O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou nesta terça-feira (22/02), que tomou medidas para interromper o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2, principal obra de infraestrutura energética do país, que transportaria gás natural da Rússia para a Alemanha. O anúncio vem um dia depois de Vladimir Putin autorizar tropas russas a entrarem em território ucraniano, nas regiões de Donetsk e Luhansk, recém-reconhecidas pelo Kremlin como Estados independentes.
Scholz declarou a repórteres em Berlim que seu governo estava tomando a medida em resposta às ações russas na Ucrânia. “Isso pode soar um pouco técnico, mas é a etapa administrativa necessária para que não haja certificação do gasoduto e sem essa certificação, o Nord Stream 2 não pode começar a operar”, disse ele, em fala registrada pelo The Moscow Times.
A decisão alemã sobre o gasoduto — principal alvo de críticas dos EUA e de aliados europeus à Alemanha, que acusam a obra de infraestrutura de aumentar a dependência energética da Alemanha pela Rússia — é a primeira medida mais contundente de Berlim contra Moscou, enquanto autoridades da Europa discutem outras formas de pressionar o Kremlin. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Taesa: ONS libera receita de R$ 61,8 milhões da subsidiária Este para ciclo 2021-2022
A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) informou que a sua subsidiária Empresa Sudeste de Transmissão de Energia (Este) obteve, na última sexta-feira (18/02), o Termo de Liberação de Receita (TLR) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Com isso, a Taesa adiciona uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 61,8 milhões para o ciclo 2021-2022.
A Este é um empreendimento do lote 22, arrematado no leilão de transmissão realizado em 2016, totalmente controlada pela Empresa Amazonense de Transmissão de Energia, na qual a Taesa possui 49,98% do capital social total. O termo autoriza o recebimento de receita a partir de 9 de fevereiro de 2022, pela disponibilização das instalações de transmissão para o Sistema Interligado Nacional (SIN), conforme o prazo regulatório estipulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (Valor Econômico)
Leilão de linhas de transmissão de energia receberá mais de R$ 15 bilhões em investimentos
Com previsão para acontecer no dia 30 de junho deste ano, com investimentos totais de R$ 15,293 bilhões, o próximo leilão de linhas de transmissão de energia tem estimativa de construir 5.291 quilômetros de novas redes em toda a extensão do Brasil. A expectativa é de que sejam disponibilizadas 31,4 mil vagas de emprego enquanto as obras estiverem sendo executadas, em um período que pode variar entre 42 e 60 meses.
As linhas de transmissão de energia serão implantadas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Conforme as normas do leilão, as concessões, que haviam sido divididas em 13 lotes, terão prazo de 30 anos, que podem ser estendidos pela mesma quantidade de tempo.
Estima-se que o edital do leilão seja divulgado até o dia 26 de maio, antecedendo o evento em pouco mais de um mês. Os contratos devem ser assinados no dia 30 de setembro. (Click Petróleo e Gás)
Oferta permanente de partilha de produção: ANP publica pré-edital e dá início a consulta pública
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou hoje (22/02) o pré-edital e as minutas de contrato que preveem as regras da licitação de 11 blocos localizados no pré-sal, na oferta permanente de partilha de produção (OPP). Também foi aberta consulta pública sobre os documentos, bem como marcada audiência pública para o dia 25 de março.
Dos blocos em oferta no pré-edital, Ágata, Água Marinha, Esmeralda, Jade, Turmalina e Tupinambá estavam previstos para serem ofertados na 7ª e 8ª rodadas de partilha de produção, na Bacia de Santos. Os demais não foram arrematados em rodadas de licitação de partilha da produção realizadas pela ANP: Itaimbezinho (4ª Rodada de Partilha, Bacia de Campos), Norte de Brava (6ª Rodada de Partilha, Bacia de Campos), Bumerangue, Cruzeiro do Sul e Sudoeste de Sagitário (6ª Rodada de Partilha, Bacia de Santos). (Fonte: ANP)
Bolsonaro dá posse a diretor de Itaipu e prepara revisão de acordo
O presidente Jair Bolsonaro deu posse, nesta terça-feira (22/02), ao novo diretor-geral da usina hidrelétrica de Itaipu, almirante Anatalicio Risden Júnior. O presidente Bolsonaro ressaltou que e empresa Itaipu Binacional representa cerca de 11% da energia de fonte limpa brasileira e tem impacto, direto e indireto, em 40 municípios do estado do Paraná.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informou que Brasil e Paraguai devem revisar em breve o Anexo C do Tratado de Itaipu, que dispõe sobre as bases financeiras do empreendimento. (portal R7)
Empresários de provedores de internet fazem manifestação contra aumento de taxa de postes pela Enel no Ceará
Empresários e trabalhadores de provedores de internet no Ceará se reuniram ontem (21/02) no entorno da Arena Castelão, em manifestação contra o aumento da taxa de utilização de postes cobrada pela Enel Distribuição Ceará. Segundo eles, a taxa que hoje é cobrada por até R$ 12 por poste subirá mais de seis vezes, passando de R$ 70 por poste.
Em nota, a Enel informou que “não está realizando cobrança indevida ou de uma nova taxa”, e a decisão “não terá efeito imediato”, pois um censo está sendo realizado a fim de saber como suas estruturas estão sendo utilizadas. (portal G1)
PANORAMA DA MÍDIA
O dólar comercial opera em forte queda desde a abertura dos negócios hoje (22/02) com o mercado ainda se beneficiando do intenso fluxo de capital que vem entrando no país. Ao mesmo tempo, os investidores seguem monitorando a intensificação das tensões entre Rússia e Ucrânia. Por volta das 13h40, o dólar caía 0,92%, sendo negociado a R$ 5,0598. Na mínima do dia, a moeda chegou a ser cotada em R$ 5,0487. (Valor Econômico)
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Um dia depois do reconhecimento pelo governo de Vladimir Putin da independência das autodeclaradas Repúblicas Populares de Donetsk (RPD) e de Luhansk (RPL), ambas em território ucraniano, o Conselho da Federação, a Câmara alta do Parlamento da Rússia, autorizou o envio de tropas russas para uma “missão de paz” nas áreas controladas pelos separatistas.
Segundo a Constituição russa, cabe ao Conselho avalizar qualquer operação militar da Federação Russa fora do seu território. No pedido, feito horas antes pelo Ministério da Defesa, foi alegado que “não havia escolha”, e que era necessário proteger a população na região de Donbass, onde ficam os separatistas pró-Moscou. Após a aprovação, a presidente da Casa, Valentina Matvyienko, disse esperar que essas forças realizem tarefas de manutenção de paz, como determinado no pedido. (O Globo)