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Sanções dos EUA à Rússia isentam todas as transações com energia – Edição da Tarde

O pacote de medidas econômicas anunciado ontem (24/02) pelos Estados Unidos contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia inclui uma isenção importante: as transações envolvendo o setor de energia, conforme explica o Valor Econômico.

A isenção consta em um documento divulgado pelo Departamento do Tesouro dos EUA, que afirma que quaisquer negócios relacionados com energia estão isentos das sanções impostas a alguns dos maiores bancos russos. O documento detalha que considera como energia negociações envolvendo petróleo, gás natural e “outros produtos capazes de produzir energia, como carvão, madeira e produtos agrícolas usados na manufatura de biocombustível”. (Valor Econômico – com informações da agência Bloomberg)

Ataque à Ucrânia destaca a importância de a Alemanha garantir independência energética, diz ministro Habeck

O ataque da Rússia contra a Ucrânia destacou a importância de a Alemanha garantir sua independência energética, reconheceu hoje (25/02) Robert Habeck, ministro da Economia e Proteção Climática. A Rússia fornece 55% do gás usado no país, além de vender à Alemanha petróleo e carvão.

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A opção a curto prazo é comprar gás natural liquefeito, mas a crise pode fortalecer e dar mais velocidade às energias renováveis no país reconheceu Habeck, que também é vice-premiê. Ele disse ao jornalista Frank Jordans, da AP, que o ataque da Rússia à Ucrânia é “completamente ilógico” e fará com que as nações ocidentais deixem de comprar carvão, petróleo e gás russo – uma importante fonte de renda para o país rico em recursos naturais. (Valor Econômico)

Solar deve ser a renovável com mais retorno, aponta Bank of America

O Bank Of America divulgou um relatório onde aponta que a fonte solar deve entregar os melhores retornos no Brasil entre as fontes renováveis, informa o Canal Energia. A instituição financeira aponta que a competição esperada pelo crescimento do setor de geração no Brasil exige diferenciação entre as fontes e elegeu a solar como a preferencial.

O motivo é a possibilidade de queda do capex (investimentos em bens de capitais) que pode ser de 50% nos próximos 10 anos ante os 4% estimados em eólica. Há ainda gargalos em transmissão que não estão acompanhando a expansão da geração por meio dos ventos.

Além do investimento, a questão da operação e manutenção tem como ponto de destaque a expansão considerada robusta na cadeia de suprimentos que, provavelmente, deve ser traduzida em manutenção mais rápida e barata. É estimada uma redução de 26% até 2030 para a solar, na comparação com a eólica, segundo cálculos do banco.

Chile estuda criação de estatal para hidrogênio verde

O portal EPBR informa que o novo ministro de Energia do Chile, Claudio Huepe, confirmou, na última terça-feira (22/2) a possibilidade de criar uma empresa pública para a produção de hidrogênio verde no país ou utilizar a petrolífera estatal Enap (Empresa Nacional del Petróleo) para desenvolver esse novo mercado.

Huepe assumirá o cargo dia 11 de março juntamente com o novo presidente eleito, Gabriel Boric — do partido de esquerda Convergência Social. A criação de uma estatal para o hidrogênio, aliás, era promessa de campanha de Boric, explica a reportagem.

“Não se trata aqui que a Enap ou uma empresa pública em geral substitua o que faz uma empresa privada. Mas que tenha um papel significativo na articulação de um processo de desenvolvimento de uma indústria”, explicou o futuro ministro.

A estatal atuaria no modelo conhecido como crowding in, em que o aumento de investimento público em determinados segmentos estimula mais investimentos privados. Além de uma estatal para o hidrogênio, o novo governo ainda prevê a criação de uma empresa pública para o lítio e de um novo banco de desenvolvimento, que financiará energias renováveis.

PANORAMA DA MÍDIA

A Rússia promove guerra “híbrida”, com ciberataque, informa o Valor Econômico. A reportagem explica que os ciberataques de limpeza e sequestro de dados que afetaram organizações ucranianas, pouco antes da invasão das tropas russas ao país, na madrugada de ontem (24/02), mostram que o armamento cibernético faz parte da tática de guerra do governo de Vladimir Putin.

Para especialistas em cibersegurança, a “guerra híbrida”, física e digital, está só começando. Os ciberataques que também afetaram instituições da Lituânia, ontem, tendem a se espalhar por outros países vizinhos com barreiras tecnológicas mais frágeis, e a mirar países que impuserem sanções econômicas mais pesadas à Rússia. “É a primeira vez que vejo uma guerra física coordenada com uma virtual”, diz Gustavo Valdivia, diretor de relações com o mercado da empresa brasileira GAT InfoSec.

O executivo lembra que ataques digitais seguem a lógica de volume e força bruta da guerra. “No ambiente on-line, invasores criam exércitos de computadores ‘zumbi’, que são tomados por softwares maliciosos e usados para promover ciberataques em massa”, explica. Para recrutar o exército virtual, segundo Valdivia, os cibercriminosos partem para economias em desenvolvimento de países populosos, como a Índia e o Brasil. “São países onde não há investimento muito pesado de infraestrutura de cibersegurança.”

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