Os novos contratos de venda de energia (PPAs, na sigla em inglês) da AES Brasil no mercado livre desafiam a redução de endividamento da companhia em 2023, de acordo com a análise da agência de classificação de riscos Fitch.
Segundo a agência, os novos PPAs do Complexo Tucano vão resultar em um impacto material nas projeções de investimento e em maior alavancagem da companhia neste ano. “O processo de desalavancagem do grupo, esperado para 2023, se mantém, ainda que mais vulnerável em caso de frustações na geração de caixa operacional esperada”, diz a nota da Fitch.
Com os novos PPAs, os investimentos da AES Brasil previstos para o período de 2021 a 2025 passam de R$ 3,2 bilhões para R$ 3,8 bilhões, com impacto mais concentrado em 2022 e geração de Ebitda (sigla em inglês para resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) incremental a partir de 2024.
Nesse novo cenário, a Fitch estima a alavancagem líquida da companhia em 5,2 vezes em 2022, ciando para 3,9 vezes em 2023 e descréscimo gradual nos anos seguintes.
O aporte de R$ 360 milhões anunciado pelo Itaú em uma subsidiária da AES Brasil será menos representativo na melhora de estrutura de capital da empresa, devido ao aumento dos investimentos.