O incêndio na usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia foi apagado, de acordo com comunicado do Serviço de Emergência do Estado divulgado hoje (04/03). “Às 6h20 (hora local) o incêndio no prédio de treinamento da central nuclear de Zaporizhzhia foi extinto. Não há mortos ou feridos”, disse o comunicado.
O serviço de emergência da Ucrânia informou que equipes de socorro conseguiram chegar ao local e que a situação é de segurança, mas que é preciso manter medidas de precaução para não haver risco para as estruturas de resfriamento dos reatores. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de atirar intencionalmente na usina nuclear e instou líderes europeus a “acordar agora” e parar as forças russas “antes que isso se torne um desastre nuclear”.
O complexo de Zaporizhzhia abriga seis reatores de 950 megawatts, que foram construídos pelos soviéticos entre 1984 e 1995. Eles respondem por mais de 20% da eletricidade da Ucrânia. (Valor Econômico)
EPE está de olho na guerra para planejar o futuro da energia no Brasil
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a guerra da Rússia contra a Ucrânia está influenciando o trabalho de análise de cenário da Empresa de Planejamento Energético (EPE). “As análises e as premissas de preço do petróleo utilizadas pela EPE nos estudos de planejamento energético são frequentemente afetadas pela geopolítica e a situação de conflito envolvendo Rússia e Ucrânia é muito relevante”, afirmou a entidade.
De acordo com a reportagem, os técnicos da EPE debruçam-se especialmente sobre o que diz respeito ao gás natural liquefeito (GNL), utilizado em larga escala no Brasil para produzir eletricidade. O preço do petróleo também está no radar, mas a leitura é de que Petrobras é uma grande produtora e que, por isso, não há risco de abalos no abastecimento interno. Ainda assim, as futuras análises da EPE relativas aos preços da commodity e também do GNL já devem revelar os efeitos do conflito no mercado brasileiro.
Governo diz que acompanha com atenção volatilidade de preços do petróleo e gás
O governo brasileiro informou, ontem (03/03) à noite, que acompanha com atenção a volatilidade dos preços internacionais de petróleo e gás natural. O preço das commodities dispararam na última semana com receio de sanções econômicas e dificuldades no suprimento dos insumos, em razão do conflito entre Rússia e Ucrânia. (IstoÉ Dinheiro)
Bolsonaro defende que Petrobras reduza lucro para evitar alta nos combustíveis
O presidente Jair Bolsonaro defendeu, ontem (03/03), que a Petrobras reduza lucras para evitar alta brusca de combustíveis, diante da crise geopolítica causada pela guerra na Ucrânia. “Não tenho como interferir, nem vou interferir na Petrobras. Agora a Petrobras, por sua vez, sabe da sua responsabilidade; e sabe o que tem que fazer para colaborar para que o preço do combustível aqui dentro não dispare”, declarou o presidente, durante sua transmissão semanal pela internacional. (Folha de S. Paulo)
Preço do combustível de navegação dispara e deve pressionar frete de cargas
Reportagem publicada hoje (04/03) pela Folha de S. Paulo indica que o transporte de cargas já começa a sentir os efeitos da guerra na Ucrânia em seus custos, com o aumento dos combustíveis de navegação. Segundo a S&P Global Platts, esses produtos atingiram recordes históricos na América Latina após o início do conflito no leste europeu. No Porto de Santos, o principal do país, os preços já se aproximam dos US$ 1.000 (R$ 5.000) por tonelada, de acordo com o setor. Companhias de navegação dizem que essa é hoje a principal preocupação do setor.
Guerra pode travar venda de fábrica de fertilizantes da Petrobras
O jornal O Estado de S. Paulo informa que a guerra na Ucrânia deve atrapalhar a venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), da Petrobras. Instalada no município de Três Lagoas (MS), a fábrica estava sendo repassada à empresa russa Acron. A assinatura do contrato dependia apenas do aval da área de governança da petrolífera quando a guerra estourou. Agora depende também do tempo que o conflito vai durar e de seus efeitos no caixa da Acron.
Equatorial conclui compra da Echoenergia por R$ 7,93 bilhões
A Equatorial Energia comunicou ao mercado que assinou ontem (03/03) contrato concluindo a operação na qual comprou a totalidade do capital social da Echoenergia, por pouco mais de R$ 7,03 bilhões. A operação foi realizada por meio da subsidiária Equatorial Transmissão, que passa a ser titular das ações representativas da empresa adquirida, e o fundo de investimento Ipiranga, detido pela Actis. A aquisição foi anunciada em outubro de 2021, por R$ 6,7 bilhões.
A Equatorial explica que os valores foram corrigidos pela variação do certificado de depósitos interfinanceiros (CDI) e ajustes usuais, incluindo a variação de endividamento líquido e de capital de giro líquido, entre outros. Segundo a companhia, o valor está sujeito a novos ajustes positivos ou negativos mesmo após o encerramento da operação, conforme prevê o contrato de compra e venda. (Valor Econômico)
PANORAMA DA MÍDIA
O jornal O Estado de S. Paulo informa que após bombeiros conterem o fogo que se alastrou em parte da usina nuclear de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, autoridades do país confirmaram que tropas russas assumiram o controle do local na manhã desta sexta-feira(04/03), madrugada em Brasília. Apesar de cidades estratégicas estarem sob cerco russo e embates continuarem ocorrendo pelo país, o nono dia de conflito começou com uma redução de tensões, após o incidente não ter escalado para uma catástrofe nuclear.
Os jornais O Globo e Folha de S. Paulo destacam que a Rússia e a Ucrânia concordaram em estabelecer os chamados corredores humanitários em regiões sob fogo de Moscou. Para tanto, haverá cessar-fogo em algumas áreas do país. O acerto, ainda sem detalhes claros, foi anunciado pelas delegações russa e ucraniana que se reuniram na Belarus, perto da fronteira com a Ucrânia, durante a tarde e o início da noite (manhã e tarde em Brasília).
O Valor Econômico informa que os reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre o agronegócio brasileiro já provocam uma onda de revisões para cima nas projeções para a inflação dos alimentos no país em 2022. Além da catástrofe humanitária na Europa, o conflito ameaça o fornecimento de fertilizantes para o Brasil e encareceu o insumo, ao mesmo tempo em que as cotações de grãos como trigo, milho e soja não param de subir no mercado internacional, com impacto nas cadeias de produção.