A italiana Enel teve lucro líquido atribuível aos acionistas de de 3,1 bilhões de euros em 2021, crescimento de 22,2% na comparação com o lucro de 2020, de 2,6 bilhões de euros.
O resultado da companhia reflete, entre outros fatores, o aumento do faturamento com a venda de energia produzida e gerada, com destaque para a Enel Green Power, além de ganhos com a venda de uma participação na empresa Open Fiber. No lado negativo, o aumento das taxas de juros, principalmente na América Latina, prejudicou as receitas da gigante italiana.
A receita total da companhia somou 88 bilhões de euros ano passado, crescimento de 33,3% na comparação anual. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 3,9%, a 17,5 bilhões de euros.
A receita de venda de energia térmica e comercialização cresceu 52,5% no ano, para 33,1 bilhões de euros, sendo o maior crescimento entre as unidades de negócio da companhia. A receita de venda de energia para consumidores finais, por sua vez, teve aumento de 31,2%, a 38,7 bilhões de euros, por conta do maior volume de eletricidade entregue, principalmente na Itália.
A Enel Green Power também teve crescimento significativo, com receita de 9,5 bilhões de euros, aumento de 23,8%. Nesse caso, além do mercado italiano, a companhia também destacou os desempenhos no Brasil e na América do Norte, devido à entrada em operação de novos empreendimentos de geração de energia.
“Os resultados da Enel em 2021 mais uma vez demonstram a resiliência e a sustentabilidade do nosso modelo de negócios, mesmo em um cenário cada vez mais complexo, caracterizado, de um lado, pelos sinais de recuperação da pandemia, e de outro pelo aumento do preço dos combustíveis fósseis”, comentou Francesco Starace, presidente do grupo Enel.
Segundo o executivo, está claro que as empresas de energia elétrica terão um papel importante na gestão das mudanças aceleradas do setor de energia, e é nessa direção que a Enel vai, por meio da eletrificação e da descarbonização. “Podemos aproveitar oportunidades em toda a cadeia, ao mesmo tempo em que contribuímos para a independência energética dos países em que atuamos”, disse.