Depois de dois anos de incertezas sobre o cenário global de oferta e demanda de petróleo na pandemia, analistas ouvidos pelo Valor Econômico apontam que 2022 deve trazer maior estabilidade para o preço do barril, com tendência de continuação em patamar elevado. A expectativa é que a demanda siga em trajetória de retomada para os níveis de antes da crise, enquanto a oferta deve aumentar gradualmente.
Estimativas da consultoria IHS Markit apontam que a cotação do petróleo tipo Brent deve ficar entre US$ 72 e US$ 75 por barril nos próximos meses. “No começo do ano esperamos que o preço siga alto, mas não tão alto quanto esteve há dois ou três meses”, diz o diretor e estrategista de downstream da IHS Markit para a América Latina, Felipe Perez.
O barril do Brent, principal referência internacional para a commodity, encerrou 31 de dezembro cotado a US$ 77,35, avanço de 49% em relação ao preço registrado no mesmo período do final do ano anterior, segundo cálculos do Valor Data. Com isso, a média da cotação do Brent em 2021 foi de US$ 70,41 por barril, alta de 60,9% em relação à média de 2020, ano em que os preços sofreram quedas drásticas devido ao avanço da pandemia no mundo.
Já o WTI, referência americana para o barril, encerrou o ano cotado a US$ 67,78, alta de 68% na comparação anual. A média anual do WTI foi de US$ 74,88, aumento de 54% em relação a 2020 e alta de 23% na comparação com 2019. Em 2021, o preço do barril chegou ao pico, próximo aos US$ 85, entre setembro e novembro, mas voltou a cair com a chegada da variante ômicron de covid-19. Nos últimos dias, no entanto, os preços voltaram a se recuperar.
Para o chefe de pesquisa de exploração e produção de petróleo da Wood Mackenzie na América Latina, Marcelo de Assis, a tendência é que a nova cepa do vírus não gere grandes impactos na demanda. Segundo ele, deve haver uma certa estabilidade no mercado este ano, sem fortes aumentos do lado da oferta. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e os Estados Unidos estão aumentando a produção aos poucos, depois das quedas causadas pela pandemia em 2020.
Privatização da Eletrobras fica de fora do Orçamento de 2022
O Orçamento de 2022 foi aprovado sem levar em conta a arrecadação para os cofres federais da privatização da Eletrobras, prevista para ocorrer no primeiro semestre deste ano.
Apesar das dificuldades políticas de fazer a privatização da Eletrobras em ano de eleições, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe, seguem apostando nesse projeto. A expectativa da estatal é de que a privatização ocorra até 14 de maio. Essa é a data-limite para utilizar o balanço do quarto trimestre de 2021 como referência para a operação de venda das ações.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reagendou a audiência pública marcada para discutir o processo de privatização da estatal elétrica para 5 de janeiro. A audiência prevista para dezembro não ocorreu. (portal Infomoney – com conteúdo da Agência Estado)
Governo cobra liberação de projeto de fraturamento hidráulico para petróleo e gás
O jornal O Estado de S. Paulo informa que o governo deu 90 dias para que os ministérios de Minas e Energia (MME) e da Economia, em conjunto com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), publiquem edital para a qualificação de projetos visando a execução do projeto Poço Transparente, que deverá ser submetido à consulta pública.
O projeto Poço Transparente autoriza a aplicação da técnica de faturamento hidráulico no país para produção de petróleo e gás em terra. O processo reduziu drasticamente o preço do gás nos Estados Unidos há alguns anos, mas é condenado por ambientalistas pelos riscos ao meio ambiente e pelo grande uso de água, em um momento de escassez hídrica global.
Pelo método de fraturamento, o poço perfurado recebe a injeção de uma mistura química, formada por água, areia e aditivos sob altas pressões. Essa pressão é o que provoca o fraturamento da rocha, permitindo que o gás natural seja recuperado pelas fissuras criadas. Entre os principais impactos ambientais alertados pelos especialistas estão a contaminação da água e do solo, riscos de explosão com a liberação de gás metano, consumo excessivo de água para provocar o fracionamento da rocha, além do uso de substâncias químicas para favorecer a exploração.
3R antecipa pagamento de R$ 782 milhões em debêntures
A 3R Petroleum Óleo e Gás informou que realizou, em 30 de dezembro de 2021, por meio da subsidiária integral 3R Macau, o pré-pagamento da segunda emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações. Conforme o fato relevante, o valor é de, aproximadamente, R$ 782,3 milhões, incluindo principal, juros remuneratórios acumulados e não pagos até esta data e custos de pré-pagamento previstos em contrato. As debêntures são da espécie com garantia real, em série única e distribuição pública com esforços restritos, emitidas pela 3R Macau. (Valor Econômico)
Cemig finaliza obras sem subestações do sul de Minas
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) realizou em 2021, no sul do estado, um plano de investimentos no valor de R$376 milhões, que incluiu a construção de novas subestações e ampliação de instalações já existentes. Duas importantes etapas desse plano foram concluídas, com a expansão da Subestação Andradas e a instalação de mais um transformador na subestação de Alfenas.
De acordo com o Canal Energia, a ampliação da subestação de Alfenas vai possibilitar o aumento da geração de energia da PCH Poço Fundo de 9,6 MW para 30 MW. Já a subestação Andradas, situada na região de Poços de Caldas, teve finalizada a etapa de expansão, o que já está contribuindo diretamente a qualidade de vida de aproximadamente 50 mil pessoas. Assim como as novas instalações em Alfenas, todos os equipamentos contam com o novo sistema de automação de subestações, o que permite aos operadores realizarem, à distância, as intervenções necessárias nos equipamentos.
Copel destina R$ 20 milhões em novo edital de eficiência energética
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) abriu uma nova seleção para financiamento de projetos que tornem mais eficiente o consumo da eletricidade em condomínios, propriedades rurais, comércios, indústrias, entidades assistenciais e filantrópicas, e instalações do poder público. O programa prevê até R$ 20 milhões para a execução das propostas, que podem ser inscritas até 28 de março de 2022.
Este é o segundo edital lançado recentemente pelo programa da empresa regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O anterior, com inscrições abertas até 13 de março, contempla R$ 30 milhões direcionados exclusivamente a hospitais públicos e beneficentes. (Canal Energia)
PANORAMA DA MÍDIA
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda feira (03/01) que começou a passar mal depois do almoço de domingo. O presidente, que estava de férias em Santa Catarina, foi para São Paulo e está internado no Hospital Nova Star. Em rede social, Bolsonaro postou foto e informou que foi submetido à colocação de uma “sonda nasogástrica” e que serão realizados exames para verificar “possível cirurgia de obstrução interna na região abdominal”. (O Globo)
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (03/01) que as vacinas pediátricas contra a covid-19 chegarão na segunda quinzena de janeiro. A partir daí, disse o minstro, os imunizantes começarão a ser distribuídos. (O Estado de S. Paulo)