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IEA: Cresce apoio governamental para startups de energia

Brasília – O consumo de energia elétrica no país fechou os primeiros três meses do ano com queda acumulada de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Brasília – O consumo de energia elétrica no país fechou os primeiros três meses do ano com queda acumulada de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O repasse de recursos para investimento em energia e ações que reduzam as emissões de gases do efeito estufa está sendo destinado para startups, aponta novo estudo da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), lançado nesta segunda-feira, 14 de março.

“O dinheiro está entrando em pequenas empresas com grandes ideias para melhorar nossos sistemas de energia e reduzir as emissões de gases de efeito estufa”, aponta trecho do estudo How Governments Support Clean Energy Start-Ups.

O levantamento da agência indica que o apoio do governo à inovação em energia limpa aumentou nos últimos anos, estimulado pela busca de metas líquidas de zerar a emissão de gases do efeito estufa, e do estímulo à recuperação econômica pós-pandemia da covid-19. 

A IEA aponta que empresas como a Addionics, Evage, H2Pro, Kula Bio e PassiveLogic arrecadaram mais de US$ 25 milhões cada desde o início deste ano. E as tecnologias para o setor de energia estão se tornando mais digitais, eletrônicas, focadas no consumidor e modulares. 

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Além disso, períodos de crise energética, como o vivenciado no momento com as sanções impostas à Rússia, demonstram as oportunidades para tecnologias disruptivas. 

Em muitos casos, segundo a IEA, medidas e programas implementados pelos governos lançaram as bases para o sucesso neste setor. O apoio do setor público para ajudar as startups a levar novas tecnologias de energia limpa ao mercado aumentou bastante desde que o Acordo de Paris foi assinado em 2015.

Com base em 14 estudos de caso de países e 23 entrevistas, a nova análise da agência destaca as formas como os governos interviram. Isso inclui, por exemplo, o acesso a financiadoras e laboratórios, orientação e networking e direcionando tecnologias ou grupos que significam novas fronteiras.