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Com venda da Renova, Cemig vai ter ganho adicional com crédito fiscal

Com venda da Renova, Cemig vai ter ganho adicional com crédito fiscal

A conclusão da venda da participação na Renova Energia deve render mais que os R$ 60 milhões que serão pagos pelo Angra Partners. Com a operação, a companhia terá direito a um crédito fiscal na Cemig Geração e Transmissão estimado em R$ 500 milhões, explicou Leonardo George de Magalhães, diretor financeiro da estatal mineira, em teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre.

“Há condições precedentes que precisam ser concluídas, mas, ao fim do processo, a gente entende que teríamos créditos tributários dos investimentos que estamos transferindo, algo estimado em R$ 500 milhões”, disse o executivo. O efeito positivo no balanço será registrado quando a operação for concluída.

Como a Renova hoje tem valor nulo no balanço da Cemig, os R$ 60 milhões que serão pagos pelo Angra Partners também vão ajudar no resultado.

Segundo Reynaldo Passanezi, presidente da Cemig, o objetivo com a venda de ativos continua sendo a realocação dos recursos em suas principais áreas de negócio: geração, transmissão e distribuição em Minas Gerais. “Basicamente, todos são direcionados para fazer frente aos R$ 22,5 bilhões do nosso programa de investimentos em cinco anos. O objetivo é a realocação de capital em investimentos no core business da companhia, que é efetivamente o mercado de Minas Gerais”, disse.

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A estratégia de desinvestimentos da Cemig continua ativa, a depender de oportunidades que surjam. O diretor de participações da companhia, Maurício Dall’Agnese, afirmou que as possibilidades em estudo incluem Santo Antonio, Belo Monte e Taesa, mas não há nada concreto a ser informado ao mercado no momento.

No lado de novos investimentos, a companhia continua com uma visão de investir cada vez mais em geração renovável de energia. Segundo Thadeu Carneiro da Silva, diretor da Cemig Geração e Transmissão, a companhia tem uma carteira de 6 GW em projetos, sendo que 2 GW estão “bastante maduros para serem desenvolvidos até 2025”.

“Nós próximos cinco a dez anos a tendência é que nosso parque gerador tenha acréscimo considerável nas novas fontes de geração. Temos outorgas emitidas para quase 500 MW em solar”, disse o executivo. A companhia já tem o primeiro parque aprovado, na região de Montes Claros, com 107 MW.

Além disso, espera aprovar ainda neste ano a construção de 150 MW de potência solar na região da hidrelétrica de Três Marias, que se tornará um complexo de geração de energia da Cemig.

A estatal mineira tem ainda uma carteira de 2 GW de projetos eólicos, principalmente no Nordeste, que estão sendo estudados. O aumento forte dos preços de equipamentos por conta do ciclo das commodities dificultou a viabilização dos empreendimentos, mas “não tiramos o pé em avaliar os projetos”, disse Silva.

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