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Socorro às distribuidoras: empresas dizem que valores serão discutidos – Edição da Tarde

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marco Madureira, não vê problemas caso o financiamento às empresas fique abaixo do estimado inicialmente, desde que haja uma previsão clara e segura do custo da geração e dos valores cobertos pelas bandeiras tarifárias.

Segundo ele, os custos que as empresas estão carregando desde o ano passado, como a captação de recursos para cumprir as obrigações de encargos ao setor, deverão ser discutidos com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “O que temos de realmente colocar como ponto é o custo que as distribuidoras continuam tendo até receber essa bandeira, pois são valores bastante extraordinários”, afirmou. “O valor a ser dado como financiamento só será fechado em uma projeção até o final do mês de abril. Todo o custo que as empresas estão carregando desde o ano passado será um custo adicional.”

A reportagem destaca que, apesar de não estar previsto inicialmente, o governo abriu espaço para usar recursos do pacote para cobrir os custos do leilão emergencial realizado em dezembro. De acordo com cálculos da agência reguladora, a fatura da contratação de usinas térmicas é estimada em R$ 9 bilhões em 2022, que resultaria em um impacto tarifário médio de 4,49%.

Lei do câmbio ajuda venda de energia em dólar

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O marco legal do câmbio trouxe perspectivas para que mais contratos de compra e venda de energia (PPAs, na sigla em inglês) no Brasil sejam fechados em moedas estrangeiras, como o dólar e o euro. Segundo especialistas ouvidos pelo Valor Econômico, a lei dá mais segurança jurídica para que empreendedores fechem acordos de fornecimento de energia em outras moedas, e pode ajudar a atrair investimentos estrangeiros para projetos de geração renovável no país.

Até o momento o Brasil teve poucos acordos para financiamento de projetos de geração de energia em outras moedas além do real. Levantamento da consultoria Clean Energy Latin America (Cela) mostra que dos 70 PPAs de usinas solares e eólicas fechados no país até o começo de 2021, apenas 4% tinham moeda estrangeira nas receitas.

O marco legal do câmbio foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro nos últimos dias do ano passado. A partir da entrada em vigor, prevista para o fim de 2022, a lei prevê que acordos em dólar podem ser celebrados dentro do Brasil por empresas exportadoras.

EDP: diversificação de fontes energéticas ainda é desafio no Brasil

Em entrevista ao portal E-Investidor, do jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da EDP no Brasil, João Marques da Cruz, destacou a busca da empresa por fazer rotação de recursos com o intuito de criar valor e crescer. Esse processo foi exemplificado pela venda de três linhas de transmissão por R$ 1,32 bilhão em outubro do ano passado. Paralelamente, a empresa adquiriu a Celg-T, em leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Ao todo, foram 756 quilômetros de rede e 14 subestações. Acabamos 2021 com mais quilômetros do que o que tínhamos no começo do ano, afirmou Cruz. Atuando nas áreas de geração, transmissão e soluções em serviços de energia, a companhia vê a diversificação das matrizes energéticas e práticas do tripé ESG (sigla em inglês para práticas ambientais, sociais e de governança) como pilares e caminhos que o Brasil deve seguir. Para a empresa, o investimento em energia solar em larga escala é estratégico para o bom desempenho dos negócios.

Conselheiro da Cteep renuncia após oito mandatos

A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica (Cteep) informou que o presidente e membro efetivo do Conselho de Administração da empresa, Bernardo Vargas Gibsone, renunciou aos cargos para os quais foi eleito. O executivo ocupou o cargo de membro do conselho de administração desde 2014, por oito mandatos consecutivos. O vice-presidente, Gustavo Carlos Marin Garat, passará a exercer a presidência do conselho até a assembleia geral ordinária, que será realizada dentro do prazo legal, apontou a empresa. (Canal Energia)

Neoenergia acerta com Previ compra de participações em controladas por R$ 220 milhões

A Neoenergia informou que acertou acordo com a Previ (previdência dos funcionários do Banco do Brasil) a compra por R$ 220.458.756,14 de participações societárias nas distribuidoras Coelba (BA) e Cosern (RN) e na transmissora Afluente. Na concessionária baiana, foram 4.621.407 ações ordinárias e 1.385.110 ações preferenciais classe A, equivalentes a 2,29% do capital social total, a um custo de R$181.435.919,23. Na Cosern, foram 1.854.848 ações ordinárias, 359.031 ações preferenciais classe A e 382.135 ações preferenciais classe B de emissão, representativas de 1,54% do capital social total, por R$ R$32.790.269,11. Já na Afluente, foram gastos R$ R$6.232.567,79 por 1.445.606 ações ordinárias de emissão correspondentes a 2,29% do capital social total e votante. (Canal Energia)

Elgin cresce 200% com a venda de 100 MW em kits fotovoltaicos

Em entrevista ao Canal Energia, diretor da Elgin Solar Glauco Santos, informou que a Elgin, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos e provedora de soluções nas áreas de climatização, refrigeração, iluminação, automação e costura, fechou o ano de 2021 com crescimento de 200% na comercialização de kits de energia solar em comparação com o ano anterior. Esse foi o melhor resultado entre as diferentes unidades de negócio da companhia, com a maioria dos pedidos, cerca de 80%, vindo do segmento residencial.

O crescimento chega a mais de 100 MW comercializados e deve-se à ampliação de pedidos de empresas integradoras que atuam em projetos e instalação de sistemas UFV em residências e em menor proporção em comércios, indústrias e propriedades rurais no país, impulsionado pela crise hídrica e reajustes tarifários recorrentes na conta de energia.

Glauco Santos atribuiu o resultado de 2021 a uma série de ações, como lançamento de novos módulos, inversores híbridos e outros produtos e soluções, caso da plataforma de e-commerce. Ele cita também a estruturação interna da área comercial, adequação logísticas nos centros de distribuição, além da transformação digital para dar conta desse momento de expansão.

Para Acende Brasil, mudanças no setor elétrico trazem desafios no planejamento

O estudo “Matriz Elétrica do futuro: diversificada, dispersa e integrada” produzido pelo Instituto Acende Brasil sinaliza que as mudanças que o setor elétrico vem passando nos últimos anos – que culmina com uma nova matriz – trarão importantes desafios. Um novo planejamento para o sistema aparece com força, devido a presença de novos riscos que devem ser avaliados. “Há mais incerteza quanto à dinâmica de evolução da carga e das alternativas de suprimento, o que demandará uma análise de cenários mais sofisticada, com ênfase na robustez das alternativas face as incertezas”, ressalta o relatório.

O estudo mostra que, atualmente, grande parte da demanda do sistema é suprida por grandes centrais de geração conectadas à rede básica de transmissão. Esse cenário torna o planejamento da expansão mais fácil, já que permite a projeção do consumo de energia baseada em fatores como economia e perfil de consumo. Porém, como nos próximos anos a opção pela autoprodução de energia dos consumidores deve manter o crescimento, pode haver um descompasso entre a demanda global por energia e a demanda requerida do Sistema Interligado Nacional.

Sobre mecanismos do mercado, a avaliação é que são bons instrumentos para o aumento no número de agentes e na descentralização do suprimento de energia. Para que funcionem bem, a solução é que haja um retrato bem desenhado para ter uma precificação eficiente. (Canal Energia)

Uso múltiplo da água traz reflexões sobre o planejamento e preços da energia, diz EPE

O Portal da Infra traz hoje (17/01) uma entrevista com o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, em que ele fala sobre os desafios acarretados pelo crescente uso múltiplo das águas para o planejamento e a operação do sistema elétrico. Ele afirma que uma postura mais conservadora a esse respeito leva à reflexão de que pode ser preciso adotar um sistema de precificação diferente para a água dos reservatórios das hidrelétricas.

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a locadora de veículos Unidas separou R$ 370 milhões para adquirir 2 mil carros elétricos neste ano, sendo 400 deles modelos híbridos. Com a compra, a empresa chegará a 2,6 mil veículos à disposição dos seus clientes tanto na área de terceirização de frotas quanto no segmento de locação. De acordo com a reportagem, a empresa já fechou contratos de compra com montadoras como Renault, BMW e Stellantis, dona de marcas como Fiat e Peugeot. A Unidas tem como meta ampliar a sua frota de carros elétricos para 80 mil nos próximos cinco anos. Essa iniciativa deve somar cerca de R$ 15 bilhões de investimentos até 2027, levando-se em conta os valores atuais dos veículos.

 

 

 

 

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