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MME divulga diretrizes e sistemática para o leilão de energia nova A-4 de 2022 – Edição da Manhã

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou no Diário Oficial da União da última sexta-feira (24/12), a portaria nº 34, com as diretrizes do leilão de compra de energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração, denominado leilão de energia nova “A-4”, de 2022, que será promovido no dia 27 de maio.

Para o certame, com início de suprimento em 2026, está prevista a participação de empreendimentos hidrelétricos, eólicos, solares fotovoltaicos e termelétricos a biomassa, com período de suprimento variando entre 15 e 20 anos.

O leilão inova, pela primeira vez, ao trazer em um mesmo produto a negociação conjunta de empreendimentos eólicos e fotovoltaicos. Tendo em vista as características comuns entre as fontes, a perspectiva de acirramento da competição entre as duas fontes deverá resultar em benefício ao consumidor. (Fonte: MME)

Fontes de energia eólica e solar vão continuar a se expandir em 2022

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As fontes de energia eólica e solar devem se manter como protagonistas da expansão da matriz elétrica brasileira em 2022m conforme indica reportagem do Valor Econômico. A expectativa é que, juntas, elas injetem mais da metade da energia prevista para entrar em operação no sistema, trazendo mais segurança ao sistema e afastando o risco de um possível racionamento e apagão.

As eólicas devem saltar do atual patamar de 20,5 GW de capacidade instalada para 26,4 GW em 2022. Já o setor solar prevê um incremento de 3,1 GW, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os executivos da Abeeólica e da Absolar, associações que representam os setores, apontam que o incremento de energia nova no sistema no ano que entra será fundamental para a segurança do sistema, além de contribuir para um custo de energia mais baixo.

Soma-se que projetos ESG (sigla em Inglês para práticas ambientais, sociais e de governança) têm beneficiado os negócios do setor. Ambas fontes devem seguir o mesmo ritmo dos últimos anos e continuar liderando nos negócios da geração, principalmente na expansão para o mercado livre, em que empresas geradoras, comercializadoras e consumidoras negociam livremente o fornecimento de energia elétrica.

“A partir de 2018, passamos a contratar cerca de 4 GW por ano de energia eólica, tendo em vista o crescimento do mercado livre”, afirma Elbia Gannoum, presidente executiva da ABeeólica. A executiva lembra que foram 20 GW adicionados em dez anos. Agora ela aposta que a curva de crescimento será maior. “Em três anos vamos colocar mais 10 GW”.

Já o setor solar deve fechar 2021 com aproximadamente 12,5 GW de capacidade, um crescimento acima de 50% em relação a todo histórico do setor no Brasil em um único ano. “Cerca de 62% desta potência está em geração distribuída e 38% nas usinas de grande porte”, diz Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar. Ele lembra que é o segundo ano que sistemas de pequeno e médio porte superam em mercado as usinas de grande porte. “O Brasil está avançando mais rápido nos investimentos feitos pela população do que nas contratações do governo federal”.

CCEE aponta que consumo de energia no início de dezembro se mantém estável

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgou os dados preliminares do seu Boletim InfoMercado Quinzenal, no qual aponta que o consumo de energia elétrica no Brasil, na primeira quinzena de dezembro, foi de 67.973 MW médios, recuo de 0,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com a CCEE, a queda foi puxada pela menor demanda do mercado regulado, que atende consumidores de menor porte, como pequenos comércios e as residências. Nesse ambiente foram utilizados 45.135 MW médios, volume 1,9% menor na comparação com 2020. Já no mercado livre, que fornece eletricidade para clientes de alta tensão, como indústrias e shoppings, o consumo foi de 22.837 MW médios, avanço de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

A CCEE também destaca que a migração entre esses dois ambientes pode influenciar os dados. Se desconsiderarmos os consumidores que se deslocaram entre dois segmentos nos últimos doze meses, o mercado regulado teria reduzido em 0,1% o seu consumo, enquanto o livre teria recuado em 0,5%. As informações foram publicadas pelo Canal Energia.

País já tem 75 mil carros elétricos, mas faltam eletropostos no caminho para recarregar baterias

O jornal O Globo informa que os veículos elétricos, considerados o futuro, já estão nas ruas brasileiras. No entanto, falta infraestrutura de recarga, ressalta a reportagem. Quem hoje pretende percorrer o país a bordo de um automóvel elétrico plug in (quando a bateria é recarregada numa tomada) ou híbrido (quem também tem motor a combustão) precisa de muito planejamento. A falta de carregadores públicos na maior parte das estradas inviabiliza a aventura.

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), já existem 75 mil veículos elétricos no país e cerca de 750 carregadores públicos. Mesmo entre as duas maiores cidades do país, Rio e São Paulo, só há pontos de carregamento a cada 100 quilômetros na Dutra. Como a autonomia de um elétrico é de cerca de 250 quilômetros, é preciso atenção para não ficar pelo caminho — ou, no caso dos híbridos, estar com o tanque abastecido.

Como uma empresa chinesa dominou o mercado de baterias para carros elétricos

A Folha de S. Paulo publicou ontem (26/12) uma reportagem produzida pelo The New York Times, sobre a empresa chinesa CATL, maior fabricante mundial de baterias para carros elétricos – uma companhia chinesa que hoje vale mais que a General Motors e a Ford juntas, de acordo com a reportagem.

Quando a pandemia começou, a CATL enfrentou uma crise própria. Uma rival tinha divulgado um vídeo sugerindo que uma tecnologia usada pela empresa e por outros fabricantes poderia causar incêndios nos carros. Imitando um teste de segurança do governo chinês, a rival tinha martelado um prego numa célula de bateria, uma das muitas em um carro elétrico. A célula explodiu numa bola de fogo.

A reportagem explica que as autoridades chinesas rapidamente entraram em ação, abandonando o teste do prego, segundo documentos vistos por The New York Times. O novo regulamento, divulgado dois meses depois, citava quem o havia preparado: em primeiro lugar, antes da própria agência governamental de testes de veículos, estava a CATL.

A mudança não expôs o mundo a baterias inseguras — outros países não exigem o teste do prego—, mas mostrou a decisão da China de criar um campeão corporativo com uma vantagem cada vez mais forte sobre o futuro dos automóveis. A CATL deu à China uma liderança importante em baterias para veículos elétricos, tecnologia central para a revolução verde em geral. A empresa já fornece baterias para quase todos os fabricantes de carros do mundo, como GM, Volkswagen, BMW e Tesla.

Nuclep fechará 2021 como um dos melhores anos de sua história e se mostra ainda mais otimista para 2022

O portal Petronotícias traz uma entrevista com o presidente da Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep), Almirante Carlos Seixas, no projeto Perspectivas 2022. Ele acredita que os negócios para a Nuclep poderiam aumentar se o índice de conteúdo local fosse flexível. Com isso, haveria mais negócios por aqui e mais emprego:

“Existem algumas normas que estabelecem algum percentual de conteúdo nacional, mas quando isso fica estabelecido somente em percentual, sem levar em consideração a parte de construção, acaba que a demanda se restringe apenas à entrega de serviços. Então o que acontece muitas das vezes, é que as peças são construídas no exterior e chegam no Brasil para a instalação e esse conteúdo nacional fica só pelo serviço de instalação”.

Para 2022, apesar de ser um ano eleitoral, o Almirante Seixas vê boas perspectivas para os negócios: “As perspectivas para 2022, no meu entendimento, são excelentes. Continuamos a fabricar para o programa de Submarinos da Marinha, a seção chamada de Bloco 40, para o protótipo do primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil (SN-BR). Aguardamos também a assinatura para o início da seção de qualificação do SN-BR, peça que possibilitará aos engenheiros, técnicos e operários, realizarem suas atividades em fase de testes.”

Ativistas fecham o cerco e deixam petrolíferas sob pressão

Durante décadas, ativistas ambientais fizeram piquetes nos prédios das empresas de petróleo e gás, bloqueios nas refinarias e se empenharam em interromper suas operações. Agora, o setor se depara com um novo tipo de ativismo: o dos próprios acionistas, conforme reportagem do Financial Times, publicada pelo Valor Econômico.

Nos últimos 12 meses, investidores ativistas direcionaram suas miras às superpetrolíferas ExxonMobil e Royal Dutch Shell, à gigante das commodities Glencore e ao grupo de energia escocês SSE. Outros investidores institucionais e de varejo também têm pressionado por mudanças, votando em números maiores do que nunca a favor de propostas ligadas ao clima nas assembleias de acionistas.

A reportagem explica que o perfil e os objetivos dos investidores variam, mas todos justificam suas campanhas dizendo que consideram deficiente o planejamento feito pelas equipes executivas para a transição energética.

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Globo informa que maior enxurrada dos últimos 32 anos deixa 16 mil sem casa no sul da Bahia. Dezoito pessoas morreram, 72 cidades estão em situação de emergência —37 delas ficaram submersas — e mais de 480 mil foram afetadas pelas chuvas torrenciais de alguma forma. Destino turístico muito procurado durante o verão, o sul da Bahia, há cerca de duas semanas, já havia registrado uma grande enchente. Neste último fim de semana, duas barragens se romperam: no sábado, em pleno Natal. O rompimento foi em Vitória da Conquista e, ontem, em Jussiape, na Chapada Diamantina. O nível do Rio Cachoeira, um dos maiores do sul da Bahia, subiu mais de 10 metros, e Itabuna e outras cidades do entorno foram completamente alagadas. A pressão da água sobre a ponte principal de Itabuna foi tão grande que ela ameaça desabar e foi interditada. Ontem, a água borbulhava por entre as frestas do concreto da estrutura, deixando moradores apavorados.

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O próximo ano será marcado por mais ofertas subsequentes de ações (“follow-ons”) do que aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês), de acordo com bancos de investimentos consultados pelo Valor Econômico. Depois de bater recorde de volume em 2021, movimentando R$ 154 bilhões entre ofertas na B3 e nas bolsas dos Estados Unidos, a previsão é de desaceleração do mercado em 2022. A expectativa é de menor número de listagens de empresas em consequência da volatilidade provocada pelas eleições, migração dos investidores para a renda fixa – como reflexo da alta dos juros – e esfriamento da economia.

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Na agenda de aniversário dos 20 anos do Tesouro Direto, o governo prepara o lançamento de um título voltado especialmente para a aposentadoria individual dos investidores pela plataforma do programa de venda pela internet. Na primeira entrevista após assumir o comando do Tesouro Direto, o secretário Paulo Valle antecipa ao jornal O Estado de S. Paulo os estudos para o Tesouro Direto-Previdência, que fará parte do cardápio dos papéis ofertados.

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Reportagem da Folha de S. Paulo mostra que o Ministério da Defesa gastou recursos destinados ao enfrentamento da covid-19 para a compra de filé mignon e picanha. A constatação é de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo informações do levantamento sigiloso feito pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas obtido pela Folha, foram usados R$ 535 mil em itens considerados de luxo. A auditoria foi aberta para investigar supostas irregularidades na aquisição de gêneros alimentícios desde 2017. Chamaram a atenção dos técnicos os gastos das Forças Armadas durante a pandemia em 2020.

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