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Bolsonaro é aconselhado a apoiar suspensão de reajustes de combustíveis durante a guerra – Edição da Manhã

A ideia de pedir aos acionistas da Petrobras uma “cota de contribuição” diante da guerra, com a suspensão temporária dos reajustes dos combustíveis apenas durante o conflito, ganha adeptos dentro do governo. A sugestão foi apresentada ao presidente Jair Bolsonaro ontem (07/03) pela manhã, informa o Valor Econômico.

A avaliação feita no Planalto é que seguir com a atual política de preços da estatal, que resultaria em reajuste da ordem de 30% nos preços dos combustíveis, sacrificaria o projeto de reeleição do presidente. Alterar a política de preços da Petrobras já é algo que estaria no radar.

Ações da Petrobras caem 7% após Bolsonaro sinalizar controle de preços

Reportagem da Folha de S. Paulo indica que a disparada do preço do petróleo no mercado internacional provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia reaviva preocupações de investidores sobre o debate político quanto à paridade internacional de preços da Petrobras.

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Ontem (07/03), as ações da estatal afundaram nesta segunda-feira (7) após o presidente Jair Bolsonaro criticar o sistema que equipara o valor dos combustíveis no Brasil à flutuação da cotação da matéria-prima e do dólar. Ao final do pregão, as ações preferenciais (que não dão direito a voto, mas têm preferência no recebimento de dividendos) perderam 7,10%. Os papéis ordinários (com direito a voto) desabaram 7,65%. Com isso, a Petrobras perdeu R$ 34,7 bilhões em valor de mercado.

Lira acena para subsídio temporário e defende manter política de preços da Petrobras

Em uma segunda matéria sobre o tema, o Valor Econômico informa que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que o governo adote medidas para impedir a alta dos combustíveis para os brasileiros, diante dos crescentes aumentos na cotação internacional do barril de petróleo por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia, e disse ver com simpatia a criação de um subsídio temporário.

“Acho que todo mundo de bom-senso sabe que não dá para passar para o consumidor um aumento de [US$] 80 para [US$] 140 do barril do petróleo”, afirmou Lira, em entrevista ao Valor. “O mundo tem que se defender do que está acontecendo com a guerra da Rússia e da Ucrânia. O aumento é especulação pura. Alguma coisa tem que ser feita”, disse. Segundo Lira, há conversas entre o governo e o Congresso, mas ainda não está definido o desenho do que será feito. Ele cobrou que o Senado se posicione sobre o projeto de lei complementar (PLP) 11, que muda a regra de cálculo do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) sobre os combustíveis, aprovado pela Câmara no ano passado.

Subsidiar preços dos combustíveis prejudica abastecimento, dizem petroleiras

O crescente apoio à intervenção na política de preços dos combustíveis da Petrobras em meio à escalada da cotação do petróleo provocada pela guerra na Ucrânia gerou uma reação das empresas do setor que atuam no Brasil. Normalmente avesso a manifestações públicas, o Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás afirmou ontem (07/03) que a prática de preços artificiais pode prejudicar o abastecimento de combustíveis e afastar investimentos no setor. (Folha de S. Paulo)

Conselho da Petrobras deve ser obstáculo para proposta de congelamento de preços

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indica que o governo deve ter dificuldade de superar a resistência do conselho de administração da Petrobras à proposta de congelamento dos preços.

Para que o congelamento saia do papel, a proposta terá de ser, antes, aprovada pelo conselho de administração da empresa e isso dificilmente vai ocorrer, segundo executivos ligados à companhia. Boa parte do colegiado é composta por representantes do mercado financeiro e também por profissionais do setor de petróleo que acreditam na necessidade de a estatal se manter isenta de ingerências políticas. No conselho, há três representantes do mercado financeiro, quatro independentes e três nomes ligados diretamente ao governo.

Tradener fecha contrato inédito com estatal boliviana para trazer gás natural ao Brasil

O Valor Econômico informa que a comercializadora brasileira de energia Tradener assinou com a estatal de energia da Bolívia, Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), um contrato inédito para importar gás natural de forma ininterrupta para o Brasil. O acordo prevê que, pelos próximos dois anos, a Tradener poderá dispor de até 2,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia para atendimento ao mercado livre do país.

De acordo com a reportagem, o contrato é inédito porque até então as negociações eram restritas entre estatais, o que representa uma nova forma de destinação do gás boliviano ao Brasil. De acordo com o presidente da Tradener, Walfrido Avila, esse volume contratado é uma quantidade inicial, que poderá aumentar conforme sejam as condições de venda e escoamento no mercado brasileiro, no âmbito do mercado livre de gás.

Enel relaciona falta de luz a “verão atípico” em São Paulo

Mais de 48 horas após a chuva intensa de sábado (05/03), moradores de diferentes bairros da cidade de São Paulo ainda enfrentavam falta de eletricidade ontem (07/03), principalmente na zona oeste da capital. Os consumidores também relatam problemas recorrentes de interrupção do serviço nos dias em que há temporais, que têm sido frequentes neste verão.

O diretor de Operações da empresa de distribuição de energia Enel SP, Darcio Dias, afirmou que o verão deste ano é “atípico” e com sequências de temporais. “Isso tem gerado tempestades com situações climáticas bem adversas, o que acaba impactando muito a arborização”, alegou. (O Estado de S. Paulo)

PANORAMA DA MÍDIA

O principal destaque de hoje (08/03) dos jornais O Estado de S. Paulo e Valor Econômico é a possibilidade de o governo brasileiro congelar o preço dos combustíveis durante a guerra na Ucrânia, invadida pela Rússia. As reportagem estão resumidas nesta edição do MegaExpresso.

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Também em destaque na edição desta terça-feira (08/03) do jornal O Estado de S. Paulo está uma reportagem a respeito de minas de potássio na Amazônia. Levantamento feito pelo Estadão mostra que, no Amazonas, a maioria das principais minas de potássio, substância usada em fertilizantes para o agronegócio, está localizada fora de terras indígenas.

Os dados contrariam declarações do presidente Jair Bolsonaro, que tem defendido a aprovação de projeto de lei que libera a mineração em áreas demarcadas como forma de superar a dependência brasileira da Rússia no acesso a fertilizantes. Bolsonaro alega que os locais mais importantes para extração de potássio do Brasil estão bloqueados por estarem dentro de aldeias.

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A Rússia de Vladimir Putin listou pela primeira vez as condições que apresentou à Ucrânia para acabar com a guerra que já dura 12 dias, informa a Folha de S. Paulo. Em uma entrevista à agência Reuters, por telefone, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a operação “acaba em um instante” se Kiev se render militarmente, mudar sua Constituição para garantir que nunca irá aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ou à União Europeia, reconhecer a Crimeia anexada em 2014 como russa e as regiões separatistas do Donbass, no leste ucranianas, como independentes.

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A Rússia anunciou que observará um cessar-fogo temporário em cinco cidades ucranianas para a criação de corredores humanitários, usados para a retirada de civis de áreas de conflito e para o envio de mantimentos a cidades onde há combates, a partir da manhã desta terça-feira (08/03). A medida, que havia sido sinalizada mais cedo e agora foi confirmada e detalhada, havia sido chamada de “imoral” pelo lado ucraniano, uma vez que, em sua versão inicial, quatro das seis rotas de fuga eram apenas para a Rússia e a Bielorrússia. Autoridades ucranianas defendem que cidadãos devem ter o direito de sair para todo o território do próprio país. (O Globo)

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