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TCU aponta falhas do governo na condução da crise hídrica, que elevou conta de luz – Edição da Manhã

Um relatório de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou uma série de falhas na condução pelo governo das medidas contra a crise hídrica no ano passado, quando o país passou pelo pior período seco em mais de 90 anos e enfrentou um risco de racionamento de energia elétrica.

A avaliação dos técnicos do TCU faz parte de um processo aberto pelo tribunal para acompanhar as ações do governo durante a crise. O relatório, obtido pelo jornal O Globo, é preliminar e foi encaminhado aos órgãos responsáveis pela gestão da crise antes de uma conclusão por parte dos ministros do tribunal. Procurado, o Ministério de Minas e Energia não se manifestou.

Os técnicos do TCU afirmam que a maioria das medidas no ano passado “teve foco no aumento da oferta de energia, sem estudos ou análises detalhadas de impacto que corroborassem essa escolha, negligenciando ações do lado da demanda, havendo pouco incentivo para o deslocamento ou redução do consumo”.

A reportagem ressalta que durante o auge da crise hídrica, o governo se concentrou em ampliar a capacidade de geração de energia no país, especialmente por meio de usinas termelétricas. Praticamente todas as usinas a gás natural, óleo diesel, carvão e biomassa do país foram acionadas, gerando aumento de custos mas garantindo o fornecimento de eletricidade. Só em agosto foi anunciado um programa para incentivar a redução do consumo por parte dos clientes residenciais. Para a indústria e grandes consumidores, foi oferecido um programa que incentivou o “deslocamento” dos horários de pico para horários de menor consumo.

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Apagão na Argentina deixa mais de 700 mil pessoas sem luz

Os argentinos esperavam esta semana com preocupação, já que as previsões apontavam para temperaturas acima da média para o início do ano. O Serviço Meteorológico Nacional havia afirmado que Córdoba, Santa Fé, Entre Ríos e a região metropolitana de Buenos Aires marcariam mais de 40°C. Ontem (11/01) ocorreu o que os argentinos mais temiam: um apagão atingiu quase toda a região metropolitana de Buenos Aires, e pelo menos 700 mil pessoas ficaram sem luz em dezenas de bairros da capital.

De acordo com a companhia elétrica Edenor, uma linha de transmissão de energia deixou de funcionar devido a um incêndio em San Martín, o que afetou geradores da central Porto Novo, atingindo “o corredor norte da cidade de Buenos Aires e a região metropolitana”. A agência de notícias Reuters destacou que as geradoras relataram picos de demanda pouco antes do apagão, ligados à grande quantidade de equipamentos de resfriamento de ambientes, como aparelhos de ar condicionado, em funcionamento. As informações foram publicadas pela Folha de S. Paulo.

Chuvas: Cemig abre comportas de usina no interior de MG e mais 500 famílias são retiradas de casa

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) abriu comportas da usina de Cajuru, no Rio Pará, entre Carmo do Cajuru e Divinópolis, em Minas Gerais, para ampliar a vazão do reservatório, que aumentou de volume em função das chuvas. A companhia informou que, devido ao nível elevado de águas que chegam, de 500 metros cúbicos por segundo às 11h da manhã de segunda-feira (10/01), com previsão de aumento para 630 metros cúbicos por segundo até ontem (011/01), foi necessário aumentar o fluxo.

A Cemig também informou que segue em contato permanente com as coordenadorias municipais de proteção e a defesa civil. A barragem do Carioca, da empresa Santanense, que está com risco de rompimento, está localizada no Rio São João, que deságua no Rio Pará. As vazões desses rios se somam em direção a Conceição do Pará, Nova Serrana e Pitangui. A barragem da Usina do Carioca também recebe água das barragens de Benfica e dos Britos, localizadas em Itaúna.

Em Conceição do Pará, 500 famílias foram retiradas de casa e levadas para abrigos devido ao risco de inundação do Rio Pará, segundo a prefeitura do município. (Valor Econômico)

Nível dos reservatórios melhora, mas ainda não alivia conta de luz

As chuvas registradas em diversas regiões desde meados de outubro já refletem no nível de armazenamento dos principais reservatórios do país, mas ainda é cedo para assumir uma postura de “tranquilidade” para o setor elétrico, dizem especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. Já para os consumidores, a melhora não deve ser perceptível nos próximos meses, pois não resultará em um alívio imediato nas contas de luz. A previsão é que as tarifas vão continuar pesando no bolso dos brasileiros.

Em janeiro de 2021, o nível dos reservatórios era de 23,36% da capacidade total, e chegou a cair para 16,75% em setembro. Agora, pelos dados mais recentes do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a projeção é que cheguem ao fim de janeiro com cerca de 40% de capacidade.

BC culpa pandemia e crise hídrica por inflação acima da meta em 2021

O Banco Central (BC) atribuiu à pandemia — e, mais especificamente, seus efeitos sobre os preços das matérias-primas (commodities) — e à crise hídrica, com elevação das tarifas de energia elétrica, a culpa pela inflação de 10,06% acumulada em 2021. O índice ficou bem acima do centro da meta estabelecida pelo BC para o ano, de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos — ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.

As justificativas foram enviadas ontem (11/01) ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao Conselho Monetário Nacional (CNN). Toda vez que a inflação fica acima da meta definida para um ano, o presidente do BC — desta vez, Roberto Campos Neto — é obrigado a prestar esclarecimentos. (UOL)

Seca no Sul e chuvas no Sudeste podem aumentar a inflação em 2022, diz economista da FGV

Fenômenos climáticos extremos, como a seca no Sul e o excesso de chuvas no Sudeste, e seus impactos sobre os preços da alimentação podem ser mais um fator de risco para a inflação deste ano, alerta o coordenador de índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), André Braz, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

“À medida que esse fenômeno persistir, o saldo pode ser de preços mais altos para alguns alimentos básicos e isso pode gerar um problema maior para conter o avanço da inflação.” Para 2022, o economista projeta uma inflação de 5%, sem considerar o risco de uma alta adicional da alimentação por conta do clima. Braz frisa que, apesar da desaceleração esperada para este ano, o brasileiro não deve sentir um alívio, já que a alta acumulada nos preços em dois anos será de 15%. “Vamos viver um período de inflação persistente, acima da meta, com juro alto, que vai continuar causando mal estar às famílias.”

Eletrobras planeja pedido de oferta de ações na B3 e NY no 2º trimestre

A Eletrobras comunicou ao mercado que pretende protocolar, no segundo trimestre deste ano, pedido de registro de oferta pública global de distribuição de ações ordinárias e de recibos de depósito (ADRs). A companhia destaca que a oferta faz parte de seu plano de desestatização, nos termos da lei aprovada em julho de 2021. De acordo com a Eletrobras, os termos e condições da oferta, incluindo o número de papéis e a faixa indicativa de preço, ainda não foram determinados. A operação está sujeita à aprovação dos acionistas e de órgãos competentes. (Valor Econômico)

Bolsonaro prepara viagem para Suriname e Guiana com foco em cooperação e energia

A Folha de S. Paulo informa que o presidente Jair Bolsonaro deve viajar na próxima semana para Guiana e Suriname, em uma agenda voltada para cooperação na área de energia, com um diálogo exploratório sobre possíveis projetos de conexão da rede de eletricidade guianesa com o estado de Roraima.

De acordo com interlocutores, a ida do presidente aos dois países estava prevista desde antes da pandemia de covid-19, mas precisou ser adiada em diferentes ocasiões devido à crise sanitária. A viagem deve durar dois dias, com início em 20 de janeiro.

PANORAMA DA MÍDIA

A inflação de 2021, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrou 2021 em 10,06%, o nível mais alto desde os 10,67% de 2015, terceiro maior desde 2000 e muito superior à meta perseguida pelo Banco Central (BC), de 3,75%. Esse é o destaque na edição de hoje (12/11) dos principais jornais do pais.

Em dezembro, a inflação subiu 0,73%, mais que o 0,65% do consenso de mercado, mostrando pressões disseminadas, com elevações expressivas em serviços, bens industriais e alimentos. A expectativa dominante para 2022 é que a inflação recue para pouco mais de 5%. Se confirmada, será uma queda significativa em relação ao ano passado, mas mesmo assim o indicador ficará mais uma vez acima da meta, definida em 3,5% para este ano. A inflação elevada e persistente deve exigir novas altas na taxa básica de juros (Selic). (Valor Econômico)

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi puxado principalmente pelos reajustes dos preços de combustíveis, gás de cozinha e energia elétrica, itens que tiveram maior peso na formação do índice. (O Estado de S. Paulo)

O IPCA é o indicador oficial de inflação no país. Com o resultado, o índice estourou com folga a meta do Banco Central (BC). A meta de inflação era de 3,75% no ano passado, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, podendo chegar até a máxima de 5,25%. (Folha de S. Paulo)

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O jornal O Globo informa que com os índices de transmissão atuais, a variante ômicron pode infectar mais da metade da população europeia entre as próximas seis a oito semanas, disse ontem ((11/01) o braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS). A autoridade sanitária alerta, contudo, que apesar da cepa aparentemente causar menos quadros graves e mortes, ainda é cedo para tratar a covid-19 como uma doença endêmica.

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