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Migração a mercado livre de energia pode gerar R$ 6,3 bilhões – Edição da Manhã

Uma projeção da consultoria Thymos Energia, feita a pedido do Valor Econômico, mostrou que o mercado livre de energia pode gerar R$ 6,3 bilhões em investimentos em dez anos, só na captação de clientes. De acordo com a consultoria, o custo que as empresas têm para alcançar consumidores que querem migrar do mercado regulado para o ambiente de contratação livre (ACL) é superior a R$ 1 mil.

No entanto, o valor deve cair para apenas R$ 100,00 com os processos de digitalização. O cálculo se baseia no número de potenciais consumidores que podem migrar do mercado cativo para o livre. No Brasil, existem cerca de 87 milhões de unidades consumidoras (UCs). O sócio e diretor da área de consultoria da Thymos, Alexandre Viana, acredita que cerca de 63 milhões farão a migração para o ambiente livre quando isso for possível.

“O custo de captação multiplicado pelo número de consumidores que podem migrar para o mercado livre dá uma estimativa de R$ 6,3 bilhões em investimentos para a captação de clientes em dez anos. Isso sem contar outros aportes em geração e serviços que podem surgir”, calcula Viana.

O levantamento da Thymos Energia traça três cenários – conservador, base e agressivo – sobre a expansão do consumo de eletricidade do ACL e projeta que a participação deste segmento no total da carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) deve sair do patamar de 35,4% em 2022 e se estabilizar em quase 73% em 2035.

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Socorro às distribuidoras de energia pode ficar em R$ 4,5 bilhões

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a melhora no nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas nos últimos meses pode fazer com que o socorro financeiro ao setor elétrico seja fixado em R$ 4,5 bilhões. Os valores ainda estão sendo analisados, mas, segundo apurou a reportagem do Estadão, a operação deve ficar muito abaixo do que era previsto inicialmente, cerca de R$ 15 bilhões.

Ainda de acordo com a reportagem, há quem avalie que é necessário aguardar o fim do período de chuvas, em abril, quando será possível ter mais precisão das condições de geração de energia e os valores arrecadados pela taxa adicional cobrada nas contas de luz (bandeira escassez hídrica). Os cálculos atuais têm como base o cenário hidrológico de 2018, considerado similar ao atual.

O socorro às distribuidoras foi regulamentado na sexta-feira (14/01), pelo presidente Jair Bolsonaro. O documento, no entanto, não detalha valores ou prazos de pagamentos, mas indica quais custos terão de ser cobertos com os recursos a serem captados com as instituições financeiras, por meio de interlocução do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os detalhes serão analisados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Só após esse processo, os recursos serão liberados para as distribuidoras.

Onda de calor causa incêndios, apagões e expõe desertificação na Argentina

Reportagem publicada na edição desta segunda-feira (17/01) pela Folha de S. Paulo mostra as consequências da onda de calor que afeta a Argentina. O Serviço Meteorológico Nacional informou que a madrugada de sábado (15/01) registrou 30°C em Buenos Aires, a maior temperatura da história. A semana passada foi a mais quente que o país já viveu desde 1906, quando começaram as medições oficiais.

Como consequência da onda de calor, foram registrados incêndios na localidade de Canning, na província de Buenos Aires, que abriga casas de veraneio. O mesmo aconteceu em Córdoba, uma das principais cidades do país, e Mar del Plata, região turística da costa argentina. Também foram registrados pontos de incêndio na região de Bariloche.

Em Buenos Aires, as temperaturas permaneceram altas durante toda a semana, com mínimas de 26°C e máximas de 46°C. O calor provocou diversos problemas, como a falta de água na região da capital e n periferia da cidade. Cortes de luz chegaram a durar de 10 horas. Na terça-feira (11/01), 700 mil pessoas ficaram sem energia e sem água na região metropolitana. No último sábado, 35 mil ainda estavam às escuras, de acordo com a reportagem.

A Organização Meteorológica Mundial, vinculada às Nações Unidas, afirmou que a situação da Argentina será crítica neste verão e alertou as autoridades para que “a onda de calor não afete a saúde, a distribuição de água e energia, além da agricultura”.

Lira cobra do Senado solução para baixar preço da gasolina

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), usou as suas redes sociais ontem (16/01), para culpar o Senado e os governadores pelos altos preços dos combustíveis, conforme informação da Folha de S. Paulo. Ele disse, ainda, que os chefes dos Executivos estaduais cobram soluções visando às eleições de outubro deste ano. Lira escreveu que a Câmara dos Deputados chegou a aprovar uma proposta que alterava regras para a mudança da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para segurar a alta nos preços, mas que acabou engavetada no Senado.

A manifestação do presidente da Câmara acontece após os estados anunciarem que vão descongelar o valor do ICMS cobrado nas vendas de combustíveis. O descongelamento do imposto deve acontecer como previsto inicialmente, em 31 de janeiro.

Tesla comprará grafite de Moçambique, para depender menos da China

A Tesla está se voltando para Moçambique em busca de um componente-chave para as baterias de seus carros elétricos, no que analistas consideram um movimento para reduzir sua dependência da China, revelou ontem a agência de notícias Associated Press. A empresa assinou, no mês passado, um acordo com a australiana Syrah Resources, que opera em Moçambique as maiores minas de grafite do mundo. É uma parceria inédita entre uma fabricante de carros elétricos e uma produtora do mineral, crucial para as baterias de íon-lítio. O valor da operação não foi divulgado. (O Globo)

PANORAMA DA MÍDIA

A vacinação contra covid para crianças de 5 a 11 anos tem o apoio de 79% da população brasileira com 16 ou mais anos de idade, indica pesquisa do Instituto Datafolha. Esse percentual equivale a 132,5 milhões de pessoas no país. Os que rejeitam a imunização para esse público são, portanto, minoria no Brasil (17%). Os que não sabem opinar sobre a questão somam 4%. (Folha de S. Paulo)

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O Valor Econômico informa que o número total de operadoras de planos de saúde vem caindo no país, com as crescentes aquisições no setor. A queda foi de 47% entre 2011 e 2020, período em que a Agência Nacional de Saúde (ANS) encerrou o ano com o registro de 711 empresas, a despeito do crescente número de usuários. Os dados são de um estudo do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade). Segundo uma fonte do Cade, a tendência é que o órgão se torne mais rigoroso nas análises, pois o mercado está cada vez mais concentrado e a expectativa é que mais operações ocorram neste ano.

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As vendas do comércio eletrônico superaram as dos shoppings center no Brasil. Segundo um estudo da gestora Canuma Capital, no ano passado, as vendas online atingiram R$ 260 bilhões, um avanço de R$ 160 bilhões em relação ao registrado em 2019, antes da pandemia. Na outra ponta, os shoppings faturaram aproximadamente R$ 190 bilhões em 2019 e a previsão é que tenham fechado 2021 em R$ 175 bilhões, considerando as mesmas lojas, conforme o estudo.

Os dados, contudo, de acordo com a gestora, não mostram uma tendência de perda da relevância dos shoppings no varejo brasileiro – há cerca de 600 unidades em operação no país. Mas trazem à tona o desafio de solidificar ainda mais a digitalização das vendas, um processo já em curso. (O Estado de S. Paulo)

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Reportagem odo jornal O Globo mostra que os estados preparam a volta às aulas em fevereiro, com foco na mitigação das consequências da pandemia sobre o ensino. Sem diretrizes pedagógicas do Ministério da Educação, secretarias estaduais dão prioridade a trazer os estudantes de volta às aulas, após forte evasão com o modelo remoto prolongado, e a reduzir as diferenças de aprendizado entre as crianças.

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