O Canal Energia informa que as distribuidoras estão cobrando do governo federal rapidez na definição do valor do empréstimo bancário que vai permitir a cobertura dos custos adicionais da crise hídrica em 2022. De acordo com a reportagem, até outubro, o déficit financeiro estimado pelas empresas chegava a R$ 15 bilhões, e mesmo com as previsões de redução da geração térmica nos quatro primeiros meses do ano, a expectativa da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) é de que o descasamento entre arrecadação e despesas alcance, ao final de abril, entre R$9 bilhões e 10 bilhões.
Em documento, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) calculou para o mesmo cenário um déficit em torno de R$7 bilhões. Para evitar uma inadimplência generalizada na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a Abradee solicitou no início da semana à Aneel a postergação do vencimento da liquidação financeira no mercado de curto prazo (MCP) a partir de janeiro, até a liberação de recursos do financiamento.
“As empresas vêm até o momento efetuando esses pagamentos sem nenhum atraso junto à CCEE, mas estão chegando no limite, já recorrendo ao mercado financeiro para poder ter recursos para esses pagamentos, que é algo extraordinário ao seu negócio”, afirmou o presidente da Abradee, Marcos Madureira.
Petrobras amplia sua oferta de combustíveis e promove ajustes de competitividade no preço do diesel
A Agência Petrobras informa que, desde novembro, a estatal passou a ofertar para as distribuidoras a opção de entrega de gasolina, diesel S10 e S500 em Vila do Conde/PA, por via marítima. Após planejamento dos clientes, o primeiro navio está programado para entrega em janeiro de 2022.
Adicionalmente, desde o dia 28 de dezembro, a Petrobras promoveu alguns ajustes pontuais nos seus preços de venda de diesel para as distribuidoras, sendo sete reduções de R$ 10 /m³ (R$ 0,010 /litro) e um aumento de R$ 8 /m³ (R$ 0,008 /litro). “Essas ações visam aumentar a eficiência das operações e a competitividade da Petrobras em ambiente concorrencial”, enfatiza a Agência.
Crise climática coloca foco na Amazônia e na transição energética
Reportagem publicada hoje (30/12) pelo jornal O Estado de S. Paulo ressalta que zerar o desmatamento da Amazônia é oportunidade para o Brasil recuperar relevância no debate internacional. Para a Economist Intelligence Unit, braço de estatística e consultoria da revista britânica The Economist, vivemos a era do “eco-despertar” – e o Brasil ocupa um lugar de destaque.
Um dossiê sobre o assunto mostra que país é o campeão mundial de abaixo-assinados sobre questões ambientais. A Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura – que reúne cientistas, ambientalistas, empresários e líderes do agronegócio – foi considerada um exemplo de mobilização da sociedade civil em 2021.
A reportagem cita, também, a participação do Brasil na COP-26 – a conferência da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, realizada em novembro, na Escócia, e analisa que essa participação representou uma vitória da sociedade civil sobre o governo.
O Brasil foi o único país a ter dois pavilhões na reunião: um patrocinado pelo governo e outro organizado por entidades da sociedade civil. Neste último, com audiência bem maior, marcaram presença cientistas e representantes de entidades empresariais. A Amazônia foi o foco do debate. Outro tema abordado pela reportagem é a transição energética, o papel da produção solar e eólica.
PANORAMA DA MÍDIA
Reportagem do Valor Econômico mostra que a onda de leilões de saneamento básico deverá seguir em 2022, porém, em um ritmo menor, após dois anos bastante intensos. Contando com o último bloco do Rio de Janeiro, licitado ontem (29/12), o setor alcançou a soma de R$ 42,2 bilhões de investimentos contratados, desde a aprovação do novo marco legal, em julho de 2020 – desse valor, R$ 32 bilhões serão aplicados no Rio. O grupo Águas do Brasil venceu a licitação do último bloco de saneamento básico da Companhia de Águas e Esgotos (Cedae) do estado, com oferta de R$ 2,2 bilhões, um prêmio de 90% em relação ao valor mínimo do edital.
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O principal destaque da edição desta quinta-feira (30/12), do jornal O Globo, é a pressão de auditores federais por reajuste salarial. De acordo com a reportagem, sem espaço no Orçamento de 2022 para reajustes salariais dos servidores e acossado pela ameaça de uma greve geral, o governo estuda alternativas para contemplar pelo menos algumas categorias que pleiteiam aumentos. Segundo um técnico da equipe econômica, ouvido pela reportagem, já foi enviada à Casa Civil a minuta de um decreto que regulamenta o bônus por desempenho para os auditores da Receita Federal.
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O jornal O Estado de S. Paulo informa que um estudo feito pelo Instituto Todos pela Saúde, em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular, considerou 30,4 mil testes RT-PCR realizados em 16 estados, no período de 1º a 25 de dezembro, e o resultado revelou que 31,7% das infecções foram causadas pela variante ômicron, do coronavírus.
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De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o Ministério da Justiça e Segurança Pública ignorou, em um plano elaborado para vigorar até 2030, a definição de políticas, metas e indicadores sobre desaparecimento de pessoas após abordagens policiais, apesar da recorrência de sumiços e de investigações sem desfecho.