As incertezas no mercado de petróleo causadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia reforçam a necessidade de que os preços de combustível no Brasil permaneçam alinhados com a paridade internacional, para assegurar o abastecimento no país, defendeu a Petrobras em nota publicada nessa sexta-feira, 18 de março.
Alvo de muitas críticas no governo e do Congresso por conta do reajuste dos preços de combustíveis anunciado na semana passada, a estatal publicou nota explicando que, os valores aplicados no momento, apesar de relevantes, refletiam apenas parte da elevação dos patamares internacionais do petróleo, fortemente impactados pela oferta limitada diante da guerra na Ucrânia.
Como a Petrobras não é a única fornecedora de combustível no Brasil, a manutenção dos preços com desconto à paridade internacional prejudicava os demais supridores do país, o que poderia resultar em desabastecimento dos postos de combustíveis, segundo a companhia.
“Esse movimento da companhia foi no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que, antes da Petrobras, já haviam promovido ajustes nos seus preços de venda, e necessário para que o mercado brasileiro continuasse sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, disse a estatal, em nota.
A companhia disse ainda que “tem sensibilidade quanto aos impactos dos preços na sociedade” e que mantém monitoramento diário do mercado, mas não pode antecipar decisões sobre manutenção ou ajustes de preços.