Thyssenkrupp cresce em hidrogênio verde e anuncia acordo com a Shell

A Thyssenkrupp Nucera, joint venture da alemã Thyssenkrupp com o grupo italiano familiar Industrie De Nora, assinou um contrato com a Shell para desenvolver, produzir e instalar uma usina de eletrólise de água de 200 MW no Porto de Roterdã, na Holanda.

O trabalho de construção dos eletrolisadores deve ter início no primeiro semestre deste ano. A decisão final de investimento da Shell no empreendimento é esperada ainda para 2022, com início da produção prevista para 2024.

A energia renovável que será utilizada na planta de hidrogênio verde virá da usina eólica offshore Hollandse Kust, e o hidrogênio poderá ser transportado em um duto por 40 km, até chegar no parque químico da Shell em Roterdã. 

A unidade de produção de hidrogênio verde será neutra em emissões. Materiais de construção serão reutilizados quando possível, e painéis solares serão incorporados do lado de fora da fábrica.

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A joint venture anunciou hoje, 13 de janeiro, seu novo nome. Até então, era conhecida por Thyssenkrupp Uhde Chlorine Engineers, especializada na produção de soda cáustica e gás cloro. O aumento da demanda por soluções para produção de hidrogênio verde, contudo, deram um impulso nos negócios da companhia, que deve ter seu capital aberto por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO).

Segundo a Thyssenkrupp, o IPO permitiria ao negócio levantar recursos para financiar seu crescimento, marcando o início de uma nova era de negócios de hidrogênio dentro do grupo alemão. 

A receita da Nucera subiu cerca de 25% entre os anos fiscais 2019/2020 e 2020/2021, chegando a 319 milhões de euros. Em dezembro de 2021, a companhia tinha um estoque de pedidos da ordem de 900 milhões de euros.