A Eneva solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a suspensão da operação comercial das unidades geradoras UG1, da CGH Lavras (1,2 MW), e das UG1 a UG4 da CGH Ilhéus (2,56 MW). As usinas foram outorgadas à Focus Energia, que foi ao portfólio da companhia em 11 de março deste ano.
A nova controladora alegou que as usinas perderam as condições de geração, sem previsão de retorno operacional até o momento. Conforme o Sistema de Coleta de Dados de Energia (SCDE), sob responsabilidade da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), não houve geração de energia da CGH Lavras desde 29 de maio de 2020, e no caso da CGH Ilhéus não houve geração desde 19 de agosto de 2021.
Na carta em que aponta a impossibilidade de geração das usinas, a Eneva explica que no caso da CGH Lavras “foi um defeito no estator devido à avaria nos mancais da unidade geradora, sucedida pela falha entre o atrito entre o rotor e o estator, além do rompimento do muro de contenção do canal de fuga da CGH.
Já no caso da CGH Ilhéus a nova controladora identificou “operação precária do circuito de adução 1, em que o conduto forçado se encontra fora dos padrões adequados tornando inviável a geração”. Além disso, detalha que “foi constatado o rompimento de parte do canal de adução 2, da margem esquerda do rio das Mortes. O colapso do canal e sua fundação comprometeram completamente a operação das UG3 e UG4”.
Quando os reparos forem concluídos e a disponibilidade retomada, a condição de operação comercial da usina poderá ser restabelecida pela Aneel mediante solicitação da empresa.
Ainda sobre a Focus, a Aneel prorrogou até 15 de julho de 2022 a vigência do Registro para Revisão dos Estudos de Inventário Hidrelétrico do rio Taquari Antas, no trecho entre o remanso da UHE Encantado e o canal de fuga da UHE 14 de julho, integrante da sub-bacia 86, no estado do Rio Grande do Sul
As decisões constam em despachos publicados pela Aneel na edição desta quarta-feira, 23 de março, no Diário Oficial da União.