O mercado livre de energia contou com 5.563 novas unidades consumidoras em 2021, frente às 5.375 novas de 2020, o que representa um recorde para o segmento no histórico desde 2015, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Atualmente, o setor conta com 26,6 mil ativos de consumo e representa 34,5% de toda a energia elétrica consumida no Sistema Interligado Nacional (SIN).
Para Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, “na avaliação do histórico de evolução do ambiente, nós constatamos três fatores fundamentais para o avanço. O principal deles é a viabilidade financeira, já que buscando energia diretamente do fornecedor é possível negociar valores e flexibilidade contratual. Outra vantagem econômica é a previsibilidade orçamentária, uma vez que os consumidores podem adquirir eletricidade sob demanda”.
Segundo dados da CCEE, nesta ordem, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná são os cinco estados que lideram no volume de migrações nos últimos três anos, o que se dá devido à mais alta industrialização percebida nessas regiões. Seguindo a mesma classificação, São Paulo lidera o número de migrações no último ano, quando alcançou 1.878 novas unidades consumidoras, com Rio Grande do Sul migrando 549 migrações na sequência, Paraná com 466 unidades, depois Rio de Janeiro com 447 e Minas Gerais, 399.
A migração para o mercado livre por categoria em 2021, alcançou 9.798 unidades consumidoras classificadas como especiais e 1.132 de unidades consumidoras livres.