A Associação Brasileira Recuperação Energética (Abren) espera um aumento do interesse de municípios na estruturação e licitação de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) para gestão de resíduos sólidos urbanos em 2022. O crescimento da movimentação deve ocorrer por conta da obrigação de acabar com os contratos irregulares e ilegais atualmente existentes, que vigoram por até cinco anos, firmados por meio de programas e convênios.
Segundo Yuri Schmitke Tisi, presidente da associação, esses contratos são expressamente proibidos pela Lei Nacional de Saneamento (Lei nº 11.445/2007). Como resultados, os contratos de concessão terão 30 anos e prazo para amortização e investimento em capital intensivo, o que proporcionará a adoção de tecnologias modernas de recuperação energética e seus respectivos benefícios socioambientais inerentes.
Para este ano, a associação ainda vai acompanhar o investimento de cerca de R$ 600 milhões na geração de energia por meio de resíduos sólidos urbanos do projeto URE Barueri (20 MW), vencedor do leilão de energia nova A-5, realizado em setembro de 2021.
Além disso, a Abren projeta em mais R$ 4 bilhões a possibilidade de investimentos a serem contratados nos próximos leilões A-4, A-5 ou A-6 por meio das usinas Mauá (80MW), URE Caju (31MW) e URE Consimares (20MW). Juntas, as UREs terão capacidade de tratamento de mais de 5 mil toneladas/dia de lixo urbano.