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AES Brasil foca na diversificação do portfólio para retomar lucro – Edição da Tarde

Apesar das perdas financeiras causadas pela crise hídrica, a AES Brasil já nota uma melhora significativa dos níveis dos reservatórios, por conta de um regime de chuvas mais favorável, e já vê um cenário de melhora com a diversificação da matriz. A lucratividade da empresa foi afetada em 2021 por conta do risco hidrológico e da compra de energia para fazer frente ao cenário desfavorável que afetou o portfólio de ativos hídricos da companhia.

Entretanto, para se afastar definitivamente desta exposição hídrica, a empresa tem acelerado investimentos na diversificação da matriz energética. Até 2026, estão previstos aportes de R$ 3,8 bilhões, considerando a construção dos complexos eólicos Tucano (322 MW), na Bahia, e Cajuína (1,3 GW), no Rio Grande do Norte, além da modernização e manutenção de ativos em operação. O foco por enquanto são as operações em eólicas, já que a fonte solar vem perdendo competitividade diante da forte pressão das cadeias produtivas.

Em conversa com o Valor Econômico, o diretor financeiro, Alessandro Gregori, avalia que as margens já se recuperam pela compensação entre as fontes. “Por estratégia, estamos diversificando o portfólio. Ano passado, assinamos quase 900 MW de novos PPAs [jargão do setor que se refere a contratos] e criamos novas frentes de negócios com quase 30 MW de PPAs em dólar que assinamos em 2021”, afirma Gregori. Essa aposta da companhia de novos PPAs em moeda estrangeira pode abrir caminho para novos negócios, além de um mecanismo de hedge para cobrir as volatilidades cambiais e deve ser colocado à disposição aos clientes da geradora, já que muitos destes parceiros têm receita em dólar e querem atrelar os custos à moeda estrangeira.

Petróleo vai conviver com preços mais voláteis, diz Décio Oddone

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Em entrevista ao Valor Econômico, Décio Oddone, ex-diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e atual presidente da Enauta, enfatizou que, impulsionados pela guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços do barril do petróleo superaram, nos últimos dias, a barreira dos US$ 110 – patamar que não se via desde 2014.

Para ele, a commodity caminha para uma maior volatilidade e, possivelmente, para patamares estruturalmente mais altos. Com experiência de 30 anos na Petrobras, onde chegou a presidir a Petrobras Bolívia e a Petrobras Argentina, o executivo afirma que os ciclos de altas e baixas do barril, antes longos, ficaram para trás com a eclosão da produção não convencional dos EUA.

Dessa vez, contudo, ele acredita que o “shale oil” americano, conhecido como gás de xisto, pode não ser suficiente para compensar uma eventual queda da oferta da Rússia. Oddone afirma que não há solução mágica para os preços altos dos combustíveis e analisa ainda os impactos da atual crise sobre a transição energética. “A lição que tiramos é que a transição não necessariamente significa petróleo mais barato.”

Agência diz que reatores de usina nuclear na Ucrânia não foram atingidos, mas situação é tensa

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) diz que os reatores da usina nucelar de Zaporizhzhia não foram atingidos, mas situação é tensa. A Energoatom, empresa que administra a unidade disse que o local agora opera sob “mira de armas”. (O Estado de S. Paulo)

Trabalhadores da Eletronorte em Brasília decidem entrar em greve

Em assembleia realizada na última quarta-feira (02/03), os funcionários da Eletronorte em Brasília (DF) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, a partir de ontem. De acordo com o Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal, a paralisação tem como motivação “romper com o desrespeito e descumprimento dos Acordos Coletivos de Trabalho específicos”. Para o STIU-DF, a Eletronorte tem seguido a política de precarização, sucateamento e retirada de direitos orientados pela holding.

Os trabalhadores da holding da Eletrobras no Rio de Janeiro já haviam decidido entrar greve na última semana, por conta do pagamento da PLR de 2018, sem data para acontecer. Em janeiro, funcionários da holding, Furnas, Cepel, Eletronorte e Chesf cruzaram os braços por conta do aumento nos custos do plano de saúde. (Canal Energia)

Região Sul continua em queda e trabalha com 28,9% da capacidade

A região Sul apresentou recuo de 0,3 ponto percentual nos níveis de seus reservatórios e estava operando com 27,6% de sua capacidade de armazenamento, ontem (03/03), se comparado ao dia anterior, segundo o boletim do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste apresentaram crescimento de 0,2 p.p e trabalham com 58,6%. Já o submercado do Norte apontou queda de 0,3 p.p e chega a 97,2%. A Região Nordeste aumentou 0,2 p.p e opera com 82,5% da sua capacidade. (Canal Energia)

Certificado Energia Verde já foi emitido para 39 usinas

Em fevereiro, a usina Santa Cruz, localizada em Américo Brasiliense, do Grupo São Martinho, foi a 39ª a receber o certificado Energia Verde reconhecendo sua geração de energia elétrica renovável, a partir da biomassa da cana-de-açúcar, além de cumprir determinados requisitos de eficiência energética nessa produção.

A iniciativa faz parte do Programa de Certificação da Bioeletricidade Energia Verde, criado em 2015 pela União da Indústria da Cana-de-açúcar (UNICA), em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Renovável (CCEE) e apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). (Jornal da Cana)

PANORAMA DA MÍDIA

Tropas russas entraram pela primeira vez na cidade portuária de Mykolaiv, no Mar Negro, na Ucrânia, disseram hoje (04/03) autoridades regionais. A cidade ainda não foi tomada, mas está sob bombardeio. O principal navio de guerra da Ucrânia foi afundado no Mar Negro por sua própria Marinha para impedir a captura pelas forças russas. (O Globo) 

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A Rússia instaurou a censura militar à imprensa no país. A Duma (Câmara baixa do Parlamento) aprovou nesta sexta-feira (04/03) lei prevendo até 15 anos de prisão a jornalistas que divulgarem o que o governo considerar fake News a respeito da guerra na Ucrânia. (Folha de S. Paulo)

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O Laboratório Global de Inovação em Finanças Climáticas (Lab), organização que desenvolve e lança instrumentos financeiros inovadores para investir em ações sobre mudança climática e desenvolvimento sustentável, vai acelerar um novo instrumento financeiro brasileiro neste ano: o Mecanismo de Captura de Reserva de Metano – Reservoir Methane Capture Mechanism. A ideia do mecanismo é uma das sete selecionadas, em todo o mundo, para o ciclo de aceleração de 2022. A proposta é mobilizar recursos e dar suporte técnico para a implementação do conceito na prática. Apresentada pelas empresas Open Hydro e Bluemethane, o mecanismo quer desenvolver um mercado de captura e negociação de gás metano a partir da captação em reservas hidrelétricas no Brasil, atraindo investimentos públicos e privados. (Valor Econômico)

 

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