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Consumo de energia do mercado cativo cai 3,2% em janeiro; GD colaborou com 1,3% dessa fatia

Consumo de energia do mercado cativo cai 3,2% em janeiro; GD colaborou com 1,3% dessa fatia

O consumo ode energia no Brasil recuou 0,7% em janeiro deste ano, alcançando 66.751 MW médios. O mercado regulado teve o principal impacto na diminuição do consumo, utilizando 44.228 MW médios, montante 3,2% menor, enquanto o mercado livre, aumentou a demanda para 22.522 MW médios, quantidade 4,7% maior em janeiro. Os dados constam no Boletim InfoMercado, divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), e fazem a comparação anual de janeiro de 2021 e janeiro de 2022.

A CCEE também considera outros dois fatores que podem ter influenciado os números, como a migração entre os ambientes regulado e livre. Desconsiderando as migrações dos últimos 12 meses, a redução no ACR seria menor, de 1,4%, enquanto no ACL haveria avanço de 0,8%. Outro ponto, e que impacta especificamente o mercado regulado, é a geração distribuída, reduzindo a demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN). Se não houvesse esse tipo de segmento, a redução no ACR seria menor, de 1,9%.

Segundo a Câmara, desconsiderando a migração de cargas, as maiores altas foram registradas nos setores de Madeira, Papel e Celulose, com aumento de 14,6%, seguido por Serviços, com 8,1%, e Químicos, de 6,1%. Ainda excluindo a entrada de novas cargas no sistema nos últimos 12 meses, as áreas que mais recuaram na demanda por energia elétrica foram a indústria têxtil (-9,4%), produção de veículos (-7,7%) e segmento de manufatura (-5%).

No monitoramento por região em janeiro, o Paraná registrou a maior alta no consumo de energia, de 12%, seguido por Mato Grosso, com 10%, e Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia, que avançaram 8% cada um. A alta demanda é resultado do cenário climatológico, com ondas de calor mais intenso no primeiro mês do ano.

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O estado de Minas Gerais, um dos mais castigados com as chuvas do mês, obteve recuo de 3%. Os maiores recuos foram registrados, em geral, em regiões com o maior volume de chuvas, como Piauí (-12%), Paraíba (-8%) e Rio de Janeiro (-7%).

Já a geração de energia no país, no primeiro mês de 2022, as hidrelétricas aumentaram sua representatividade em 11%, resultado do cenário hidrológico favorável nas últimas semanas. Consequentemente, as termelétricas tiveram uma participação menor, com redução de 27% na comparação anual. A boa incidência solar nas regiões onde estão localizadas as usinas fotovoltaicas contribuíram para um avanço de 60,9% na geração desse tipo de energia. Já os parques eólicos produziram 17,4% menos energia.