Óleo e Gás

Petroleiros fazem manifestação contra venda de refinaria da Petrobras

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros da Bahia realizarão na manhã desta sexta-feira, 3 de dezembro, um protesto contra a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), da Petrobras para o Mubadala Capital, em operação concluída nesta semana, por US$ 1,8 bilhão. A manifestação está prevista para ocorrer em frente à refinaria baiana.

Vista da Refinaria Landulpho Alves – RLAM
Vista da Refinaria Landulpho Alves – RLAM

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros da Bahia realizarão na manhã desta sexta-feira, 3 de dezembro, um protesto contra a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), da Petrobras para o Mubadala Capital, em operação concluída nesta semana, por US$ 1,8 bilhão. A manifestação está prevista para ocorrer em frente à refinaria baiana.

Segundo o coordenador geral da FUP e ex-representante dos funcionários no conselho de administração da Petrobras, Deyvid Bacelar, também estão previstas outras manifestações do tipo em outras refinarias e unidades da estatal petrolífera.

O dirigente, porém, admite que é praticamente impossível reverter o negócio, já que a operação já foi concluída. A única alternativa, destacou ele, será uma eventual votação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do mérito de uma ação que questiona a venda de subsidiárias da Petrobras, como forma de evitar a necessidade de aprovação prévia do Legislativo. Bacelar lembra que a Petrobras constituiu uma empresa para que fosse vendida a refinaria.

Ele também questiona os valores envolvidos na transação. O montante, em sua opinião, é muito baixo, especialmente considerando que a Petrobras prevê investir US$ 1 bilhão na construção do segundo trem da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, que está 80% concluído e agregará cerca de 140 mil barris diários de capacidade de processamento. Para efeito de comparação, a RLAM possui 323 mil barris diários de capacidade.

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Refinaria de Mataripe

Com a conclusão do negócio, a RLAM passa a se chamar Refinaria de Mataripe. O presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren, ressaltou que o objetivo do grupo é investir para aumentar a capacidade da refinaria e diversificar sua produção. “O nosso objetivo é criar valor. É gerar uma concorrência positiva para atender o mercado local e beneficiar a sociedade”, disse o executivo.

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), por sua vez, destacou que o negócio é importante para o funcionamento de um mercado livre e aberto. “A conclusão do processo de venda da RLAM (agora chamada de Refinaria Mataripe, operada pela Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital) representa um marco importante na jornada rumo a uma maior abertura deste setor”, informou a entidade, em nota.

(Foto: André Valentim / Agência Petrobras)

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