Um estudo lançado pela MegaWhat nesta quarta-feira, 26 de janeiro, indica a possibilidade do submercado Sudeste/Centro-Oeste apresentar pico de armazenamento em maio deste ano, alcançando 69% EArm máximo para o cenário de valor esperado de afluências. Caso a análise prospectiva se realize, que explorou o horizonte de janeiro a julho deste ano, o submercado apresentará o maior armazenamento desde 2012.
Já para o fechamento do mês de janeiro as perspectivas são boas, em 40% do EAR máximo. Além disso, apresenta um ganho significativo, uma vez que o mês de dezembro fechou na casa dos 26% EAR máximo.
Segundo Tainá Mota, consultora de Preços e Estudos de Mercado da MegaWhat, a análise comparativa indica que os resultados das simulações encadeadas para os três cenários de afluências – limite inferior, valor esperado e limite superior – são mais otimistas do que o verificado no histórico desde 2000, quando se analisa o ganho de armazenamento entre os meses.
“Por isso, buscamos confirmar se o comportamento estava seguindo apenas o otimismo do modelo, uma vez que o encadeamento entre as simulações propaga os efeitos de armazenamento, não sendo revisados semanalmente como é realizado no processo oficial. No entanto, verificamos que as afluências elevadas no Norte e Nordeste nos últimos meses e a expressiva geração eólica no 2º semestre de 2021 no Nordeste, que também colaborou para os níveis atuais dos reservatórios da região, contribuíram para a situação apontada no estudo”, disse a especialista da consultoria.
Isso é, a maior exportação de energia proveniente do Norte e Nordeste colaboraram para a expectativa de ganho de armazenamento mais evidente no Sudeste. “Assim, ao considerar a exportação adicional de energia dos submercados em relação ao mesmo período de 2021 existe um incremento potencial de energia que representa de 1% a 4% do EAR máximo no Sudeste/Centro-Oeste, a depender do mês do horizonte”, disse Mota.