O Brasil atingiu 803,9 mil instalações fotovoltaicas conectadas à rede, o que significa um incremento de 402 mil novas instalações apenas no ano de 2021. Os dados fazem parte do Estudo Estratégico de Geração Distribuída da Greener, que também contempla os principais desafios da fonte no último ano e a perspectiva do setor para 2022.
O aumento dessas instalações, segundo o estudo, é decorrente da evolução da cadeia de valor da geração distribuída, e que apesar de ter enfrentado um desbalanço por conta da pandemia do covid-19, importou um volume cerca de 104% superior ao ano de 2020 de módulos fotovoltaicos, totalizando 9,75 GW. Isso, segundo Márcio Takata, diretor da Greener, reflete o otimismo para o crescimento do setor neste ano.
Além disso, o documento mostra que o ano de 2021 representou um crescimento de 51,8% em capacidade instalada da fonte solar fotovoltaica se comparado ao ano anterior, com grande parte do mercado de micro e minigeração distribuída alocada nos estados de Minas Gerais (1,5 GW), São Paulo (1,14 GW) e Rio Grande do Sul (1,04 MW).
Em relação à classe de consumo, a parcela residencial se mantém como a maior consumidora, representando 77% das instalações fotovoltaicas no último ano. O setor comercial, em segundo lugar, representa 13% do consumo, seguido dos setores rural (8%) e industrial (2%).
O setor ainda contou com um aumento no preço dos módulos fotovoltaicos, com uma elevação média de 8% em 2021, exacerbada pela alta no preço do frete, que representava 3% do custo total dos módulos em janeiro, chegando a 16% em dezembro. Mesmo assim, segundo a Greener, o consumidor final apresentou crescente interesse nesse modelo de geração de energia.
