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Grandes consumidores de energia criticam liminares das térmicas a óleo – Edição da Manhã

A Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace) criticou o resultado do leilão de reserva de capacidade realizado na terça-feira (21/12) pelo governo federal, informa o Valor Econômico.

O presidente da entidade, Paulo Pedrosa, disse que este ano foi complicado para o meio ambiente e para os consumidores. O executivo afirmou que as térmicas que participaram com liminar têm Custo Unitário (CVU) acima de R$ 2 mil por MWh, preço de empreendimentos que operaram durante a crise hídrica.

“O congresso aprovou a continuidade do subsídio ao carvão e o Legislativo abriu as portas dos fundos para que térmicas zumbis, caríssimas, fossem contratadas no leilão de reserva do governo. Nós estamos aumentando as emissões com carvão e com óleo pesado e aumentando a conta do consumidor. Cada um desses custos vai chegar perto de R$ 1 bilhão por ano”, disse Pedrosa.

O presidente da Abrace disse, ainda, que apoia o Ministério de Minas e Energia (MME) no enfrentamento da decisão judicial que aumentou o custo da energia do país e tirou a competição eficiente do leilão. O certame tinha como objetivo a contratação de empreendimentos com o CVU menor que R$ 600 por MWh, patamar considerado estratégico em termos do custo futuro da operação, já que, atualmente, cerca de 40% do parque térmico tem o CVU maior que R$ 600 por MWh.

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Setor comércio & varejista registra a maior alta do ano no consumo de energia

O setor comércio & varejista registrou seu maior consumo de energia em 2021, encerrando novembro com alta de 7,28% em relação a outubro; na comparação com o mesmo mês de 2020, o crescimento foi de 2,59%. É o que aponta o Índice Comerc, que avalia o consumo de energia de 11 principais setores da economia.

O resultado indica reaquecimento do setor, um dos mais afetados durante a pandemia, e coincide com o avanço da vacinação e da retomada das atividades em todos os estados. Esse cenário de recuperação econômica também é observado em outros sete segmentos: alimentos (3,34%), veículos e autopeças (3,18%), siderurgia e metalúrgica (2,81%), manufaturados (2,32%), química (1,68%), eletromecânica (0,92%) e embalagens (0,14%). Na contramão, papel e celulose (-7,95%), materiais de construção (-3,56%) e têxtil, couro e vestuário (-1,62%) desaceleraram no consumo de energia. Apesar da queda nesses três setores, no consolidado do mês, o consumo de energia cresceu 1,58%.

“A alta em novembro aponta para um cenário de crescimento constante no consumo de energia e mostra, também, que a indústria começa a se preparar para o próximo ano. Com relação àqueles que registraram desaceleração, a retomada poderá ser mais tímida, mas ainda tende a ser positiva”, comenta Marcelo Ávila, vice-presidente do grupo Comerc Energia. As informações foram publicadas pelo blog Canal Executivo.

Governo de São Paulo planeja instalar 80 usinas solares até 2023

Em entrevista ao Valor Econômico, o secretário de Infraestrutura de São Paulo, Marcos Penido, informou que o governo do estado pretende instalar cerca de 80 usinas de geração distribuída solar fotovoltaica com capacidade total de 250 megawatts (MW) até o fim de 2023. O objetivo é aproveitar imóveis e terrenos públicos ociosos do governo que tenham potencial para geração de energia elétrica.

O estado gasta em torno de R$ 450 milhões por ano de energia. Este total é dividido em R$ 220 milhões no Grupo A (alta tensão) e R$ 230 milhões no Grupo B (baixa tensão). O projeto vai atuar apenas na baixa tensão com perspectivas de que a energia gerada abata R$ 23 milhões da conta do estado, ou seja, 10%. Isso deve dar mais previsibilidade nos custos do estado e reduzir as oscilações do valor da energia.

Marcos Penido contou que já foi feita a prospecção e verificada a condição do patrimônio imobiliário e encontradas 325 áreas, sendo que 65 foram identificadas como viáveis. Para dar andamento ao projeto, a secretaria de Infraestrutura deve publicar os editais junto às sete distribuidoras que atuam no estado em setembro de 2022.

PANORAMA DA MÍDIA

Auditores fiscais da Receita Federal intensificaram nesta quarta-feira (22/12) movimento articulado de entrega de cargos de chefia após o Congresso aprovar o Orçamento de 2022 com previsão de reajuste para policiais federais. O sindicato dos auditores estima que mais de 500 servidores já abriram mão de cargos comissionados em protesto. A Receita tem 7.950 auditores, 6.071 analistas e 2.938 funções comissionadas. Com a debandada, eles deixam os postos, mas seguem na carreira, uma vez que são concursados. (Folha de S. Paulo)

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Na mesma linha que a reportagem da Folha, o jornal O Globo informa que a promessa feita a policiais federais aumenta a pressão por novos reajustes salariais. De acordo com a reportagem, integrantes do governo próximos ao presidente Jair Bolsonaro, o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, e membros dessa pasta veem um erro de Bolsonaro ao insistir em um reajuste apenas para policiais federais. A avaliação é que isso irá gerar uma onda de pedidos por aumentos de todas as categorias, inclusive com ameaças de paralisações e entrega de cargos.

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Após alcançar uma série de recordes em 2021, o mercado de crédito privado dá sinais de cautela. Além da enxurrada de emissões de papéis como debêntures, que impôs uma postura mais seletiva por parte dos bancos e gestores, a perspectiva de mais instabilidade em 2022, por causa da eleição presidencial, colocou um freio nos negócios. Nesse cenário, a demanda por títulos privados diminui e aumentam as taxas que as empresas têm que oferecer para colocar seus papéis. (Valor Econômico)

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O Ministério da Saúde decidiu abrir consulta pública para a vacinação de crianças contra a convid-19. As contribuições podem ser feitas até 2 de janeiro. Para especialistas ouvidos pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a medida serve para atrasar a imunização da faixa entre 5 e 11 anos, uma vez que não foi adotada em nenhum outro momento da pandemia.

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