O jornal O Estado de S. Paulo informa, em seu site na internet, que cidades do interior da Bahia tiveram o fornecimento de luz suspenso nos últimos dias. As fortes chuvas provocaram um aumento na incidência de raios e quedas de árvores, o que afetou o serviço de energia.
Desde o fim de novembro, moradores têm sido castigados pelas tempestades que já deixaram 18 mortos, 286 feridos e cerca de 15,4 mil pessoas sem casa.. No total, 72 municípios já estão em situação emergência e houve rompimento de pelo menos duas barragens, conforme dados atualizados até domingo, 26.
Segundo a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Neoenergia Coelba), os trabalhos continuam para que a situação seja normalizada o quanto antes. Itambé, Itororó, Santo Amaro, Maragogipe, Amélia Rodrigues, Juazeiro e Jacobina foram algumas das cidades que tiveram o serviço interrompido.
As fortes chuvas também têm provocado deslizamentos e interditado rodovias. Com o aumento do número de cidades atingidas pelas fortes chuvas, o governo da Bahia reforçou a estrutura de apoio às vítimas. Além de Ilhéus, as cidades de Itapetinga, Vitória da Conquista, Ipiaú e Santa Inês também contam com postos avançados para auxiliar o trabalho dos bombeiros. O estado mantém ainda um gabinete avançado em Itamaraju para dar assistência aos municípios do extremo sul.
Shell garante mais quatro clientes na abertura do mercado de gás
Segunda maior produtora de gás natural do país, atrás apenas da Petrobras, a Shell garantiu mais quatro clientes no mercado brasileiro, dentro do processo de abertura do setor, conforme reportagem do Valor Econômico.
Com os novos negócios, a multinacional assegura um destino imediato para os volumes que produz no pré-sal. Ao mesmo tempo em que estreia, em janeiro, como fornecedora de gás no Brasil, por meio de sua produção local, a empresa se prepara para, no futuro, ampliar o portfólio no país a partir também da importação de gás natural liquefeito (GNL).
A lista de novos clientes da Shell se concentra no Nordeste e inclui a Unigel e a distribuidora Bahiagás. Em ambos os casos, o suprimento começa em 2022. A petroleira também tem acordo prévio para fornecer gás, a partir de 2026, para duas termelétricas que venceram o leilão de reserva de capacidade no dia 21 de dezembro.
O contrato com a Unigel marca a estreia da Shell no mercado livre de gás. A multinacional abastecerá as fábricas de fertilizantes da Bahia e Sergipe pelos próximos anos. Já o acordo com a Bahiagás é válido por apenas um ano, em 2022. Esses dois novos clientes se juntam à Copergás, concessionária pernambucana com a qual a petroleira já havia assinado, em agosto, contrato de dois anos (2022/2023).
Petrobras deve manter dividendo alto
O ano de 2021 marcou uma virada de página no processo de reestruturação financeira da Petrobras, de acordo com análise do Valor Econômico. Após pagar US$ 70 bilhões em dívida desde 2014, a empresa, enfim, abriu espaço para aumentar a remuneração aos acionistas e bateu recorde de distribuição de dividendos, neste ano.
A expectativa para 2022 é que os proventos cresçam mais e que a companhia entre também num ciclo de aumento dos investimentos. Ao mesmo tempo, o ano que vem promete ser agitado para a petroleira, diante da perspectiva de intensificação da politização dos preços dos combustíveis num ano eleitoral. Como reflexo da alta do petróleo no mercado internacional, a Petrobras elevou em 69,4% os preços da gasolina e em 65,5% o diesel nas refinarias em 2021.
Omega Energia finaliza incorporação de geradora
A Omega Geração e Energia confirmaram a finalização do processo de transferência das ações da geradora para a empresa de energia, com os papéis da Omega Geração deixando de ser negociados na Bolsa de Valores (B3) a partir do último sábado, 24 de dezembro, conforme indica comunicado da empresa enviado ao mercado. A B3 já aprovou o pedido de listagem da Omega Energia, com a admissão da companhia acontecendo no segmento Novo Mercado sob o código “MEGA3”. (Canal Energia)
Cemig conclui compra de transmissora por R$ 48 milhões
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que concluiu a compra das participações societárias da Sete Lagoas Transmissora de Energia (SLTE) detidas pela Cobra Brasil Serviços, Comunicações e Energia e Cobra Instalaciones y Servicios, ambas do Grupo Cobra. O valor da operação é de aproximadamente R$ 48 milhões, resultante da aplicação dos mecanismos de ajuste de preço estabelecido no contrato de compra e venda de ações da companhia.
O Canal Energia explica que a SLTE deriva do Leilão de Transmissão Aneel 008/2010, compreendendo o lote H para a construção e operação da subestação Sete Lagoas 4, no município de Sete Lagoas (MG). A SE entrou em operação em junho de 2014 e o contrato de concessão tem vigência até junho de 2041.
Em comunicado ao mercado, a estatal mineira afirma que o negócio reforça a estratégia da empresa de crescimento sustentável com o compromisso de criação de valor com investimentos em projetos que contribuam para a expansão do seu sistema de transmissão de energia elétrica.
Água é questão de segurança para o país, diz cientista da Nasa
Em entrevista ao Valor Econômico, o pesquisador Augusto Getirana, do Laboratório de Ciências Hidrológicas do Goddard Space Flight Center (GSFC), da Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, criticou a gestão dos recursos hídricos brasileiros.
Ele ressaltou que o país atravessa a terceira seca severa em 20 anos e, apesar disso, pouco avançou na gestão de seus recursos hídricos. A mudança climática, a devastação da Amazônia e a ameaça de desertificação de ecossistemas como o Pantanal e o Cerrado, devem tornar esses episódios mais frequentes.
Nesse cenário, aumenta a urgência de tratar a água como questão de segurança nacional, afirmou Augusto Getirana. “Cerca de 65% da energia vem de hidrelétricas. Um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vem da agricultura. Quando exportamos alimentos, exportamos água. Sem esse recurso, o país entra em colapso. É preciso um plano de garanta a oferta”, afirmou.
A falta de gestão dos recursos hídricos, diz ele, não tem sido exclusividade de um governo ou outro. “É histórica. Não é questão de governo, é de Estado.” Getirana é engenheiro civil formado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado pela mesma instituição e doutorado em Ciências da Terra pela Universidade de Toulouse III, na França. Ele trabalha atualmente na Nasa em modelos hidrológicos usados para prever eventos extremos, como secas e enchentes.
PANORAMA DA MÍDIA
A responsável pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid), Rosana Leite de Melo, esclareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a versão infantil da vacina contra o novo coronavírus para crianças maiores de 5 anos não teve “nenhuma preocupação séria de segurança” identificada nos testes clínicos. Rosana enviou uma nota técnica ao Supremo sobre o assunto, após pedido do ministro Ricardo Lewandowski, do STF. (O Globo)
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O mercado voltou a ajustar para baixo suas expectativas tanto para a inflação quanto para o crescimento econômico este ano e passou a ver expansão de menos de 0,5% em 2022, mas manteve o cenário em relação à política monetária, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira (27/12) pelo Banco Central. O levantamento semanal mostrou que agora a expectativa é de que 2021 termine com uma inflação acumulada de 10,02%, forte estouro da meta — que é de 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. (Folha de S. Paulo)