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Petrobras pretende reforçar mecanismos de proteção contra interferências do governo – Edição da Manhã

O Valor Econômico informa que os acionistas da Petrobras votarão, na assembleia geral ordinária e extraordinária do próximo dia 13 de abril, uma ampla reforma do estatuto social da companhia. A administração da estatal propôs uma série de mudanças na redação, para reforçar, dentre outros pontos da governança, os mecanismos de proteção contra interferências do governo, em meio ao crescimento das pressões sobre a política de preços de combustíveis da petroleira.

O novo texto proposto prevê, expressamente, que o conselho de administração passará a fixar as políticas globais da companhia em responsabilidade social. A mudança ocorre num momento em que a petroleira, pressionada politicamente pela inflação dos combustíveis, aumenta os investimentos na área, para fornecer auxílio-gás para a população de baixa renda. Em 2022, por exemplo, R$ 270 milhões serão destinados ao programa social de acesso a gás de cozinha para famílias em situação de vulnerabilidade social.

Ainda de acordo com a reportagem do Valor, a reforma no estatuto também aumenta o escopo de atuação dos comitês de assessoramento ao conselho de administração, dentro da governança da estatal, em assuntos relacionados aos subsídios, por exemplo. O estatuto da petroleira estabelece que, nos casos em que a União oriente a companhia a assumir eventuais projetos e preços de combustíveis “em condições diversas às de qualquer outra sociedade do setor privado”, a estatal seja ressarcida pelo Tesouro por isso.

A reforma do estatuto prevê, agora, que os comitês de investimentos e de minoritários se posicionarão sempre que houver propostas de mudanças nesse ponto do estatuto.

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Subsídio aos combustíveis terá de passar por Paulo Guedes, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro enfatizou, ontem (12/03), que qualquer possível subsídio ao reajuste de combustíveis passa pelo parecer do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Ele já deu o indicativo para vocês dessa possibilidade se o barril do petróleo explodir lá fora. Essa é uma possibilidade. Se você jogar todo o preço aqui para o consumidor, o Brasil explode. Explode a inflação e explode a economia, e não queremos isso”, avaliou o presidente a jornalistas, após participar de vento em Brasília de filiação ao PL. (O Estado de S. Paulo)

Bolsonaro não descarta subsídios ou mudar política de preços de combustíveis para “economia não parar”

O jornal O Globo também traz informações a respeito da fala do presidente Jair Bolsonaro, ontem (12/03), em Brasília. O presidente não descartou adotar medidas mais incisivas contra o aumento da gasolina e do diesel, como a introdução de subsídios ou até mesmo uma mudança na política de preços da Petrobras.

A jornalistas, Bolsonaro admitiu que o preço dos combustíveis está caro, mas destacou que a sanção do projeto de lei complementar que zera imposto federal sobre o diesel fez com que o aumento de 90 centavos no litro da gasolina seja reduzido para 30 centavos.

O projeto de lei complementar, aprovado na semana passada pelo Congresso e sancionado por Bolsonaro, altera a sistemática de cobrança do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS), imposto estadual, e zera as contribuições federais do PIS e da Cofins sobre o diesel e o querosene de aviação até o fim deste ano.

A pedido dos EUA, Brasil aumentará produção de petróleo, afirma ministro de Minas e Energia

A pedido dos Estados Unidos, o Brasil vai ampliar sua produção de petróleo, para conter os sucessivos aumentos do preço do produto e garantir o abastecimento do mercado mundial. A informação foi dada ao jornal Valor Econômico pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

O ministro disse ter conversado sobre o assunto com a secretária de energia dos EUA, Jennifer Granholm, por vídeo, na última quinta-feira. Segundo Albuquerque, a secretária de energia ressaltou a necessidade de aumentar a produção de petróleo no mundo “o mais rápido possível”. Ele afirmou que os estoques de diesel nos EUA estão 20% abaixo da capacidade, enquanto os países árabes perderam 40% dos estoques. (O Globo)

Albuquerque afirmou que, no Brasil, o armazenamento é acompanhado em cada região pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo ele, os estoques precisam ser mantidos em níveis mais elevados quanto mais distantes os tanques de armazenamento estiverem das refinarias. A preocupação com o desabastecimento levou o governo a constituir um comitê de monitoramento, formado por órgãos do governo, para acompanhar a situação diariamente. (Valor Econômico)

Mubadala vive turbulência nos primeiros meses de operação da Refinaria Mataripe

Reportagem publicada ontem (12/03) no site do Valor Econômico indica que o fundo Mubadala, primeira e única empresa a comprar uma refinaria da Petrobras, dentro do processo de abertura do setor, até o momento, vive seus primeiros meses no mercado brasileiro de combustíveis sob turbulência.

A Acelen, companhia criada pelo fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para operar a Refinaria de Mataripe (a antiga Refinaria Landulpho Alves), na Bahia, vem enfrentado dificuldades para competir com os preços praticados pela estatal brasileira – responsável por abastecer cerca de 80% do mercado doméstico de derivados.

O Mubadala pagou, ao todo, US$ 1,8 bilhão pela compra do ativo e opera a refinaria há pouco mais de três meses. Os reajustes de 18,7% na gasolina e de 24,9% no diesel, implementados pela Petrobras na sexta-feira (11/03), atenuaram, mas não eliminaram, a defasagem dos preços da estatal para o mercado internacional – que chegou a atingir, no pico, na semana passada, mais de R$ 2 por litro de diesel. Dona de 14% da capacidade nacional de refino e responsável por fornecer cerca de 7% dos derivados consumidos no país, a Acelen vem perdendo parte do mercado regional.

A reportagem explica que antes mesmo da escalada da guerra na Ucrânia e da valorização mais recente do petróleo, a companhia já havia recorrido às exportações, diante da dificuldade de concorrer com a Petrobras. A defasagem da estatal para o preço de paridade de importação tem sido uma queixa recorrente de tradings privadas e o funcionamento do mercado deu, nas últimas semanas, sinais de desequilíbrio ante a intensificação do congelamento de preços da petroleira. No caso de um refinador independente, como a Acelen, que não possui operações verticalizadas no setor, o congelamento de preços da Petrobras tem mais um agravante: o petróleo bruto processado pela refinaria baiana é comprado, em sua maior parte, da Petrobras a preços internacionais.

PANORAMA DA MÍDIA

O jornal O Estado de S. Paulo informa que a entrada de dinheiro estrangeiro na Bolsa brasileira bate recorde. A reportagem destaca que nos primeiros 68 dias do ano, o saldo de capital externo na Bolsa de Valores chegou a R$ 71,06 bilhões. Para analistas, a explicação vem do fato de o mercado brasileiro estar diretamente ligado às commodities, que ganham força com a invasão russa à Ucrânia. Especialistas ouvidos pela reportagem consideram especulativa a natureza desse capital.

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O principal destaque da edição deste domingo (13/03) da Folha de S. Paulo são os preços dos fertilizantes. De acordo com a reportagem, os produtores brasileiros estão apreensivos com a oferta de fertilizantes. Desde que a Rússia, importante fornecedor desse insumo, invadiu a Ucrânia e passou a sofrer uma escalada de sanções, o mercado se tornou instável. Cerca de 85% dos fertilizantes consumidos no Brasil são importados. No que se refere ao potássio, a dependência é de 95%, sendo que praticamente metade desse total é fornecida por Rússia e Belarus, país aliado ao presidente russo Vladimir Putin.

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O jornal O Globo traz hoje (13/03) uma reportagem sobre Kiev, capital da Ucrânia, com fotos da principal praça da cidade, antes da invasão russa ao país e agora, ocupada por barricadas de sacos de areia, blocos de concreto e outros obstáculos para tentar impedir a iminente invasão. Ontem, as tropas russas avançaram lentamente rumo à capital e já estavam a 25 km de Kiev.

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