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Unigel inicia produção de hidrogênio verde em 2023 – Edição da Tarde – A publicação do MegaExpresso será retomada no dia 27 de dezembro

Reportagem do Valor Econômico mostra que a petroquímica Unigel está a caminho de registrar em 2021 o melhor resultado em mais de 50 anos de história, enquanto prepara o novo salto de crescimento para os próximos anos.

Depois de entrar no mercado de fertilizantes hidrogenados, o grupo firmou um protocolo de intenções com o governo da Bahia para implantação de uma fábrica de amônia e de hidrogênio verde, e já iniciou as negociações com fornecedores dos eletrolisadores – equipamento-chave no processo produtivo e hoje disputado por investidores e indústrias de todo o mundo.

O jornal informa que o início de operação da unidade, que ficará em Camaçari, está previsto para os primeiros meses de 2023. A adição de capacidade instalada será gradual, à medida que os eletrolisadores sejam entregues, até chegar a 200 mil toneladas por ano. Para esse volume de produção, será necessário contratar 300 megawatts (MW) de energia renovável.

“A Unigel vai ser a primeira produtora de hidrogênio verde do Brasil”, assegura o presidente da empresa Roberto Noronha Santos. A escolha da Bahia, segundo o executivo, levou em conta a elevada disponibilidade de energia renovável, essencial para a produção de hidrogênio verde. Os investimentos estão estimados em cerca de R$ 1,4 bilhão pelo governo estadual.

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Renova Energia tenta se reerguer com novo parque eólico

Em recuperação judicial desde outubro de 2019, a Renova Energia tenta virar a página de sua crise com a entrada em operação do parque eólico Alto Sertão III, na Bahia – única unidade eólica que ficou com a empresa após a venda de vários ativos para pagar dívidas no mercado.

Com capacidade para 432 megawatts (MW) – o suficiente para abastecer quase 1 milhão de residências –, o parque vai gerar R$ 250 milhões de caixa (Ebtida) por ano. “Esse será o pilar para liquidar as dívidas da empresa”, diz o presidente da companhia, Marcelo Milliet.

Os testes do parque eólico começaram dia 12 de dezembro e espera-se para os próximos dias a liberação para a operação comercial. No total, foram investidos R$ 2,5 bilhões no complexo que terá 155 aerogeradores e 208 quilômetros (km) de linhas de transmissão, distribuídos em seis municípios da Bahia (Caetité, Igaporã, Pindaí, Licínio de Almeida, Riacho de Santana e Guanambi). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Piauí tem 83 empreendimentos de energia eólica e 12.092 de energia solar 

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o funcionamento de mais duas usinas eólicas no Piauí, que são a Aura Queimada 01, em Lagoa do Barro, e Aura Queimada Nova 02, em Queimada Nova. Já em operação no estado, elas têm capacidade de gerar mais 78,2 megawatts de energia limpa. Os investimentos nos projetos são de R$ 277 milhões.

Segundo Ramon Campelo, diretor de Mineração da Secretaria Estadual de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis (Seminper), o Piauí possui um total de 83 empreendimentos de geração de energia eólica em funcionamento localizado nos municípios de Caldeirão Grande do Piauí, Curral Novo do Piauí, Dom Inocêncio, Ilha Grande, Lagoa do Barro do Piauí, Marcolândia, Parnaíba, Queimada Nova e Simões.

Ramon informa que, segundo dados disponibilizados pela Aneel, o Piauí possui hoje 2,44GW de capacidade instalada em operação de empreendimentos de geração eólica centralizada. O estado possui ainda 27 empreendimentos em fase de construção e 15 em fase de licenciamento, aguardando início das obras. Os empreendimentos aumentarão a capacidade total instalada para 4,24 GW. As informações são do portal Meio Norte.

Audiência sobre planta de regaseificação em Rio Grande contrapõe benefícios e riscos ambientais

O Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul, informa que a unidade de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) que o grupo espanhol Cobra pretende construir em Rio Grande para futuramente alimentar uma termelétrica passou pela audiência pública, ontem (22/12), prevista dentro do seu processo de licenciamento ambiental prévio.

O evento foi acompanhado por mais de cem espectadores. Muitos dos representantes da sociedade que pediram a palavra durante o encontro se manifestaram favoravelmente à iniciativa, ressaltando a geração de emprego, renda e uma nova alternativa energética para o estado, mas também houve questionamentos sobre os reflexos ambientais e os riscos que o complexo pode representar.

Além da planta de regaseificação, o complexo que o grupo Cobra pretende implementar no município da Metade Sul gaúcha contempla a instalação de uma termelétrica e um píer para a atracação dos navios que transportarão o gás natural liquefeito (GNL). Essas estruturas totalizarão um investimento de aproximadamente R$ 6 bilhões. A estimativa é que a usina absorva em torno de 45% da capacidade da unidade de regaseificação (que soma um potencial total de cerca de 14 milhões de metros cúbicos diários de gás natural) e o restante poderá ser disponibilizado ao mercado, com a perspectiva da construção de um gasoduto de Rio Grande até a região metropolitana de Porto Alegre. A usina está planejada para uma capacidade de 1.238 mil MW.

Abeeólica propõe alternativas para precificar águas do Rio São Francisco

A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) sugere que modelos tenham restrição explícita a partir da qual água de Sobradinho e de Xingó se torne mais cara, informa o portal Energia Hoje.

Apesar de o Brasil ter entrado no período úmido, em 1º de dezembro, o país ainda vive uma crise hídrica severa e o uso de termelétricas caras (11.758 MW médios, ou 15,94% da carga no dia 21/12) cobra seu preço no bolso do consumidor, em função do acionamento da bandeira escassez hídrica (sobrepreço de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos).

Em busca de uma saída, a Casa dos Ventos apresentou, em nome da Abeeólica, no dia 17/12, na reunião do Grupo de Trabalho de Restrições Hídricas do Comitê Técnico PMO-PLD, uma proposta para a operação do Rio São Francisco, a partir de hidrelétrica de Sobradinho. A ideia é que na hora de alimentar os modelos com os dados mensais da operação seja utilizada uma restrição explícita a partir da qual a água de Sobradinho e de Xingó se torne mais cara, desestimulando o uso.

Vivo inaugura usina de biogás em Santos

A Vivo inaugurou neste mês de dezembro, em Santos, sua primeira usina de geração distribuída de biogás no estado de São Paulo. O empreendimento foi construído em parceria com o Grupo Gera. A iniciativa integra a estratégia da Vivo para ampliar a produção própria de energia de fontes renováveis. A empresa informou que das 83 usinas do programa de geração distribuída previstas para todo o Brasil, 21 já estão em operação, em diferentes regiões do país e com diferentes parceiros, produzindo energia a partir de fontes solar, hídrica ou de biogás. Juntas, elas já abastecem 7.450 unidades consumidoras da empresa e produzem 187.289 MWh/ano. Outras 62 usinas serão implantadas pela Vivo em 2022.

A usina do aterro Terrestre Ambiental, em Santos, irá utilizar entre 2.500 e 5.000 Nm³/h (normal metro cúbico por hora) de biogás com alto teor de metano (aproximadamente 50% em sua composição) para a geração de energia elétrica e créditos de carbono. (Canal Energia)

Bélgica fechará sete reatores nucleares em 2025

A Bélgica fechará, como previsto, os sete reatores nucleares do país em 2025, mas não descarta o uso de energia atômica de nova geração, segundo um acordo concluído nesta quinta-feira (23/12) (23) entre os integrantes da coalizão de governo. A saída progressiva da energia nuclear está na lei belga desde 2003. O último prazo citado é o ano de 2025, data que o atual governo se comprometeu a respeitar ao tomar posse em outubro de 2020. (portal UOL, com informações da agência France Press)

PANORAMA DA MÍDIA

Puxada pela alta dos combustíveis, a prévia da inflação oficial ficou em 0,78% no mês de dezembro. A variação indica uma desaceleração frente ao mês anterior, quando a taxa chegou a 1,17%. Ainda assim, o resultado leva a prévia da inflação a encerrar o ano em 10,42%. É a maior alta acumulada no ano desde 2015 (10,71%). (O Globo)

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O Ministério do Trabalho divulgou nesta quinta-feira (23/12) que o país criou 324.112 vagas de emprego em novembro. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que reúne o total de admissões e desligamentos mensalmente. O número de novembro veio depois de dois meses em que o ritmo de criação de empregos vinha caindo. Depois de 375.284 vagas em agosto, o segundo maior número para um mês do ano, setembro registrou 318.051 e outubro, 241.766. (O Globo)

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