O restante da cadeia de abastecimento de combustíveis praticou mais que o dobro de reajustes do preço da gasolina do que a Petrobras em 2021, de acordo com o presidente da estatal, o general Joaquim Silva e Luna. Segundo ele, a companhia é injustamente apontada como a responsável pelo aumento expressivos dos preços dos combustíveis no país.
“Nem todos os reajustes que aparecem têm a ver com a Petrobras”, afirmou o executivo, durante reunião extraordinária da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, sobre os sucessivos aumentos dos combustíveis, nesta terça-feira, 23 de novembro.
De acordo com Silva e Luna, a Petrobras praticou 15 reajustes de preços da gasolina neste ano. No entanto, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), houve 38 reajustes de preços do produto com reflexos para o consumidor no mesmo período.
Do total de reajustes da gasolina, a Petrobras praticou 11 aumentos de preços e quatro reduções, neste ano. No mesmo período, foram registrados 34 aumentos de preços para os consumidores e apenas quatro reduções.
Segundo Silva e Luna, da variação do preço da gasolina na bomba, apenas R$ 0,98/litro é relativo à Petrobras, enquanto R$ 2,24/litro são oriundos de outras áreas.
Silva e Luna voltou ainda a defender a política de preços de combustíveis de paridade de importação. Segundo ele, essa política é importante, porque, se o preço ficar abaixo do preço de mercado, ele pode desestimular as importações e colocar em risco o atendimento da demanda do país.
(Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados)