Os líderes do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, realizaram nesta quinta-feira, 24 de março, uma reunião emergencial em Bruxelas sobre a situação no leste europeu, onde discutiram, entre outras coisas, a necessidade de diminuir a dependência nas fontes de energia russas.
Segundo comunicado oficial do grupo, o G7 espera garantir uma alternativa segura e sustentável para o fornecimento de energia, agindo de forma coordenada e solidária no caso de interrupções de fornecimento.
“Nós nos comprometemos a apoiar ativamente os países dispostos a acabar com a sua dependência relativa às importações de gás, óleo e carvão russos. Nós pedimos que os países produtores de óleo e gás ajam de maneira responsável e aumentem suas entregas ao mercado internacional, notadamente a Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo], que têm um papel-chave nessa situação”, diz o comunicado oficial.
Os países também ressaltaram a importância de uma ação conjunta para garantir um suprimento de energia global que seja tanto estável quanto sustentável, lembrando que a atual crise reforça as metas do Acordo de Paris (2015) e os pactos climáticos acordados em Glasgow no ano passado para a transição energética global.
Além disso, o grupo alertou para os riscos da segurança das usinas nucleares da Ucrânia, algumas das quais se encontram sob controle russo. Foi demandado à Rússia, portanto, que atue de acordo com as suas obrigações internacionais e coopere com a Agência Internacional de Energia Atômica (Iaea, na sigla em inglês).
Dessa forma, os líderes do grupo afirmaram que novas sanções econômicas e financeiras não estão descartadas e que as medidas já tomadas devem ser inteiramente aplicadas pela comunidade internacional.