Após a economia brasileira sinalizar uma retomada em 2021, análises do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam que, em 2022, a economia do país deva crescer entre 0,8% e 1,9%. Considerado um dos indicativos de desempenho econômico e em linha com essa expectativa, o consumo de energia começa o ano com ligeira alta de 2,16% em relação a dezembro. É o que aponta o Índice Comerc, que avalia o consumo de energia pelos 11 principais setores da economia desde 2015.
Apesar de o consumo de energia iniciar o ano de acordo com a margem histórica, a alta no consumo de energia vem após a pior crise hídrica registrada nas últimas nove décadas. O setor mais impactado foi a indústria que apresentou leve retração dada a escassez ou o alto custo de matérias-primas, crise hídrica, alta do dólar e da inflação.
Os setores que apresentaram maior aumento foram o Têxtil, Couro e Vestuário (+ 12,02%), Eletromecânica (+11,42%) e Materiais de Construção (+6,47%).
Para este ano, a expectativa é que o consumo aumente. As fontes de energia renovável no país estão em expansão, resultado da popularização da energia solar e eólica e com a ampliação dos investimentos em novas fontes, como o hidrogênio verde. A abertura gradual do mercado de energia, permitindo que pequenos e médios consumidores operem no Ambiente de Contratação Livre (ACL), também deverá movimentar o cenário.