A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) de acionistas da Eletrobras, que tem na pauta a privatização da companhia, está mantida para hoje (22/02). É uma das últimas etapas para que a operação de capitalização da estatal, necessária à desestatização, se realize no segundo trimestre do ano.
Na assembleia marcada para ocorrer de forma virtual na tarde de hoje, acionistas vão votar se autorizam a desestatização da Eletrobras, além dos detalhes da operação. Todos os itens da pauta precisam ser aprovados para que o processo avance. A privatização ocorrerá por meio de um aumento de capital no qual a empresa emitirá ações e a União renunciará ao direito de subscrição, sendo diluída. (Valor Econômico)
Conta de luz pode subir com briga entre governo e térmica da J&F
A Folha de S. Paulo informa que distribuidoras de energia e grandes empresas estão se mobilizando para reunir milhões de reais e cumprir uma decisão judicial liminar de primeira instância que o governo não consegue reverter e pode pressionar ainda mais a conta de luz.
O rateio milionário vai bancar um pagamento para a gaúcha Usina Termoelétrica Uruguaiana (UTE Uruguaiana), da Âmbar, empresa de energia do grupo J&F, o mesmo que é dono da companhia de carnes JBS. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já pagou os R$ 19 milhões considerados justos pelo poder público. Mas a Âmbar conseguiu na Justiça o direito de receber cerca de R$ 740 milhões, e o pagamento precisa ser depositado até 9 de março.
Abradee prevê déficit das bandeiras tarifárias de R$ 3,1 bilhões em abril
A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) calcula que o déficit na conta das bandeiras tarifárias no final de abril será de R$ 3,1 bilhões, já que a bandeira escassez hídrica não é suficiente para cobrir os custos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima um empréstimo no valor total de R$ 5,6 bilhões para reduzir esses impactos financeiros dos custos referentes à compra de energia elétrica no período de escassez hídrica de 2021 e o posterior repasse deles à tarifa dos consumidores. Entretanto, nas contas da agência, até abril há entrada de recursos da conta das bandeiras, que serão abatidos dos custos de geração de cada mês, dando um saldo negativo de R$ 1,5 bilhão. (Valor Econômico)
Mercado de combustível fica mais concentrado
O Valor Econômico informa que o setor de distribuição de combustíveis fechou o ano de 2021 com sinais de aumento da concentração das três líderes do segmento no Brasil: Vibra, Raízen e Ipiranga.
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a participação de mercado do trio, somada, atingiu 69,81% nas vendas de diesel, o que representa alta de 1,4 ponto percentual em relação a 2020. No caso da gasolina, o crescimento foi de 2,2 pontos percentuais, para uma fatia de 62,13%.
A reportagem destaca que a expansão reverte uma trajetória de desconcentração registrada nos últimos anos nas vendas de diesel e gasolina, os dois principais produtos consumidos no país. As distribuidoras regionais, por sua vez, temem que a concentração se acentue para além de um caso pontual, diante de fatores que têm contribuído para reduzir a competitividade das companhias de menor porte frente às líderes do setor.
Trina Solar cresce no mercado de painéis
Uma empresa chinesa que chegou ao Brasil em 2016 conseguiu se tornar, em cinco anos, a maior fornecedora de painéis para o mercado de geração de energia a partir da fonte solar no país. Ao todo, a Trina Solar foi responsável pela importação para o Brasil de placas solares suficientes para gerar cerca de 1.500 megawatts (MW) no pico somente no ano passado, segundo dados da consultoria Greener.
De acordo com o vice-presidente da América Latina e Caribe da Trina, Álvaro García Maltrás, o Brasil hoje representa quase 10% das vendas da empresa no mundo todo. “Isso é muito significativo, principalmente considerando como crescemos rapidamente. Quando chegamos ao país, o mercado era relativamente pequeno e agora é um dos principais no mundo”, afirma. (Valor Econômico)
Energia solar em casa leva de 4 a 7 anos para dar retorno; entenda
Simulações feitas pelo Portal Solar para a Folha de S. Paulo indicam que o investimento em painéis solares para residências tende a ser mais vantajoso no curto prazo para quem tem gastos elevados com eletricidade. As simulações mostram que o tempo de retorno varia de quatro a sete anos.
O investimento, para uma família que esteja gastando, em média, R$ 500 mensais com a conta de luz, fica entre R$ 21,7 mil, na região Norte, e R$ 33,7 mil em São Paulo. A diferença no gasto altera também o tempo de retorno, que chegará em cerca de cinco anos no Norte, e em seis, em São Paulo.
A vice-presidente de geração distribuída da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Bárbara Rubim, diz que o investimento já vale a pena para quem tem gasto médio na faixa de R$ 250 por mês.
“O preço das placas solares subiram muito por conta do dólar. Cerca de 80% do equipamento é importado. O que tem ajudado na viabilidade do sistema é a conta de luz ainda subindo a dois dígitos por ano, o que acaba até antecipando o tempo de retorno do investimento”, afirma Bárbara, em referência ao aumento acumulado de 27% na despesa com energia elétrica nos 12 meses até janeiro.
França vai seguir subsidiando energia para consumidores, diz ministro
O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, disse ontem (21/02) que o governo continuará usando cortes de impostos e subsídios pelo tempo que for necessário para proteger consumidores e empresas dos custos crescentes com a energia.
“Vamos manter essa política até que tenhamos uma queda nos preços da energia”, afirmou Le Maire em uma entrevista à agência Bloomberg. “Não quero que o povo francês pague pela transição climática e por esse aumento nos preços da energia.” Desde o início da crise energética que afeta a Europa, a França já desembolsou 15,5 bilhões de euros para limitar o aumento dos preços da eletricidade e do gás natural. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
A decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer ontem (21/02) as regiões autônomas no leste da Ucrânia é o principal destaque da edição desta terça-feira na mídia. Depois de assinar o ato (de reconhecimento), Putin determinou o envio de tropas do Kremlin para apoiar os separatistas étnicos russos –a agência Reuters relatou que tanques foram vistos próximos a Donetsk já na madrugada desta terça-feira (22/02), no horário local. (Folha de S. Paulo)
A decisão de reconhecer as duas repúblicas separatistas foi anunciada por Putin em um discurso marcado por referências históricas e ataques ao governo ucraniano e ao Ocidente, depois de uma reunião não programada e também televisionada do seu Conselho de Segurança Nacional. Na reunião, os outros 12 integrantes do Conselho defenderam o reconhecimento da independência. (O Globo)
A Organização das Nações Unidas (ONU) e a maioria dos membros do Conselho de Segurança condenaram a decisão da Rússia de reconhecer a independência das repúblicas separatistas da Ucrânia e o envio de tropas russas a essas áreas. A reunião aconteceu entre a noite de segunda-feira (21/02) e a madrugada desta terça-feira, no horário do Brasil. O encontro, que em 90 minutos de duração não teve nenhuma providência tomada, foi mais uma repreensão diplomática às ações da Rússia, que foram condenadas como uma violação da Carta das Nações Unidas. As críticas vieram de países como França, Noruega, Irlanda, Estados Unidos e Quênia. (O Estado de S. Paulo)
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O Valor Econômico informa que o Planalto prepara para o início de março uma semana de anúncios diários de medidas com o objetivo de fortalecer a economia. O pacote de crédito de R$ 100 bilhões informado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a um grupo de empresários na semana passada é parte do programa. As medidas visam a animar a economia, que deve ter um ano de baixo crescimento e será um dos temas centrais da campanha eleitoral.