MegaExpresso

Eficiência energética: desafio da indústria é a redução do consumo – Edição da Manhã

O Valor Econômico publicou hoje (21/12) um suplemento especial sobre eficiência energética, que inclui reportagens sobre novas tecnologias, novos hábitos de consumo e novos recursos para produção de energia com redução de custos.

Uma das reportagens, com foco no setor industrial, ressalta que melhorar a eficiência no uso da energia impacta diretamente os resultados das empresas, especialmente em tempos de preços em alta. No entanto, levantamento da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) mostra que o Brasil, ao contrário de China e Índia, por exemplo, tem ampliando o uso de energia na indústria de forma desproporcional ao crescimento da produção.

“Temos de romper o dilema de crescer consumindo mais energia. Para crescer, não podemos aumentar o consumo de energia na mesma proporção”, diz Victor Gomes, diretor do Instituto Senai de Inovação em Soluções Integradas e Metal Mecânica. “Não estamos em um cenário ruim, mas podemos melhorar bastante”, afirma.

A sensação é compartilhada por Mario Leite Pereira, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo. Ele lembra que, quando se fala em energia para indústria, apenas 20% do fornecimento vem da eletricidade. Existem sete outras fontes que movimentam os parques industriais do país e também precisam ser observadas e fazem parte das soluções de transição em energética, diz ele. Impulsionar a expansão das fontes renováveis e a otimização dos processos produtivos são caminhos apontados pelas associações setoriais da indústria.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

A legislação brasileira, avaliam, não é ruim nesse sentido, assim como os programas de eficiência energética, entre eles o Procel, que garantiu uma economia de 195,2 bilhões de kWh entre 1986 e 2020, segundo o Ministério das Minas e Energia (MME). O problema, segundo a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), é que, apesar de a lei de eficiência energética definir critérios rígidos de entrada de máquinas, por exemplo, a fiscalização tem sido falha, o que abre o país para a entrada de linhas de produção menos eficientes, prejudicando a competitividade e acelerando a obsolescência do parque fabril. A idade média das máquinas instaladas no Brasil, que era de 20 anos, piorou com a perda da capacidade de investimento da indústria nacional.

Brasil começa trilhar caminho da transição energética com mais segurança

O jornal O Globo traz hoje (21/12) uma reportagem sobre a expansão de fontes renováveis de energia no Brasil e a redução de custos, em função de avanços tecnológicos e regulatórios.

A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, lembra que em 2009, quando foi realizado o primeiro leilão exclusivo para essa fonte, houve participação de 71 empreendimentos com capacidade somada de 1 GW. Hoje, a capacidade instalada das usinas eólicas é de 21 GW, um crescimento superior a 20 vezes. A eólica já responde por praticamente todo o abastecimento da região Nordeste.

A reportagem ressalta que, no estado do Rio de Janeiro, a infraestrutura da cadeia de óleo e gás pode ser aproveitada para a produção de energia eólica offshore, como lembra Luiz Césio Caetano, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

A energia solar, por sua vez, experimentou um boom em 2020. O salto não se deu nas grandes usinas, mas em residências, propriedades rurais, e pequenas e médias empresas que produzem a própria energia. “Temos 7,6 GW, mais de meia Itaipu, em sistemas solares nos telhados”, comemora o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar, Rodrigo Sauaia.

A reportagem cita, ainda, a energia gerada por biomassa, sobretudo a partir do bagaço da cana-de-açúcar, que é uma grande promessa em um país onde a agroindústria tem sido a locomotiva da economia. O biogás pode ser produzido a partir de resíduos sólidos urbanos, mas é no campo que seu potencial o torna o pré-sal caipira, na definição do presidente da Associação Brasileira do Biogás, Alessandro Gardeman.

ANP se aproxima do fim do ano com quatro das cinco diretorias indefinidas

O portal EPBR traz uma reportagem sobre a influência que partidos políticos têm sobre a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), responsável pela definição de como será a renovação dos quadros da diretoria, que têm quatro das cinco vagas abertas.

De acordo com a reportagem, nem sequer a relação de novos diretores substitutos é conhecida. A lista tríplice foi definida há meses, mas ainda depende de uma decisão do presidente Jair Bolsonaro. A agência está no radar de grupos políticos do centrão e de agentes públicos próximos do Planalto, explica o portal.

Petrobras vende concessão na Bacia do Paraná

A Petrobras assinou ontem (20/12), com a Ubuntu Engenharia e Serviços Ltda, contrato para a venda da totalidade de sua participação na concessão PAR-T-198_R12, localizado em terra, na Bacia do Paraná. O valor total da transação é de US$ 31 mil.

A concessão, localizada no extremo oeste do estado de São Paulo, foi adquirida na 12ª rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2013, e está atualmente no 1º período exploratório e com os compromissos do programa exploratório mínimo já integralmente cumpridos. A Petrobras detém 100% de participação na concessão. As informações são da Agência Petrobras.

PANORAMA DA MÍDIA

A piora nas premissas macroeconômicas, com projeção de Produto Interno Bruto (PIB) fraco em 2022 e escalada dos juros, causou movimento de forte revisão na avaliação das empresas por parte de bancos e casas de análise. Embora os fundamentos estejam em grande parte inalterados, com analistas prevendo bom desempenho para a maioria das companhias no 4º trimestre e início do próximo ano, as incertezas na política e na economia levam a uma “precificação de crise” para os ativos.

Acompanhamento realizado pelo Valor Econômico, a partir de maio, indica que as reduções feitas pelos bancos no preço-alvo – valor estimado para uma ação em 12 meses – ocorreram mais nos últimos dois meses. Foram 147 cortes nos preços desde 15 de outubro até sexta-feira passada, comparados a 64 aumentos. A amostra é de 237 ativos.

*****

A economia brasileira deve completar pelo menos 16 anos de crescimento abaixo da média mundial, período que teve início no governo Dilma Rousseff e pode se estender até o final do próximo mandato presidencial. É o que mostra levantamento com dados e projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da pesquisa Focus do Banco Central feito a pedido da Folha de S. Paulo e que complementa um estudo dos economistas Marcel Grillo Balassiano e Samuel Pessôa divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IGV/Ibre).

*****

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o patamar de investimentos públicos federais será o menor da história em 2022, conforme relatório do Orçamento apresentado ontem (20/12) no Congresso. Serão R$ 44 bilhões no ano que vem para o governo federal investir em setores como infraestrutura, escolas, postos de saúde, defesa, pavimentação e em todas as áreas que dependem de recursos da União. A previsão é de que o texto seja votado hoje na Comissão Mista de Orçamento e em plenário.

*****

Sem investimento, Brasil bate recorde de ataques hackers, diz a manchete da edição desta terça-feira (21/12) do jornal O Globo. De acordo com a reportagem, a maior parte dos órgãos federais não possui política de backup e criptografia.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.