A AES Brasil fechou um acordo com a Unipar para constituir uma joint venture em um novo projeto eólico de autoprodução de 91 MW de capacidade, sendo que 40 MW serão objeto de um contrato de longo prazo (PPA, na sigla em inglês) de 20 anos, com vigência a partir de 2024.
A energia será gerada no complexo eólico Cajuína, no Rio Grande do Norte. O desenvolvimento do empreendimento será iniciado após o cumprimento das condições precedentes previstas do contrato, com início de construção esperado para o segundo trimestre de 2022. O investimento estimado é de R$ 5,6 milhões por MW instalado – o que resulta em R$ 509,6 milhões, considerando os 91 MW.
Essa é a segunda parceria do tipo entre a Unipar e a AES. O primeiro acordo, anunciado em 2019, envolvia a construção de 155 MW também como autoprodução, com um PPA de 20 anos com a Unipar a partir de 2023.
Desta vez, a Unipar também vai adquirir a energia da joint venture. Considerando a energia assegurada a P50, o projeto terá 46 MW médios.
Investimentos
Após a assinatura do negócio com a Unipar, a AES Brasil atualizou suas projeções de investimento para o período de 2021 a 2025, quando prevê desembolsos de aproximadamente R$ 3,9 bilhões.
A maior parte dos investimentos ficou para 2022, da ordem de R$ 2,187 bilhões, considerando R$ 464,6 milhões na expansão do Complexo Eólico Tucano e mais R$ 1,62 bilhão na expansão do complexo Eólico Cajuína.
A companhia estima fechar 2021 com investimentos totais de R$ 1,014 bilhão, sendo R$ 453,5 milhões na expansão de Tucano, R$ 436 milhões em Cajuína, e mais R$ 124 milhões em modernização e manutenção de seus ativos.
Até 2025, dos R$ 3,9 bilhões que serão investidos, R$ 3,346 bilhões serão destinados à expansão dos dois complexos eólicos, e R$ 495 milhões irão para modernização e manutenção de ativos.