A Petrobras informou que atingiu as metas de produção de petróleo e gás para 2021, e anunciou uma revisão para baixo na meta de produção total para 2022 em relação à projeção que constava no Plano Estratégico de 2022-2026, da ordem de 70 mil barris de óleo equivalente por dia (boed).
Com a mudança, a meta de produção total de óleo e gás da companhia passa a ser de 2,6 milhões de boed, com variação de 4% para mais ou para menos.
Segundo a estatal, a revisão se deu pelo início da partilha de produção dos FPSOs P-70 e Carioca, em operação nos campos de Atapu e Sépia, devido ao resultado da 2ª Rodada de Licitações do Excedente da Cessão Onerosa no Regime de Partilha de Produção. Com o início da partilha, a Petrobras terpa 65,69% de participação em Atapu e 55,30% em Sépia.
A produção de óleo e produção comercial tiveram impacto de 60 mil boed, mas as metas permaneceram nas mesmas faixas de, respectivamente, 2,1 milhões de barris por dia (bpd) e 2,3 milhões de boed, com variação de 4% para mais ou para menos.
Para o período de 2023 a 2026, o impacto médio estimado para a produção é de 0,1 milhões de boed.
No caso de Atapu, a Petrobras vai receber a compensação de US$ 1,5 bilhão antes do efeito tributário (gross up), até 15 de abril deste ano. No caso de Sépia, ela vai receber US$ 2,2 bilhões, mas a data de recebimento ainda está em negociação com o consórcio da partilha. Já a parcela do bônus devido pela Petrobras para os dois campos, de R$ 4,2 bilhões, deve ser pago no primeiro trimestre deste ano.
Produção em 2021
Segundo a Petrobras, a produção total de óleo e gás somou 2,77 milhões de boed em 2021, dentro da meta que era de uma produção de 2,72 milhões de boed, com margem de 4% para mais ou para menos.
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Também ficou acima do centro da meta a produção de óleo, LGN e gás comercial, que somou 2,46 milhões de boed, ante a meta de 2,43 milhões de boed, com 4% para cima ou para baixo.
Já a produção de óleo e LGN realizada foi de 2,22 milhões de bpd, superior ao centro da meta de 2,21 milhões de bpd, com margem de 4% para mais ou para menos.
Os destaques do ano passado, de acordo com a companhia, incluem o início da produção do FPSO Carioca, primeira plataforma do campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos; a produção própria no pré-sal, que somou 1,95 milhões de boed em 2021 e representou 70% da produção total da Petrobras; e a assinatura e início de vigência do acordo de coparticipação do campo de Búzios.
Além disso, a estatal destacou a conclusão da venda da totalidade da sua participação nos campos marítimos de Frade, na Bacia de Campos, Lapa, no pré-sal da Bacia de Santos, dos Polos terrestres Rio Ventura, Miranga, Remanso e Cricaré, além dos campos terrestres de Do-Ré-Mi e Rabo Branco.
Investimentos
A estatal manteve a previsão de investimentos da ordem de US$ 11 bilhões em 2022. Segundo a companhia, ao longo do ano, serão discutidos com parceiros e com a PPSA os Planos de Desenvolvimento dos volumes excedentes em Atapu e Sépia, que vem incluir a implantação de um novo sistema de produção em cada campo.
Os ajustes serão divulgados no Plano Estratégico 2023-2027.
