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Vendas de derivados pela Petrobras crescem 4,7% no 4º trimestre de 2021

Vendas de derivados pela Petrobras crescem 4,7% no 4º trimestre de 2021

As vendas de derivados pela Petrobras no quarto trimestre do ano passado somaram 1.848 mil barris por dia (Mbpd), crescimento de 4,7% na comparação com os últimos três meses de 2020. As vendas de gasolina foram destaque no período, com crescimento nas comparações anual e trimestral, apesar da conclusão da venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) ao Mubadala em 30 de novembro. 

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve queda de 5% no volume de vendas de derivados, devido à menor comercialização de diesel e GLP, por conta da sazonalidade dos produtos, e de óleo combustível, pela redução do despacho de termelétricas.

O fator de utilização total do parque de refino da estatal no trimestre foi de 88%, acima do percentual de 85% do mesmo período de 2020, e também superior ao fator de utilização do terceiro trimestre do ano passado, que foi de 84%.

As vendas de gasolina subiram 4,9% na comparação trimestral e subiram 20,1% em relação ao mesmo período de 2020, para 463 Mbdp. Segundo a companhia, essas foram as maiores vendas em base diária desde abril de 2017, mesmo considerando a venda da RLAM.

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Esse desempenho seguiu a sazonalidade típica do último trimestre do ano, e houve ganho de participação da gasolina em relação ao etanol no consumo dos veículos flex, pois a relação de preços favoreceu o combustível fóssil.

A produção de gasolina, por sua vez, caiu 2,3% no trimestre em relação aos três meses anteriores, para 430 Mbdp, por conta do desinvestimento da RLAM.

Também cresceram as vendas de querosene de aviação (QAV) no trimestre, refletindo a recuperação do mercado frente ao impacto negativo da covid-19 no setor aéreo. As vendas somaram 92 Mbpd, alta de 14,7% na comparação trimestral e aumento de 34,5% na base anual.

No sentido oposto, as vendas de diesel no mercado interno recuaram 8,9% na comparação trimestral, para 790 Mbpd, devido à sazonalidade do consumo, que é mais elevado no terceiro trimestre do ano por conta do plantio da safra de grãos de verão e atividade industrial, e também por causa do desinvestimento da RLAM. Segundo a Petrobras, os efeitos foram parcialmente atenuados pela maior competitividade da Petrobras no mercado interno, que levou à redução nas importações de terceiros.

Apenas em outubro de 2021, as vendas de diesel da Petrobras foram as maiores desde outubro de 2015, com a comercialização de 894 Mbpd. Na comparação com os últimos três meses de 2020, as vendas de diesel no quarto trimestre de 2021 subiram 4,7%.

Ainda nos derivados, as vendas de óleo combustível recuaram 14,9% no trimestre na comparação com os três meses anteriores, para 61 Mbpd, e subiram 18,4% na base anual. As vendas de nafta, por sua vez, somaram 67 Mbpd, retração de 16,1% na base trimestral e queda de 20,3% na comparação anual. Segundo a companhia, os números da nafta também refletem a venda da RLAM, pela diminuição das entregas para a Braskem na Bahia. 

Na área de gás e energia, a Petrobras vendeu 2.383 MW médios em leilões no quarto trimestre do ano, queda de 0,9% na comparação anual, devido à melhora das condições hidrológicas do país e redução do despacho de termelétricas.

As entregas de gás nacional subiram 10% na base trimestral e 7,3% na base anual, para 44 milhões de m³/dia. A regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) caiu 20% na comparação trimestral, para 24 milhões de m³/dia, devido ao fim da parada de manutenção do campo de Mexilhão realizada em setembro, que permitiu elevar o volume de gás nacional entregue ao mercado e reduzir o volume de regaseificação de GNL.

Produção de óleo e gás

A produção de óleo e gás da Petrobras no quarto trimestre do ano passado somou 2,704 milhões de barris de óleo equivalentes (boed), retração de 4,5% na comparação trimestral e alta de 0,8% na base de comparação anual. Em meados de janeiro, a companhia já tinha informado a produção média de 2,77 milhões de boed em 2021, queda de 2,2% em comparação com a produção de 2020, mas dentro da meta projetada para o ano.

A produção nos últimos três meses de 2021 recuou em função, principalmente, de paradas programadas em plataformas com elevada produção, e do início de vigência do Acordo de Coparticipação de Búzios, fatores parcialmente compensados pelo ramp-up do FPSO Carioca.

A produção de petróleo no pré-sal somou 1,6 milhão de bpd no quarto trimestre do ano passado, queda de 4,3% na comparação anual e alta de 9,3% em relação ao mesmo intervalo de 2020, refletindo os mesmos fatores citados acima.