O Canal Energia informa que a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) admite a possibilidade de antecipar a entrega da segunda metade do estudo para a abertura do mercado livre. A estimativa é de que ainda em dezembro ou na primeira metade de janeiro, a entidade apresente sua proposta de cronograma ao Ministério de Minas e Energia (MME). O prazo oficial para essa etapa é 31 de janeiro de 2022 e a expectativa do governo é a de colocar esse tema em consulta pública até o final do primeiro trimestre do ano que vem.
O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri Silva, preferiu não apontar qual deverá ser a proposta de cronograma da câmara. Citou que essa ação deverá seguir as premissas que a entidade vem defendendo, que a abertura seja feita de forma contínua, gradual e organizada. A primeira metade foi entregue há 10 dias.
O executivo disse, durante encontro da CCEE com jornalistas, que o tema abertura de mercado continua a ser um dos pontos principais dentro da organização. Ele mesmo afirmou que o mercado tem que ser livre, ressalta a reportagem. Contudo, a questão da representatividade dos consumidores abaixo de 0,5 MW deve ser feita pelo comercializador varejista. Segundo a câmara, a média mensal de migrações neste ano está na casa de 133 unidades contra 145 do ano passado.
Custo de segurança energética em 2021 é de R$ 24,3 bilhões, aponta CCEE
O custo do despacho por segurança energética deverá ser de R$ 24,3 bilhões no ano, informa o Canal Energia. Esse valor acrescenta R$ 39/MWh à conta do consumidor, ou cerca de 20% do encargo total do setor. Desse valor total R$ 21,8 bilhões são decorrentes do Encargo por Serviços do Sistema (ESS).
O valor para o mês de setembro foi o mais alto até agora registrado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), ficou em R$ 115/MWh e em outubro a perspectiva é de reduzir para R$ 105/MWh. Esse é o resultado de um valor do preço de liquidação das diferenças (PLD) menor com o despacho fora da ordem de mérito em vigor.
Os dados foram apresentados na tarde de ontem (02/12), pelo presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri Silva. Essa situação decorre da crise hídrica de 2021, que apresentou uma sequência de afluências abaixo da média histórica.
A formação de preços de energia é um dos temas sobre os quais a CCEE se debruçará em 2022. O executivo lembrou que a volatilidade verificada neste ano apresentou um comportamento atípico. Na semana de 14 a 20 de agosto estava em R$ 3.044/MWh quando os reservatórios estavam com nível de cerca de 30%. No final de setembro, esse montante era de R$ 533/MWh mas com armazenamento na ordem de 25% do total.
Leilões de energia negociaram 137 MW médios com deságios baixos
O leilão de energia existente A-1, realizado nesta sexta-feira (03/12), contratou 66 megawatts médios. O preço médio foi de R$ 209,25 por megawatt-hora, o que representa um deságio de 12,81%. Já o leilão existente A-2, também realizado hoje, contratou 71 megawatts médios. O preço médio foi de R$ 199,97 por megawatt-hora, o que representa um deságio praticamente nulo, de 0,02%. Somados os leilões A-1 e A-2 realizados foram negociados 137 MW médios.
Apenas três distribuidoras participaram, para ajustar a demanda prevista no curto prazo. Do lado da oferta, preponderaram as comercializadoras. O leilão de energia existente contrata energia gerada por usinas já construídas e que estejam em operação. Essas usinas possuem um custo mais baixo de operação, já que os investimentos na construção dos projetos já foram amortizados. (Valor Econômico)
Solar América está próxima de iniciar obras de primeiros ativos
A Solar Americas Capital deverá comemorar seu primeiro aniversário de existência com um marco importante: o início das obras de seus dois primeiros projetos solares. A empresa, criada no ano passado por dois brasileiros radicados no Reino Unido, tem planos ambiciosos ao passo de chegar a 2026 com um portfolio de 2 GW e investimentos da ordem de 1 bilhão de libras, ou algo próximo a R$ 7,5 bilhões, conforma a cotação da moeda britânica na data de hoje (03/12).
Em entrevista ao Canal Energia, Luiz Silva, cofundador e presidente da Solar Americas, disse que já há cerca de 500 MW em capacidade instalada em estágio avançado de negociação. Esse montante representa cerca de 25% do portfólio pretendido para o horizonte do planejamento inicial da empresa. Segundo ele, até o final de 2026 a empresa deverá ter esse volume em operação ou próximo de iniciar a geração.
A atuação da Solar Americas Capital se dá por meio de joint ventures com empresas para que juntas desenvolvam e explorem o ativo de geração. O modelo de negócios é classificado pelos fundadores como ‘simples e inovador’ e apontam que a iniciativa chega ao país após uma primeira rodada de investimentos cujo o objetivo é o de captar e investir um bilhão de Libras nos próximos cinco anos. A sede da empresa está localizada em Londres.
Suzano aprova investimentos. CPFL Energia e Grupo Vamos informam proventos
O noticiário corporativo desta sexta-feira (03/12) tem como destaque a Suzano, que aprovou o aumento do seu Capex (investimento em bens de capital) para 2022. Já a CPFL Energia e o Grupo Vamos, do setor de compra e venda de veículos, aprovaram a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio.
Enquanto isso, a Meliuz startup atingiu um recorde histórico de GMV (volume bruto de mercadorias) gerado em um único mês, somando R$ 923 milhões em novembro de 2021, aumento de 87% contra o mesmo período do ano anterior. (Infomoney)
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Estado de S. Paulo informa que após segurar as taxas de juros do financiamento imobiliário pela maior parte do ano, mesmo com a decaída da economia brasileira, a Caixa Econômica Federal aumentou o intervalo da taxa cobrada da linha corrigida pela Taxa Referencial (TR) – que representa a grande maioria dos empréstimos. Esse intervalo passou da faixa de 7% a 8% ao ano para 8% a 8,99% ao ano.
Considerando o ponto médio da taxa, a prestação de um financiamento de R$ 300 mil aumentará de R$ 2.646,81 para R$ 2.879,78. A nova taxa da linha corrigida pela TR entrou em vigor dia 23 de novembro e a informação está disponível no site da Caixa. A página não informa, no entanto, que os reajustes aconteceram, nem traz comparativos. Os dados anteriores foram coletados pela reportagem do Estadão em outubro, junto à assessoria de imprensa do banco.