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Tarifas no mercado regulado devem impulsionar ACL em 2022 – Edição da Tarde

O Canal Energia traz uma análise sobre perspectivas para o mercado livre neste ano, e indica um panorama otimista para os agentes em termos de migração. O cenário atual tem deixado agentes otimistas com o volume que deverá confirmar a troca do ambiente de contratação regulada (ACR) para o ambiente de contratação livre (ACL) ao longo de 2022, mesmo com o pagamento da parcela da conta escassez hídrica conforme regra estabelecida pelo governo federal com o decreto 10.939.

Entre os motivos do otimismo estão o crescente aumento da tarifa no mercado regulado e sua tendência de alta no médio prazo, com os pagamentos que o segmento terá que arcar. Além disso, em 2022 há o impacto do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, de mais de 10%.

Na avaliação de especialistas do setor ouvidos pela reportagem, sem a operação financeira que foi recentemente autorizada (socorro às distribuidoras de energia), os aumentos médios seriam da ordem de 20% em todo o país. Esses cálculos corroboram a avaliação da área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que já no ano passado indicava essa tendência.

Na contramão desse caminho, segue a análise do Canal Energia, o mercado livre vem apresentando um “derretimento nos preços desde setembro”, conforme classificou o presidente do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), Carlos Ratto. Esse comportamento é visto nos valores da energia de fonte convencional no Sudeste. Com base nos números do último dia útil de 2021, os preços estão no menor patamar ao longo deste ano quando comparado ao que se projetava no final de novembro de 2021 e em 23 de dezembro de 2021.

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Brasil atinge 21 GW de capacidade instalada de energia eólica

O Brasil atingiu a marca de 21 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte eólica. São mais de 9 mil aerogeradores em operação em 777 parques eólicos distribuídos em 12 estados do Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), há mais de 532 MW que já estão em operação de testes e devem entrar em operação comercial nas próximas semanas.

A energia eólica é a segunda fonte mais utilizada no Brasil para a geração de energia elétrica, com 11,5% de presença na matriz elétrica brasileira, atrás apenas das hidrelétricas. A previsão da associação que representa o setor é o Brasil chegar a mais de 33 GW de capacidade eólica instalada em 2026. Os dados sobre geração de energia mais recentes são de 2020 e mostram que as eólicas geraram, naquele ano, 57 TWh de energia, o que, na média mensal, seria suficiente para abastecer 28,8 milhões de residências por mês, o que significa uma população de cerca de 86,4 milhões de pessoas. As informações foram publicadas pelo Valor Econômico.

MME abre consulta sobre benefícios ambientais do setor elétrico

O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu nesta sexta-feira (21/01), a consulta pública (CP) n° 118, que trata do relatório “Proposta de Diretrizes para a Consideração de Benefícios Ambientais no Setor Elétrico – Lei nº 14.120/2021”. O documento foi produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no âmbito do processo de modernização do setor elétrico.

Segundo o órgão do governo, o relatório apresenta propostas consolidadas após debates amplos e técnicos, fruto de três workshops organizados pela EPE em 2021, sendo o terceiro deles organizado juntamente com a Agência Internacional de Energia (IEA), contando com experiências internacionais no tema. Nas discussões citadas foram abordados diversos pontos como as emissões de carbono, considerando as especificidades do setor elétrico. Os interessados em contribuir com a CP 118 têm até o dia 7 de fevereiro para enviar as suas contribuições. As informações são do Canal Energia.

Zerar impostos federais sobre combustíveis não resolve o preço, diz especialista

A ideia do governo federal de enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para reduzir ou zerar impostos federais sobre os combustíveis em momentos de altas nos preços terá um impacto de menos de 10% no preço final da gasolina e do diesel, segundo o presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e especialista em energia, Adriano Pires.

Segundo Pires, a proposta não vai resolver o problema da alta dos preços aos consumidores, pois não trata das causas do aumento, que são a desvalorização do real frente ao dólar e o aumento nas cotações internacionais do barril de petróleo. Para o especialista, a discussão sobre o tema está “tumultuada”, e o governo está preocupado com o aumento de preços dada a aproximação do calendário eleitoral. “É uma proposta do governo na direção de enfrentar os governadores, num discurso para apontar que os governadores não querem abrir mão de receita em um ano eleitoral”, aponta.

Segundo Pires, a discussão sobre uma solução para atenuar o aumento dos preços dos combustíveis aos consumidores finais deveria ter ocorrido no começo da pandemia ou no ano passado, quando a cotação do barril de petróleo estava baixa. Ele lembra que diversos países, inclusive os Estados Unidos, tomaram medidas nos últimos meses para lidar com o tema. (Valor Econômico)

Estados têm autonomia para regular serviços de gás canalizado, afirma Abegás

A Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) afirmou que os estados têm autonomia assegurada pela Constituição Federal para regular a prestação de serviços de distribuição de gás natural canalizado. Segundo a Abegás, a discussão e a aprovação das leis, cada uma com sua especificidade, é extremamente salutar para garantir uma maior segurança ao setor. Segundo a associação, a discussão e aprovação de leis estaduais sobre regulação do serviço de gás canalizado está em linha com autonomia assegurada pela Constituição. (portal Energia Hoje)

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo informa que o Banco Central comunicou mais um problema de vazamento de dados pessoais de clientes vinculados a chaves do Pix. Agora, na instituição de pagamento Acesso Soluções de Pagamento (Acesso). O incidente ocorreu de 3 a 5 de dezembro e envolveu 160.147 chaves Pix, com vazamento dos dados de nome do usuário, CPF, instituição de relacionamento, número da agência e da conta.

Segundo o BC, o incidente de segurança ocorreu em “razão de falhas pontuais em sistemas” da Acesso. Em nota, o órgão informou que não foram expostos dados sensíveis dos clientes, como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas, ou ainda quaisquer informações sob sigilo bancário.

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