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BNDES convoca audiência para discutir privatização da Eletrobras – Edição da Tarde

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) convocou para o próximo dia 22 uma audiência pública para tratar da privatização da Eletrobras, aprovada pelo Congresso em junho passado. O objetivo, segundo o banco de fomento que é responsável por desenvolver a metodologia de venda da empresa de energia ao setor privado, é o de “prestar informações ao público bem como receber sugestões e contribuições ao referido processo de desestatização”.

O BNDES ressalta que o modelo de venda será o de “aumento de capital social, por meio da subscrição pública de ações ordinárias com renúncia do direito de subscrição pela União, que poderá ser acompanhado de oferta pública secundária de ações de propriedade da União ou de empresa por ela controlada, direta ou indiretamente”. As informações foram publicadas pelo portal da revista Veja.

Dados defasados permitem que governo ganhe R$ 10 bilhões a mais com venda da Eletrobras, dizem empresas

Os maiores geradores e os principais consumidores de energia encaminharam uma carta ao Ministério de Minas e Energia, BNDES e EPE (Empresa de Pesquisa Energética) para reclamar que a modelagem de privatização da Eletrobras considera dados que permitirão ao governo receber entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões a mais do que o devido no processo de venda de ações, previsto para o próximo ano, de acordo com informação da Folha de S. Paulo.

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Bancos de investimento que, nesse momento, avaliam se a Eletrobras privatizada é um bom negócio alertaram que há uma superavaliação causada pelo uso de dados apenas até 2019 — portanto, antes da crise hídrica. Foram essas instituições que avisaram os representantes da indústria, grandes consumidores de energia, que se a atualização fosse feita com dados de 2020, o valor total que a operação pode movimentar seria de R$ 10 bilhões a R$ 20 bilhões a menos.

Pelo modelo definido pelo BNDES, a União deixará o controle da estatal vendendo suas ações ao mercado na Bolsa. A oferta inicial (primária) deverá ser de R$ 23,2 bilhões. Se não for suficiente, haverá uma nova rodada até que a participação do governo na empresa caia para 45%.

Comissão do Senado aprova projeto que muda política de preços da Petrobras

O Valor Econômico informa que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (07/12) um projeto, de autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), que altera a política de preços de combustíveis da Petrobras, criando um imposto sobre a exportação de petróleo bruto e um fundo para estabilização de preços no mercado interno. Apesar de concordar com o mérito da proposta, a base aliada do governo tentou adiar a discussão mais uma vez, mas não conseguiu. A proposta segue agora para análise do plenário do Senado.

De acordo com a reportagem, o projeto foi gestado como uma reação à chamada Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço do petróleo ao mercado internacional tendo como referência o preço do barril tipo Brent, calculado em dólar. Desde 2016, a estatal utiliza essa política e, portanto, o valor internacional do petróleo e a cotação do dólar influenciam diretamente na composição dos preços da companhia.

Impacto socioambiental positivo impulsiona ações da Cteep

Reportagem do Canal Energia mostra que as ações ambientais, sociais e de governança da transmissora de energia Isa Cteep já se consolidam e começam a gerar resultados à companhia. Do ponto de vista de governança, a companhia tem 60% da diretoria composta por mulheres e as metas sociais fazem parte da bonificação e da remuneração da alta liderança.

Soma-se a isso o fato que a companhia inseriu indicadores de raça e gênero no processo seletivo do programa de estágio, elevando o número de finalistas mulheres. Recentemente a Isa Cteep aderiu ao Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção. O presidente da companhia, Rui Chammas, diz que tais práticas já fazem parte do Grupo Isa. Entretanto, ele destaca o simbolismo e a relevância do ato em relação à opinião pública. “Assinar este tratado foi um gesto adicional, que num país como o nosso é fundamental para reforçar este movimento e criar ainda mais essa dinâmica positiva a respeito das boas práticas empresariais”.

Energisa investe na diversificação dos negócios

A Energisa anunciou um plano de investimentos de R$ 29,5 bilhões para o período entre 2022 e 2026, o que representa um crescimento de 1,6 vez em relação ao quinquênio anterior (2017-2021), informa o Valor Econômico. O aumento dos aportes objetiva a diversificação dos negócios. O setor de distribuição de energia, carro-chefe da empresa, continuará respondendo pela maior parte do orçamento, mas a companhia olha também para novos mercados, como o de geração de energia renovável e o de gás natural e biogás.

O grupo controla hoje 11 concessões de distribuição de energia e é a quinta maior empresa do setor, em tamanho de mercado – atrás da Enel, CPFL, Neoenergia e Cemig. O segmento representa 92% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia em 2021, mas a previsão da empresa é que o negócio passe a responder por entre 75% e 80% do indicador a partir de 2026.

Do investimento total previsto pela Energisa para os próximos cinco anos, 53% dos recursos serão alocados na distribuição – ou R$ 15,6 bilhões. Os outros R$ 13,9 bilhões, equivalentes a 47% do plano, serão investidos na geração, transmissão e demais negócios. Essa divisão do orçamento dá a tônica do plano de diversificação. Para efeitos de comparação, a distribuição concentrou 84% dos aportes do quinquênio 2017-2021. A diversificação passa por aumentar a participação da energia renovável. Ao todo, a companhia prevê implementar 1.200 megawatts em usinas solares e eólicas de geração centralizada, através do desenvolvimento de projetos próprios ou mediante aquisição de projetos prontos para construção. O plano da empresa é comercializar no mercado livre a energia gerada.

Importadores temem alta de imposto em veículos híbridos e elétricos

A disponibilidade de carros no Brasil anda tão abaixo da demanda que o empresário José Luiz Gandini, importador da marca Kia, mal consegue ver os veículos que chegam da Coreia, disse ele ao Valor Econômico. “Basta o navio encostar e o carro já vai embora”, diz. Não bastassem a escassez mundial de componentes, os cada vez mais elevados preços do frete e a alta do dólar, os importadores têm, agora, mais uma preocupação: a possibilidade de o governo elevar o Imposto de Importação de modelos híbridos e elétricos, que se transformaram numa especialidade das marcas sem fábricas no Brasil. Hoje, o Imposto de Importação de modelos híbridos e elétricos vai de 0% a 4%, dependendo do nível de emissões e de economia de combustível. As alíquotas vigentes expiram no dia 31. O governo ainda não se manifestou a respeito.

PANORAMA DA MÍDIA

Oito estados brasileiros alcançaram ontem (06/12) a cobertura de 90% da população acima de 12 anos com pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19. Levantamento, feito pelo jornal O Estado de S. Paulo utilizou os dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa e a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerada pelo Ministério da Saúde para a campanha de vacinação. Para especialistas ouvidos pela reportagem, a marca mostra uma adesão em massa à vacina no Brasil, mas ainda é considerada insuficiente para o controle total da pandemia.

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