociedade de economia mista e que a maior parte dos acionistas não é da União. “63% dos acionistas são privados, com fundos de pensão do exterior e do Brasil”, afirmou em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.

O posicionamento do ministro veio para justificar que o governo pouco pode fazer para mexer na política de preços da Petrobras e atenuar o impacto do dólar e do preço internacional do barril de petróleo. Ele citou trechos da legislação brasileira – entre eles, a Lei do Petróleo (1997), Lei das S/A (1976) e a Lei das Estatais (2016) – para justificar as decisões do comando da companhia relacionadas ao preço dos combustíveis.

Esboço de decisão da COP26 propõe acelerar o fim de combustíveis fósseis

A presidência britânica da COP26, conferência de mudanças climáticas da ONU que busca concluir a regulamentação do Acordo de Paris, publicou na manhã de ontem (10/11) uma nova proposta de texto para as negociações diplomáticas. As discussões estão marcadas para terminar na amanhã, mas já prometem se estender até o sábado.

“A COP26 exorta os países a acelerar a eliminação progressiva do carvão e dos subsídios aos combustíveis fósseis”, diz o texto proposto pela presidência da COP26, mas que ainda deve ser avaliado pelos negociadores de cada país. (Folha de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

A Folha de S. Paulo e o jornal O Globo trazem como principal destaque da edição desta quinta-feira (11/11) os números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, divulgados ontem. No mês passado, o indicador oficial de inflação subiu 1,25%, acima das projeções do mercado. A taxa é a maior para outubro desde 2002, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA é o índice oficial da inflação no país.

Produtos e serviços devem permanecer pressionados no curto prazo, em meio a um contexto de dólar alto, incertezas fiscais e retomada do setor de serviços. O quadro traz o risco de a inflação se espalhar ainda mais pela economia, pelo menos até a largada de 2022, comprometendo o desempenho da atividade econômica, apontam analistas. (Folha de S. Paulo)

Nos últimos 12 meses, o acumulado do IPCA é de 10,67% , maior patamar desde janeiro de 2016. O resultado aumenta a pressão para que o Banco Central, em dezembro, acelere a elevação da taxa básica de juros para tentar conter a dinâmica inflacionária. (O Globo)

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Moro fala como candidato e ataca mensalão e rachadinha – é a manchete da edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com análise do jornal, filiação do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro ao Podemos, com discurso de candidato à Presidência, mudou o xadrez da terceira via. Na lista dos partidos que querem fugir da polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, não são poucos os que veem com desconfiança a entrada do ex-juiz da Lava Jato na política.

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O Valor Econômico informa que a piora das condições fiscais do país teve impacto no mercado de captações externas, esfriando a disposição de empresas para emitir títulos de dívida no mercado internacional. O aumento do risco Brasil pressiona o custo dessas operações, levando companhias a adiarem os planos ou a optarem por emitir dívida local, como Rumo, Ultra e Movida.

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